Vamos dedicar um espaço específico para as discussões entre a corporeidade e a emergência da ludopoiese. Com base em vários estudos sobre a ludicidade humana, definimos cinco propriedades fundamentais para a autoprodução do lúdico, da alegria de viver: autotelia; autoterritorialidade; autoconectividade; autovalia; autofruição.

Comentários

Por Evanir Pinheiro
em 23 de Julho de 2009 às 15:02.

           A autoterritorialidade é uma propriedade da Ludopoiese que tenho ultimamente estudado com base na Teoria autopoiética de Humberto Maturana e Varela e nas pesquisas de Henri  LEFEVBRE,  David Harvey HARVEY e de Jacques LACAN, que enfocam especialmente a formação da identidade do self do individuo numa determinada coletividade e contexto sócio-histórico e antropológico.  Diante do que venho pensando, autoterritorialidade de cada ser vivo é um processo contínuo de desenvolvimento, em que os sujeitos criam e recriam seus espaços em função de suas próprias necessidades e dos seus interesses, não se tratando aqui, de um contexto externo, mas de suas especialidades do seu interior. Os valores e necessidades vitais de cada ser definem as estruturas espaciais, delimitam os fenômenos de territorialidades. Os seres humanos se territorializam na medida em que imprimem suas emoções, seus sentimentos nos modos de pensar e atuar no seu meio. Nesse processo, se apropriam de determinados espaços, ao mesmo tempo são afetados por eles. Embora haja semelhança de preferências, valores e necessidades vitais entre os sujeitos num mesmo território de interações, o estado de fluxo de cada um sobre os mesmos é singular. Isso porque expressam  formas e níveis diversificados de territorializações, que são manifestações corporalizadas de cada individuo de forma pessoal. Em função de sua auto-satisfação e qualidade de vida, os sujeitos se organizam dialogicamente nas construções de suas autorritorialidades, interagindo ora em harmonia com o outro e o meio, ora em conflito com estes. Não se trata apenas de espaço bio-georgráfico, mas transcorporal.

Por Maria das Dôres F. Rodrigues
em 23 de Julho de 2009 às 22:30.

A autoterritorialidade na dimensão transcorporal e transdisciplinaridade.Uma propriedade da Ludopoiese precisa ser vivida no meio escolar com mais propriedade. Maria das Dôres F. Rodrigues

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 28 de Julho de 2009 às 06:15.

Para quem está estudando o Jogo de Areia: Como estão sendo identificadas e interpretadas as propriedades ludopoiéticas que emergem na construção de cenários quando o tema é a memória lúdica? Vamos conversar sobre os nossos achados?

Por Maria das Dôres F. Rodrigues
em 2 de Agosto de 2009 às 10:14.

O meu achado? Eu estou apaixonada pelos estudos do jogo de areia. Descobrindo o significado mais profundo do processo de ensinar e aprender, identificadas e interpretadas nas propriedades ludopoiéticas. Sinto o gosto e sabor pelo saber.

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 2 de Agosto de 2009 às 18:48.

Maria das Dores,

Penso que o Jogo de Areia nos conduz por um caminho inusitado de muita beleza e de muitas surpresas! Como "um espaço livre e protegido", entrar no Jogo de Areia é se permitir ao devaneio como tão bem explorou Bachelard...

Vamos compartilhar os nossos achados na escola, nos parques, nas clínicas, no trabalho, onde quer que o Jogo de Areia esteja sendo vivenciado. O que dizem as crianças? E os jovens? E seus pais? E os professores? E os terapeutas?

Como o Jogo de Areia está sendo incluído nas Brinquedotecas? E no recreio escolar? E na nossa autoformação como educadores? Como estamos organizando os nossos kits de miniaturas? Como temos saboreado cada nova miniatura especial que adquirimos? O que dizer da ambientação apropriada para a vivência do Jogo de Areia? E a beleza após a revelação das fotos? De fato, são muitas emoções!

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 3 de Agosto de 2009 às 12:05.

 

I FÓRUM ITINERANTE DE PESQUISA NO NORDESTE EM

EDUCAÇÃO E CORPOREIDADE

 

I FIPNEC

 

TEMA:

 

LUDOPOIESE E LAZER:

QUESTÕES TRANSDISCIPLINARES PARA A EDUCAÇÃO

 

 

RECIFE, 25 A 28 DE AGOSTO – UFPE

 

PRAZO PARA ENVIO DE RESUMO AMPLIADO

(mínimo de 2500 e máximo de 3000 caracteres com espaço)

Até 15 de agosto/2009

 

sansilsi@uol.com.br

 

katiabrandao@terra.com.br

 

http://redesocial.unifreire.org/i-forum-itinerante-de-pesquisa-formacao-em-educacao-e-corporeidade

 

Por Ana Lucia de Araújo
em 9 de Agosto de 2009 às 08:06.

A quem falo do Jogo de Areia, perguntam logo se é a "caixa de areia". Então a caixa de areia se popularizou. Precisamos investir esforços nesta nova metodologia. a princípio, estou utilizando-a em benefício próprio. E, estou conseguindo avançar na autoformação, tornando-me assertiva e segura das decisões a serem tomadas.

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 9 de Agosto de 2009 às 13:33.

Ana Lúcia,

São tantas as possibilidades que o Jogo de Areia pode oferecer! Sem dúvida, para a autoformação é fantástica. Estou bastante curiosa quanto às avaliações que foram feitas utilizando o Jogo de Areia. Irei começar pela dimensão ontológica, depois metodológica e, por último, a dimensão epistemológica. Gostaria que as pessoas socializassem este tipo de experiência. O que significou para cada um fazer uma autovaliação de sua autoformação durante um semestre, utilizando as construções de cenários na caixa de areia?

Por Ana Lucia de Araújo
em 31 de Agosto de 2009 às 08:15.

Para discutir sobre o Jogo de Areia trabalhei o meu "eu". Mas, surgiram muitas indagações: Como continuarei utilizando-o num contexto que não há recursos para investir numa abordagem que exige material comprado porque miniaturas não é barato? Mesmo comprando brinquedos pequenos é necessário certo investimento. E, quem não tem espaço para acomodar esse material? Quem mora num quarto sala? Ainda que tenha tais recursos logísticos, como transportá-lo sem um veículo particular? Sei que precisamos nos reinventar, mas a questões que ainda são difíceis de transpor. Embora esteja empenhada em continuar essa discussão.

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 2 de Setembro de 2009 às 22:31.

BRILHE!

Brilhe,
como alma de artista,
a revelar-se numa tela,
e baile,
na moldura do tempo,
na beleza da forma,
no carrossel da primavera.

Brilhe no estilo,
na essência do desabrochar,
no pensamento.
E baile,
ao patinar focalizada,
no palco de luzes,
entre raios iluminada.

Brilhe, na imaginação,
no falar,
no sorrir.

Brilhe,
na travessia do pensamento,
e baile
na poesia deste momento.

Autor: Lázaro Zacarias


Por Katia Brandão Cavalcanti
em 17 de Setembro de 2009 às 14:06.

Como está sendo o nosso empenho com a nossa ludopoiese? A alegria dos nossos ambientes de trabalho, de lazer, de vida, depende fundamentalmente de sabermos gerar a nossa própria alegria de viver. Afinal, encontrar sentido para as nossas vidas! O que estamos fazendo para evoluirmos como seres humanos?

Por Evanir Pinheiro
em 17 de Setembro de 2009 às 19:50.

Tenho buscado curtir mais a natureza como parte de mim, como extensão de minha humanescencia. Me alegrar com as pequenas coisas que  considero fundamentais: uma flor que nasce no meu jardim, um olhar sapeca de meu cachorro, o frecor da chuva que soa na vidraça das portas.... essas coisas aquecem meu coração, me elevam a alma, me auxiliam a ver o mundo com mais esperança e sentir paz interior. Coisas assim, tem me ajudado a crescer e viver melhor em meio aos desafios incessantes da vida e do trabalho de pesquisadora-educadora.

Por Maria Augusta da Cunha Pimentel
em 17 de Setembro de 2009 às 19:51.

Amo o meu trabalho, o relacionamento com minha coordenadora e com meus alunos é maravilhoso, entro na sala de aula com um prazer enorme em está ali, tudo isso faz com que as vibrações positivas se espalhem por todo o ambiente, fazendo com que o trabalho flua de uma forma harmoniosa, em que todos se entendem e buscam um apredizado. Para mim está bem no trabalho é evoluir como ser humano, pois sabemos que pesquisas apontam para o fato de que muitos trabalhadores apresentam desconforto em exercer determinada função em seu trabalho e isso acarreta diversos conflitos em todos os sentidos de sua vida. Por isso é tão importante buscar fazer o que gosta e o que realmente lhe faz bem.

Por Maria das Dôres da Silva Timóteo da Câmara
em 20 de Setembro de 2009 às 11:19.

A autopoiesis é a capacidade que os seres vivos têm de se autoreconstituir continuamente,  para Maturana a autopoiese é o centro da dinâmica constitutiva dos seres vivos. Sempre senti essa autodinâmica fluindo de dentro de mim, mas me sentia diferente dos outros e por isso constrangida de ter sempre força para recomeçar outra vez, quando dentro das minhas relações a maioria desistia. Como foi maravilhoso encontrar na corporeidade pessoas que pensam, falam e agem como eu. Descobri Maturana que traz estudos que explicam nossos pensamentos e ações.

a autopoiese está cantando em nossas vidas contidianamente num processo de produção e reprodução, é uma música incessante que não nos deixa parar de bailar, quero ser bailarina nessa festa autopoiética que nos chama a uma ação delineadora de um mundo melhor.

Obrigada corporeidade por nos abrigar nos seus braços tão aconchegantes.

Dorinha Timóteo  

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 20 de Setembro de 2009 às 13:57.

A teia ludopoiética vai se ampliando... Quando vamos compreendendo as teorias que explicam os fenômenos luminescentes no universo em que vivemos, mais firmeza vamos tendo para prosseguir nessa caminhada... Vamos fluindo e tudo ao nosso redor fluirá também...

Por Edna Maria Alves Fernandes
em 20 de Setembro de 2009 às 21:20.

Estou começando agora a me apropriar do Jogo de Areia, mas é como Ana Lucia falou para montarmos um jogo de areia sai um pouco caro, a estratégia que estou utilizando é fazendo uma busca nos brinquedos guardados de minhas filhas, os famosos mini-brinquedos do kinder ovo , como também nas minhas relíquias de infância, o melhor e que esta sendo muito prazeroso fazer essa busca.

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 26 de Setembro de 2009 às 21:04.

Edna,

Muitas são as possibilidades para se montar um kit básico de miniaturas para realizar um trabalho com um grupo de escolares. Inicialmente, devemos recolher material reciclável para fazermos adaptações temáticas de modo artesanal. Os próprios alunos poderão se envolver nesse processo criativo para produzirem miniaturas para o uso coletivo na escola. Os familiares também poderão colaborar com a confecção dessas miniaturas. As caixas para o Jogo de Areia poderão ser adaptadas utilizando caixas de papelão. O importante é fazer fluir todas essas ideias com a participação de alunos e da comunidade escolar.

Por Geruza Gomes de Morais Barros
em 27 de Setembro de 2009 às 16:07.

Katia Minha maior dificuldade é comigo mesma, sempre que tenho que retratar algo a meu respeito sinto dificuldades, por se tratar de um perído muito triste em minha vida,da minha infancia e adolescencia que me trazem dor e vergonha,estou procurando vencer e entender muitas lacunas que há nessas fases de minha vida. Geruza

Por Geruza Gomes de Morais Barros
em 27 de Setembro de 2009 às 16:07.

Katia Minha maior dificuldade é comigo mesma, sempre que tenho que retratar algo a meu respeito sinto dificuldades, por se tratar de um perído muito triste em minha vida,da minha infancia e adolescencia que me trazem dor e vergonha,estou procurando vencer e entender muitas lacunas que há nessas fases de minha vida. Geruza

Por Katia Brandão Cavalcanti
em 15 de Outubro de 2009 às 20:20.

Pensando sobre a nossa ludopoiese:

Ao final do dia hoje, se perguntarmos ao nosso coração como ele sentiu a nossa ludopoiese, o que será que ele responderia?


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