Cevnautas,

  O Jornal de Barretos tras informação importante dos cevnautas do CELAFISCS. Laercio

Jornal de Barretos  » Notícias  |  7 de julho de 2011

Crianças mais novas estão praticando menos atividades físicas

Estudo das secretarias de Estado da Saúde e da Educação, realizado em parceria com o Celafiscs (Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul) aponta, pela primeira vez, que os alunos do ensino médio estão, em média, 20% mais ativos que estudantes do ensino fundamental.
A tendência sempre foi o inverso. Quanto mais velha a pessoa fica, menos pratica exercício físico. Essa mudança de comportamento acende um alerta. Indica que, a cada geração, o problema da falta de atividade física se agrava.
“A hipótese principal é que as crianças têm exposição maior a computador, videogame e televisão. Hoje, as crianças são hábeis com a tecnologia. Porém o custo disto é que não se exercitam adequadamente,” explica Victor Matsudo, coordenador do Agita São Paulo, programa estadual voltado ao incentivo da prática de atividades físicas. “Uma das consequências é a obesidade infantil”, alerta.
O programa Agita São Paulo recomenda que as crianças se movimentem em pé por cinco minutos a cada meia hora de atividade sentada.
O levantamento foi feito com 2,5 mil escolares da 5º e 9ª anos do ensino fundamental (ciclo II) e do 3º ano do ensino médio, em uma amostra representativa para o estado de São Paulo. Os jovens responderam a um questionário onde apontavam quanto gastavam de tempo com cada atividade. A recomendação internacional mínima para realizar atividade física é de 300 minutos por semana para crianças e 150 minutos para adultos.
Quanto mais tempo a criança fica sentada, maior é o seu peso corporal e índice de massa corpórea e maior é o nível de colesterol ruim e triglicérides. Em contrapartida, menor é o nível de colesterol bom e menor é o nível de potência aeróbica (capacidade do organismo em transportar oxigênio).

Comentários

Por Arnaldo Sifuentes Pinheiro Leitão
em 11 de Julho de 2011 às 09:51.

Olá Colegas de comunidade virtual,

Sempre considerei o debate uma das coisas mais importantes da vida. Por isso, me senti a vontade para responder.

Vejo que os números podem ser interpretados de acordo com nossas conveniências.

Sou professor de duas escolas municipais e tbm já trabalhei na rede estadual. A realidade que vemos na escola é outra.

A Educação Física ainda goza de grande apreço das crianças. Novamente culpar as tecnologias é voltar aos mesmos erros comuns.

A falta de atividade física e todos os males que isso acarreta tem causas multifatorias. Será que não está na hora de começarmos a perceber que atividade física para criança tem que ser encarada de outra forma.

Não simplesmente como uma atividade para perder calorias. Mas sim, como uma experiência que a cirança tem de diálogo com o mundo.

Valeu

Até mais.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Julho de 2011 às 17:13.

Certamente, o jornalista não pretende entrar no mérito da questão e satisfaz-se com algum detalhe que possa "vender o seu peixe". O Senhor Victor Matsudo é uma indivíduo por demais competente e milita no ramo há muitos anos. Deixando de lado as estatísticas, chamo a atenção para o ambiente social em que vivem essas crianças daquele universo estatístico. Sabemos todos que a maioria das mulheres têm necessidade de trabalhar para ajudar no sustento da casa, quando não o fazem sozinhas. Com tantos problemas, os casais modernos somente aceitam criar um filho. Ambos saem para trabalhar e com quem ficam seus filhos? A escola é suficientemente capaz para resolver este problema?

Roberto Pimentel. 

Por Arnaldo Sifuentes Pinheiro Leitão
em 11 de Julho de 2011 às 22:02.

Em nenhum momento estou duvidando da credibilidade do senhor Victor Matsudo, nem do jornalista, e sim das razões que eles expuseram. Vamos deixar as estatísiticas de lado. Até porque não tive acesso ao trabalho.

O que quero destacar é que estas crianças vivem num ambeinte social muito diferente. Se vc fizer uma pesquisa com as mães, por exemplo, desses alunos verá que a maioria não trabalha, pelo menos está é a amostra que eu tenho no meu trabalho. Agora para não ficar tão restrito assim, a maioria dos professores que eu converso, que trabalham em periferia, falam que seus alunos tem um repertório motor muito desenvolvido. O que falta a eles são condições de desenvolvimento social. E olha que nem quero entrar no mérito da questão da escola. Se não vamos achar que tudo é culpa da escola, seria muito funcionalista. Se vc perguntar para uma criança quantas horas ela ficou jogando futebol na rua, tenho a impressão que ela vai responder que não sabe. O tempo da brincadeira é diferente do tempo da vida.

Arnaldo Leitão


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