Estrela americana treina técnica de nadar com os braços esticados no crawl
Logo após os Jogos de Pequim, Michael Phelps anunciou que enfrentaria um novo desafio: disputar provas de velocidade. Para isso, o fenômeno das piscinas tem testado uma nova forma de nado, chamada de "straight arm", na qual o atleta fica com os braços esticados fora d’água.
Confira o infográfico que explica a nova tática de Phelps!
http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Esportes_Aquaticos/0,,MUL1225842-16315,00.html
Comentários
Por
Guilherme Tucher
em 10 de Julho de 2009 às 20:38.
Olá, Alexandre.
Na verdade essa proposta do Phelps começou no início deste ano. Ele já participou de outras competições repetindo esse estilo. Apesar de minha resposta ser baseada apenas em minhas observações, vale pela discussão.
Primeiro, acho que por trás disso há uma grande jogada de marketing. Por causa das confusões em que se envolveu, ele ficou um pouco pixado na mídia. Mas todos esperavam pelo retorno dele as piscinas. Então precisava ter algo interessante para mostrar. Até por que, como está dando mais importâncias as provas curtas, não havia nenhuma garantia de que o lugar mais alto do pódium seria dele. Mas mesmo assim teria algo novo para mostrar. E sendo o que é, daria "pano pra manga".
Minha outra observação seria quanto a técnica/estilo empregado. Acredito que a recuperação do braço estendido não garantirá maior deslocamento. O deslocamento depende da ação dos braços na fase subaquática! E os braços não podem rodar como "ventilador". Isso dá a entender que os braços também estarão estendidos durante a tração, o que de forma geral, também é negativo. Temos alguns nadadores que fazem essa mesma recuperação do braço estendido em um maior percurso da prova (não apenas nos metros finais como ele). Mas isso é um estilo do nadador. É uma adaptação utilizada pelo nadador devido a alguma particularidade. Vale ainda pensar que a recuperação com o braço estendido tenderia a tornar esse movimento mais lento. Não mais rápido, como alguns tem destacado. Quando mais aumentamos a alavanca e a distanciamos do ponto de força, maior deverá ser a força produzida. É só imaginarmos alguns patinadores do gelo fazendo giros. Eles aproximam bem as extremidades da linha mediana do corpo.
Um de meus atletas tem utilizado de brincadeira essa mesma proposta na finalização de algumas séries. A conclusão dele foi a seguinte: de nada adiantaria fazer a recuperação com os braços estendidos se o movimento continuasse lento. Ou seja, tanto faz a posição do braço fora da água. O deslocamento aumentou por que ele aumentou a velocidade dos braços!!
são alguns pontos de vista...
abraços
Guilherme Tucher
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