O físico quântico Amit Goswami fala sobre Cura Quântica:
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O físico quântico Amit Goswami, autor dos livros “O Universo Autoconsciente” e “Médico Quântico”, esteve no Brasil no segundo semestre desse ano para promover seu novo livro “O Ativista Quântico”. Aproveitamos sua passagem pelo país para conversar sobre cura quântica.
Sobre o que trata seu novo livro “O Ativista Quântico”?
É sobre um novo movimento: ativismo quântico. Ativismo quântico é sobre não mudar apenas a si mesmo, e sim, mudar a sociedade como um todo, para que a humanidade possa evoluir.
Você pratica Yoga?
Sim. Mas agora por causa de um problema no joelho, tenho que tomar cuidado com algumas posturas. Mas ainda faço Hatha Yoga e tenho uma prática especial de meditação.
A cura quântica diz que a consciência pode integrar o corpo e a “alma”. Você acredita que essa maneira de pensar pode ser relacionada com a maneira oriental e até yogi de pensar?
Todas tradições orientais têm uma ciência de longevidade construída em cima de uma base espiritual. Em outras palavras, a cura do corpo é outro caminho para espiritualidade. Desde o começo, tradições indianas, tibetanas e outras orientais dizem que o caminho da cura é um bom caminho, porque as doenças nos lembram que não estamos completos. As palavras cura e sagrado em grego vem da mesma origem. Cura, em inglês (healing) significa que está em completa sacralidade. As doenças acontecem quando o vital e o físico não estão funcionando em sincronia. Por exemplo, com a idade meus joelhos desgastaram por causa contato do osso com a cartilagem. Como o corpo vital pode voltar a funcionar em sincronia com o corpo físico que foi danificado? Quando a sincronia não existe, há dor. A dor é a assinatura da falta de sincronia entre o que o corpo físico pede para o vital fazer e ele não consegue. Uma das maneiras de fazer isso é tentar consertar o físico, que é o jeito alopático de fazer. A visão do Ayurveda é o contrário, porque o físico é algo que nem sempre pode ser consertado, a não ser que o órgão seja reposto, o que pode ser feito com o joelho, mas dependendo do órgão é difícil, muito caro. O que do Ayurveda diz é que deve-se curar o corpo vital, para que esse talvez possa voltar a funcionar em sincronia com o órgão danificado. Então, eles tentam modificar o corpo vital. Essa é a maneira como as tradições orientais enxergam a cura, o que é uma abordagem mais interessante do que a física.
O senhor diz no seu livro “O médico quântico” que a medicina integral tenta integrar o corpo vital com o físico. Como isso é possível?
O físico e o vital devem ser colocados em sincronia para funcionarem juntos, isso é integração. E isso é feito pela mente, pois é ela que faz o corpo vital funcionar mal e isso causa um mau funcionamento do físico também. Por exemplo, alguém dá um significado para uma experiência de uma maneira negativa. Alguém que tenha se dado mal em um relacionamento e passa a pensar que não quer mais se apaixonar. Então, passa a reprimir o chakra do coração. Quando você reprime a energia do chakra do coração, o timo, responsável pelo sistema imune, sofre um baque e baixa o sistema imune. E o sistema imunológico que não funciona direito por um tempo pode levar ao câncer. Então, a pessoa fica se perguntando por que teve câncer. É porque nunca prestou atenção ao chakra do coração. Então, qual a cura para isso? Só existe uma cura para esse tipo de problema: desbloquear a mente, mudar o significado que você deu àquela experiência passada. Tem que voltar a procurar amor e aprender a amar de novo. E isso a cura quântica oferece a você desbloqueando a energia do chakra. E nós precisamos focar cada vez mais nisso, porque nós gastamos tanto dinheiro em coisas, como a cura do câncer, sem resultados. É hora de olhar para outras opções. Quando o câncer é terminal, não há outra escolha; não há tratamento médico de qualquer forma. Então, por que fazer quimioterapia e coisas desse tipo que destroem o corpo por alguns meses de sobrevivência? Em vez disso, o que fazemos é trabalhar criativamente, e esse trabalho criativo talvez não faça o corpo se curar, mas vai dar um fim da vida muito mais qualitativo e pacífico, porque vai usar o caminho da cura para transformação espiritual também. Todo mundo pode usar. A vantagem da cura quântica é que não quase custa nada.
Você acha, então, que deveríamos usar alopatia com outros complementos?
Em alguns casos, a alopatia ganha algum tempo. Se você tem um problema no coração, as artérias coronárias estão bloqueadas e você corre risco de um ataque cardíaco,você faz uma cirurgia para desbloquear. Eu dou apoio nesse caso, porque vai dar a você mais tempo de vida, alguns anos valiosos. E durante esse tempo, você pode mudar seu estilo de vida, pode começar a meditar, a praticar Yoga, pode se tornar mais holístico, e pode realmente começar a se curar. Em português, eu faço uma distinção entre cura local e não-local, ou seja, integrada, holística, pois em português, há apenas a palavra cura, então dizemos local e integrada (em inglês, há duas palavras: cure (local) e healing (integrada)).
Você faz essa distinção também entre doença (distúrbio objetivo que pode ser diagnosticado por exames) e enfermidade (subjetivo, a sensação subjetiva do distúrbio). Você acredita que alguém pode ter a doença e não estar enfermo, ou o contrário?
Algumas pessoas sim. Sei de um caso de um líder espiritual que viveu na Índia na década de 40, que tinha câncer, mas não teve nenhum sintoma, passou a vida em paz, sem nenhuma dor. Como isso é possível? Pessoas dizem que ele tinha se separado do corpo. É possível, então, nesse sentido, não ter a enfermidade e ter a doença.
Você acredita que por causa disso, em alguns casos, quando uma pessoa descobre que tem câncer, ela padece mais rápido porque tem essa consciência da doença?
Não acredito que o conhecimento da doença faz tanta diferença. O caminho contrário, sim. Descobrir a doença vai acelerar a cura. Mesmo porque, quanto mais cedo um câncer for descoberto melhor, pois às vezes, eles descobrem quando a doença já se espalhou e não é mais possível fazer intervenções químicas. Nunca é tarde para a cura quântica, mas também requer tempo, pois é um processo criativo e precisa de algum tempo.
Como funciona a cura quântica?
É preciso estar preparado. É preciso descobrir tudo que o corpo é capaz. O que faz, como a energia funciona, como a mente trabalha. Essa é a primeira fase. Na segunda fase, é preciso trabalhar com o médico e avaliar todas as opções, ambiental, mental, física, e então relaxar para confiar no médico, criar uma relação com ele. Relaxar significa não se preocupar tanto com a doença, apenas relaxar o corpo. Isso também requer algum tempo, por isso a relação com o médico é boa. Esse revezamento entre fase ativa e fase passiva eu chamo de Do be do be do. Você faz e relaxa, faz e relaxa. Esse processo leva a um processo interno na inconsciência, você consegue processar todos os tipos de possibilidade. E todas as possibilidades significa que o câncer pode ser produzido assim. Se não for uma criação mental, então não vai funcionar. Mas a maioria dos tumores é um problema da mente. Não é geralmente gerado pelo físico, em alguns casos é, como em defeitos genéticos e tal, mas geralmente é um produto da mente. A mente produziu uma baixa na energia vital naquele órgão em particular. Então, a mente tem que ser corrigida, e é o que a cura quântica faz. Ela corrige esse bloqueio de energia no órgão, que volta a funcionar normalmente.
Se é uma questão de escolha, como a física quântica diz, o quanto depende do terapeuta e não do paciente?
O terapeuta tem que se envolver em tudo. O relacionamento do terapeuta e paciente pode ajudar. Esse processo criativo é uma coisa muito interessante. É verdade que nada pode ser causado, mas em casos específicos pode ser dado um impulso. Todos insights criativos não acontecem da mesma maneira. Tudo tem uma história pessoal. Isso acontece também com o curador; ele não vai produzir a cura quântica, mas vai oferecer os instrumentos para ajudar a cura quântica. Por isso, o relacionamento entre paciente e curador deve ser trabalhado, pois precisam trabalhar juntos.
Nós podemos fazer isso sozinhos?
Sim. Isso vai depender de nossos próprios gatilhos impulsionantes, o que é difícil. Trabalhar em um relacionamento é mais fácil. Portanto, deveríamos ter cada vez mais médicos que estejam dispostos a trabalhar nessas situações.
Existe uma maneira de evitar a doença?
Sim, a prevenção é a melhor cura. A prevenção é ter uma boa dieta, estilo de vida saudável, fazer diferentes tipos de exercício. E melhor ainda é ter uma atitude positiva com si mesmo. A atitude positiva também vai nos fazer exercitar os diferentes corpos: exercício físico elimina várias toxinas, exercícios mentais podem ser feito com meditação, exercícios para o corpo vital pode ser feito com Tai Chi Chuan, artes marciais, Yoga, pranayamas. Existem várias maneiras para exercitarmos não só o físico, mas esses outros corpos, para mantê-los funcionando bem. Se a pessoa medita sempre e mantém a mente em um estado flexível de criatividade, essa mente vai evitar que ocorra uma baixa de energia.
Por que você acha que tem ocorrida tantas doenças graves e auto-imunes. É um desequilíbrio entre o macro e o micro cosmos?
Acho que é uma dissociação da cabeça e do coração. O pensamento mental nos domina e nos desligamos de nossas emoções. Claro que o cérebro produz emoções negativas todo o tempo, mas nós não temos mais emoções positivas vindas do coração, porque nos isolamos. Há mais máquinas em nossas vidas, do que seres humanos. E isso atinge nossos órgãos superiores como coração, órgãos da fala e cérebro. E no cérebro há o neocórtex. E quando foi a última vez que sentimos algo bom em nosso neocórtex. Ao contrário, as pessoas estão cada vez mais insatisfeitas. Pessoas satisfeitas são raras hoje em dia. Porque não sentimos o neocórtex, não o sentimos. Apenas o estado mental dele, mas não ao estado vital dele. O neocórtex é o começo da vitalidade, então estamos ficando doentes. Se a vitalidade falta nos órgãos da fala, temos doenças relacionados a eles. Se ela não vai até o coração, temos problemas do coração e etc.
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