Amigos, como devem saber, o Instituto Olímpico Brasileiro - órgão do Comitê Olímpico Brasileiro iniciou sua primeira turma da Academia Brasileira de Treinadores. Para este momento as modalidades contempladas são a Ginástica, Atletismo e Natação – divididas em duas turmas: desenvolvimento e aperfeiçoamento. O objetivo é contribuir com a formação dos treinadores As atividades começaram no último dia 16 de outubro. O processo seletivo contemplou avaliação escrita (conhecimentos específicos, inglês e redação) e avaliação do currículo acadêmico e de rendimento quanto treinador.
Estou tendo oportunidade de participar desta primeira turma. Gostaria de dizer que a experiência está sendo muito boa. O COB fará outras turmas, inclusive para outras modalidades.
Comentários
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Edison Yamazaki
em 23 de Outubro de 2012 às 00:58.
Guilherme,
Aproveite para contar como são esses cursos. Morro de curiosidade em saber o conteúdo e os meios práticos para atingir os resultados.
Só espero que esses cursos sejam apenas uma maneira de dar um "up grade" no currículos dos inscritos e que passe longe de quererem formar professores e técnicos com o intuito de descobrir talentos ou formar campeões.
Você entende... precisar estar preparados para tudo.
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Roberto Affonso Pimentel
em 23 de Outubro de 2012 às 08:59.
Guilherme e Edison,
Há algum tempo interei-me sobre a Academia Olímpica Brasileira pela internet. Acreditei que seriapossível dar uma contribuição para os estudos a que propunha a respeito da Formação para qualquer desporto. Compareci ao COB, conversei com a secretária e decepcionei com o que vi e o que não mefoi dito. Simplesmente NADA. Também pudera, com aqueles dirigentes!
Tomara que tire proveito do curso e rezo para que as coisas tenham mudado, embora não acredite muito, pois eles ainda estão pendurados por lá e, creio, só sairão mortos. Concordo com o Edison, tudo permanecerá domo dantes no quartel de Abrantes.
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Laercio Elias Pereira
em 23 de Outubro de 2012 às 17:34.
Guilherme, não deixe esfriar a conversa. Os matriculados tem uma lista de discussão, comunidade ou ambiente de aprendizagem na internet? Colo abaixo a noticia da página do COB. Entrando lé tem um vídeo mostrando os alunos uniformizados e um lance da palestra inaugural do Bernardinho:
17/10/12 13:56
Turma inaugural da Academia Brasileira de Treinadores capacitará 109 técnicos
Palestra com Bernardinho, técnico da seleção masculina de vôlei, aconteceu nesta quarta, no Maria Lenk
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), através do Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), deu início nesta quarta-feira, dia 17, ao curso inaugural da Academia Brasileira de Treinadores (ABT). Técnicos de atletismo, ginástica artística e natação, em um total de 109 profissionais, participarão do programa de capacitação. O objetivo do curso é complementar, por meio de atividades educacionais, a formação profissional de treinadores do esporte de alto rendimento, e, desse modo, contribuir de forma relevante para a conquista de resultados no esporte olímpico. A aula inaugural, realizada no auditório do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio de Janeiro, contou com a presença do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, do superintendente executivo de esportes do COB, Marcus Vinicius Freire, e do Superintendente do IOB, Augusto Heleno Pereira, além do treinador da Seleção Brasileira de vôlei, Bernardinho.
Idealizador da ABT, o presidente do COB desejou boa sorte aos novos alunos e ressaltou a importância do trabalho do treinador para o sucesso de uma equipe ou de um atleta. “Eu acredito que a formação do treinador é fundamental para os atletas brasileiros. Agradeço aos treinadores aqui presentes por entenderem o espírito e os benefícios que serão dados. Sempre teremos em mente o atleta. É para isso que trabalhamos. Em benefício do atleta e consequentemente a juventude brasileira. Todo o esforço que está sendo feito no Brasil para poder realizar os Jogos Olímpicos Rio 2016 tem como meta o futuro do esporte brasileiro. Não será só até 2016, será pós-2016. Tenho a certeza de que iremos crescer com a ABT e os maiores beneficiados serão os atletas brasileiros”, declarou Nuzman.
O presidente do COB lembrou ainda de seu apoio à capacitação de treinadores quando exercia o cargo de presidente da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV). “Um dos meus primeiros trabalhos na CBV foi a formação de treinadores de vôlei e o resultado está aí. Um dos meus sonhos no COB era ter uma academia brasileira de treinadores que pudesse atender a todas as modalidades esportivas. Esse início me deixa extremamente feliz e emocionado em ver que os atletas poderão contar com técnicos melhor qualificados”, comentou Nuzman.
Após as boas vindas de Nuzman, os treinadores foram brindados por uma inspiradora palestra do treinador campeão olímpico Bernardinho. O comandante da Seleção Brasileira masculina de vôlei nas últimas três edições de Jogos Olímpicos falou sobre diversos aspectos do papel do treinador perante o atleta. “Estamos vivendo um momento histórico no esporte brasileiro. A construção da Academia Brasileira de Treinadores talvez seja o maior legado que deixaremos para o esporte brasileiro. A capacitação, a formação daqueles que serão responsáveis pela multiplicação da parte esportiva no país com excelência. Esta iniciativa do COB e do IOB é fundamental para a transformação efetiva do Brasil numa potência olímpica. Ao formarmos profissionais mais capacitados, nós vamos conseguir dar o salto de qualidade que tanto esperamos e almejamos”, projetou Bernardinho, um dos Consultores de Honra.
Meta é formar 432 técnicos até 2018
Os cursos da ABT têm duração de dois anos e o IOB pretende abrir turmas anualmente sempre para três ou quatro modalidades olímpicas diferentes. Até 2018, a ABT pretende formar 432 técnicos em 14 modalidades. “O COB vê a capacitação de treinadores como um caminho fundamental para buscar a superação de um ponto crítico do esporte brasileiro. Atualmente existe uma lacuna na formação de profissionais interessados em atuar no esporte de alto rendimento como treinador. A meta da ABT é formar treinadores que possam contribuir para o desenvolvimento esportivo e alcançar resultados positivos em nível mundial”, afirmou o superintendente do Instituto Olímpico Brasileiro, Augusto Heleno.
Entre os 109 profissionais que participam desta edição inicial da ABT estão Marcos Goto, técnico do campeão olímpico Arthur Zanetti, da ginástica artística, Georgette Vidor, coordenadora da Confederação Brasileira de Ginástica, Mosiah Rodrigues, ex-atleta campeão pan-americano de ginástica artística, Fernando Vanzella, ex-técnico do nadador Thiago Pereira, Arilson Silva, treinador de do finalista olímpico Bruno Fratus e do medalhista mundial Felipe França, Arnaldo Oliveira, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos Atlanta 96 no revezamento 4x100, entre outros.
Para chegarem à ABT, os treinadores passaram por um processo seletivo dividido por três etapas: inscrição, prova escrita e análise de currículos. Cerca de 600 profissionais se inscreveram para o processo seletivo.
O curso é desenvolvido através de oito módulos presenciais, outros três à distância e mais três módulos de estágio, voltados para duas áreas: Desenvolvimento Esportivo e Aperfeiçoamento Esportivo.
Cada um dos três módulos de estágio tem duração média de uma semana. O primeiro é nacional, em uma organização esportiva ou educacional do Brasil, e os dois últimos são internacionais, com treinadores de referência mundial, que virão ao Brasil passar suas experiências aos alunos da ABT.
O corpo docente da ABT é formado por profissionais altamente capacitados com formação acadêmica e experiência no esporte de alto rendimento. A ABT conta com um corpo docente nacional composto por 31% de pós-doutores, 52% de doutores, 9% de mestres, 4% de médicos e 4% de arquitetos. Além deles, a ABT irá trabalhar com treinadores internacionais, de referência mundial de cada modalidade, para o seu programa de estágio.
O aluno/treinador formado pela ABT receberá o brevê de que o denominará Treinador Nacional em Esporte de Alto Rendimento, na área de Desenvolvimento Esportivo, ou Aperfeiçoamento Esportivo, dentro da classificação que lhe for concebida, de acordo com os seus resultados esportivos.
Haverá processos de seleção anuais para a formação de próximas turmas. A ideia é atender, em cada ano, em média três modalidades olímpicas diferentes. O curso é inteiramente financiado pelo Comitê Olímpico Brasileiro.
A Academia Brasileira de Treinadores conta com um seleto grupo de Consultores de Honra, composto por treinadores com experiência em Jogos Olímpicos, assim como profissionais importantes ligados ao esporte olímpico brasileiro. Os Consultores de Honra são responsáveis por contribuir com as diretrizes gerais e com os aspectos técnicos do funcionamento da ABT. Os consultores anunciados até o momento são: Geraldo Bernardes, treinador olímpico de judô; Bernardo Rocha de Rezende, Bernardinho, treinador olímpico de vôlei; Nélio Moura, treinador olímpico de atletismo; Paulo Wanderley Teixeira, presidente da CBJ; Agberto Guimarães, Diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016; Marcus Vinicius Freire, Superintendente Executivo de Esportes do COB; José Roberto Perillier, Gerente Geral de Alto Rendimento do COB; Jorge José Bichara – Gerente Geral de Desenvolvimento Esportivo do COB; Ricardo D'Angelo, membro do Conselho Técnico da Confederação Brasileira de Atletismo.
Instituto Olímpico Brasileiro é o departamento de educação do COB para o esporte olímpico. O seu objetivo maior é gerar e difundir conhecimento ao promover uma formação profissional de alta qualidade por meio de programas de capacitação e desenvolvimento. Em cursos, seminários, congressos e demais eventos acadêmicos e científicos, o IOB pretende contribuir de forma significativa para o amadurecimento do esporte nacional de alto rendimento.
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Roberto Affonso Pimentel
em 23 de Outubro de 2012 às 18:10.
Caríssimos professores,
Quem já frequentou a sacristia sabe muito bem o que estou dizendo. Já vi essa história antes e não acredito, até porque após as olimpíadas os brasileiros já terão se esquecido de tudo o que foi dito atualmente.
O corpo docente da ABT é incrivelmente bem preparado, tem doutor saindo pela janela, e o que isto significa? Será que o espírito santo baixou inesperadamente sobre um grupo e tornou-os profetas da salvação? Entre outros, percebi que o mais ilustre de todos, o campeoníssimo olímpico José Roberto Guimarães ja foi esquecido ou propositalmente ignorado
E, ao contrário do que eu imaginava, e possivelmente até o Bernardinho, o COB pretende formar técnicos luminares a partir de cima para baixo. E aquelas pequeninas queixas de antigos treinadores nacionais - incluso os atuais - de que o atleta chega à seleção de sua modalidade sem o devido preparo técnico dos fundamentos inerentes. Quem quiser que veja, mesmo as seleções que se tornaram campeãs olímpicas (caso do voleibol), como estamos muito longe de produzir atletas "bem formados".
Bem, com certeza a culpa será atribuída aos pobres professores escolares que pouco ou nada sabem sobre o assunto. No entanto, o presidente do COB era (agora não sei mais) o maior apologista de que o esporte escolar é o futuro do pais. Creio que é demais para a minha cabeça tentar entender tudo isto. Assim, é melhor para mim, solitariamente, acreditar que tudo é verdade e dentro de alguns meses escrever para Papai Noel pedindo um presentinho, pois afinal não sou de ferro e preciso crer em alguma coisa boa.
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András Vörös
em 23 de Outubro de 2012 às 20:10.
Caros Amigos:
Primeiramente desejo boa sorte ao Guilherme no curso, pois sem dúvida sempre se pode aprender algo em qualquer lugar!
Em seguida deixo o pensamento de que estão desenvolvendo lapidadores de diamantes, só que esqueceram que sem garimpeiros (professores da escola fundamental), não haverá material humano para ser trabalhado.
Também fico pensando porque será que 4% dos docentes são Arquitetos?
Nossos novos técnicos serão responsáveis pelas reformas e construção de equipamentos esportivos?
Pode ser que o CREA classifique isso como exercício ilegal da profissão, assim como um arquiteto dar aulas sem a devida formação pedagógica é abuso !!!
Qual a importância do Brasil se tornar potência Olímpica? pois estamos prá lá do 50º lugar em educação e indicadores de qualidade de vida !
Como fala o Roberto Pimentel sobre a sacristia, e o Edison sobre curiosidade e mágica do processo, pessoalmente entendo que tem caroço nesse angú !!! Já ví muitos filmes parecidos !!!
Mande noticias sempre Guilherme e se possível poste o material que vocês estão tempo acesso, para dividir um pouco com os pobres mortais que não são os ungidos pela ABT.
Abraços a todos!
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Guilherme Tucher
em 23 de Outubro de 2012 às 22:11.
Amigos, boa noite.
Entendo a preocupação de todos, que também é minha – afinal de contas gato escaldado tem medo de água fria.
Tentarei apontar o que estou percebendo.
Edilson, houve um processo seletivo. Uma das exigências era a comprovação de experiência com o esporte de rendimento/competitivo. Tanto faz o nível, dos escolares ao atletas olímpicos. Assim, os técnicos foram divididos em grupo “desenvolvimento” (para os que tem maior experiência com os menores de 13-14 anos) e “aperfeiçoamento” (com os mais velhos). Não sei se é o melhor critério, mas algum deveria ser adotado. Segundo o prof. Antônio Carlos Gomes (que todos devem conhecer e está na coordenação do curso), estas nomenclaturas e objetivos foram discutidos entre os vários especialistas (digamos os teóricos e os práticos). Teremos aulas presenciais, a distância e estágio. Em princípio funciona como um curso qualquer de pós graduação. Els visa oportunizar uma formação mais específica, que em princípio não foi garantida na graduação (até porque este não é o objetivo). Não percebo uma censura em relação aos docentes do curso. Já tivemos defensores e críticos, por exemplo, da iniciação e especialização esportiva precoce. O discurso da coordenação é que espera-se reflexão dos treinadores para saber como lidar em cada situação. Teremos uma parte de disciplinas de conhecimentos gerais e outras de conhecimento específico por modalidade e grupo de rendimento (desenvolvimento ou aperfeiçoamento). Para este momento as aulas foram de filosofia, pedagogia do esporte, estatística, metodologia científica, aprendizagem motora, desenvolvimento motor, psicologia, medidas e avaliação...
Roberto, percebi um comprometimento muito grande dos envolvidos (organização). Mas entendo seus motivos. O grupo de treinadores envolvidos sabe também que o trabalho não será fácil. Outra coisa que vem sendo discutida é a importância da associação do conhecimento teórico e prático (se é que um dia estiveram separados). No grupo temos vários técnicos com especialização e mestrado. O que me surpreendeu. Mas tem um grupo que ficou na graduação.
Laércio, foi criada uma plataforma virtual para as atividades a distância. Esta mesma plataforma é utilizada para os curso de gestão esportiva que o COB já realiza. Este será o terceiro curso que faço que tem parte em Ead. O layout não se difere muito. Nela serão disponibilizados artigos, espaço para fórum e chat. Os artigos devem ser lidos para realização de uma avaliação no ambiente virtual (também haverá prova presencial). Percebo que o maior objetivo é manter os técnicos estudando – o que é bom.
András, eles esperam formar este técnicos e que eles sejam multiplicadores deste conhecimento nos seus locais de origem. O planejamento está muito bem organizado e coerente. Precisamos torcer para dar tudo certo. Quanto aos arquitetos (rssrsr); eu não sei. Talvez porque o grupo de aperfeiçoamento terá aulas sobre infraestrutura, materiais e equipamentos esportivos. Percebo que estão oportunizando ao técnico uma visão que vai além da piscina. Os materiais disponíveis para leitura não são “inovadores”. São aqueles já consagrados nos livros da área.
Sei que escrevi muito “percebo”. Não sei se transmiti a verdade (rsrsr). Mas passei o que percebi.
abraços
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Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Outubro de 2012 às 16:01.
Guilherme,
Em relação aos arquitetos, percebo que será um excelente aprendizado, caso sejam realmente capazes. Em Portugal, e certamente em todos os países da zona do euro, medidas de segurança são impostas nas áreas de prática desportiva e de lazer, mesmo qualquer praça pública. E, inclusive, com inspeção periódica.
Aqui no Rio, vi arquiteta da prefeitura responsável por uma simples maquiagem em um Ciep realizar várias barbeiragens. Imagine se for responsável por um complexo desportivo? No caso específico da natação, acompanhei no SESI-DN conversas a respeito da construção de piscinas e concluí que Roberto Córsio (Financial), ex-atleta da seleção brasileira de voleibol(1960), era o indivíduo que tinha a melhor biblioteca sobre tais construções. Isto para lhe dizer que, não basta existir o arquiteto, há que haver a participação de treinadores e outros, pois uma das tarefas do arquiteto é inteirar-se do que estará realizando os seus usuários. Tenho certeza de que muitos erros ainda são cometidos no Brasil em variadas circunstâncias. Há pouco caiu uma tabela de basquete e matou um atleta; em outro momento, numa escola, a baliza de futsal atingiu a cabeça de um aluno, que não resistiu; e, finalmente, em uma piscina escolar, duas crianças conseguiram ultrapassar a segurança (cerca), com trágico desenrolar. Evidente que a culpa não é do arquiteto, mas relato os fatos para acentuar a necessidade de o mesmo imiscuir-se com as necessidades dos usuários para que tudo funcione a contento. Ouvi de um presidente de clube certa feita após eu ter salvado um menino da morte em uma piscina, quando lhe disse que seria imprescindível o guarda-vida: "Cada pai que tome conta de seus filhos". Como pode ver, precisamos melhorar muito nosso agir e repensar muitas coisas quando lidamos com gente. Não é só ganhar dinheiro e jogar a culpa nos outros.
Em outro momento, possivelmente no meu blogue www.procrie.com.br/ , estarei comentando sobre o terrível abismo que separa a TEORIA da PRÁTICA, algo que venho debatendo há algum tempo com vários artigos. Além disso, enfatizo que no Brasil não damos atenção às famigeradas "escolinhas", seja de que esporte for. Será que da noite para o dia os mestres doutores eleitos "olímpicos" tocarão suas harpas do saber e transformarão simples mortais em deuses da sabedoria na Arte de Ensinar? Está me cheirando a cartel pedagógico. Vejam no Procrie a série que estou produzindo sobre a matéria. Tomara que professores do interior me ouçam e não se deixem contaminar desavisadamente.
De resto, é esperar para ver.
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András Vörös
em 24 de Outubro de 2012 às 17:40.
Caro Roberto :
sem querer polemizar sobre o assunto, mas note que o curso é para Técnicos de Alto nível, e entre os DOCENTES há 4% de arquitetos. Não é um curso para arquitetura de isntalações esportivas !
A tua descrição sobre a arquitetura de instalações esportivas é perfeita e concordo, só não entendo o que irá alterar na formação destes novos técnicos a arquitetura. Por acaso
ao constatar erros de concepção, construção e manutenção nas instalações nossos colegas, incluindo aí todas as escolas do país, devem se negar a utilizá-las em nome da segurança?
Os acidentes relatados são frutos diretos da falta de manutenção, além de uso indevido. No caso da tabela de baskete ela não foi concebida para que pendure nela !!!
Vamos aguardar o desenrolar dos resultados em 2016 !
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 25 de Outubro de 2012 às 09:23.
Prezado András,
Grato por sua leitura atenta de minhas observações e não se desculpe por polemizar, uma vez que estamos colocando nossas ideias exatamente para serem discutidas e que mais colegas se sintam motivados a fazê-lo.
Em minha breve experiência nos cursos de Iniciação esportiva do SESI-DN, constatei que entre as tarefas da coordenação geral sediada no Rio, era a de supervisionar as construções dos Centros Regionais, isto é, os complexos desportivos, incluídos piscinas, ginásios, quadras etc. Pelo que me relatou um dos organizadores dessa ABT antes do lançamento, a formação dos novos treinadores implica conhecimentos - ainda que gerais - sobre diversas áreas que influenciam diretamente o seu trabalho. Assim, ao conceber um projeto, o arquiteto deverá ouvir também esse profissional e conceberem melhor atendimento aos atletas. São muitos os casos de ginásios, p.ex., em que após alguns anos de atividade, constatam-se erros na sua arquitetura que poderiam ser previstos. Um deles, a iluminação natural.
Quanto à construção esportiva em escolas, a sua indagação está respondida por você mesmo no primeiro parágrafo. Contudo, creio que erros na construção devem ser apontados por quem de direito - os agentes educacionais - que ali estão com a responsabilidade de preservar a segurança dos usuários, no caso, os alunos, nossas crianças. Aliás, nesse CEV existe um tema sobre o assunto.
Pelo que sei, e é muito pouco, no Brasil usam-se duas formas de anexar o aro a uma tabela de basquete. Como economia, a maioria das escolas utiliza a forma mais simples e econômica, isto é, uma fixação sólida do aro à tabela (quase sempre de madeira), sem o recurso utilizado nos clubes de alto nível (de vidro), uma espécie de mola entre a tabela e o aro propriamente dito. Este recurso permite que até os astros americanos com seus mais de 100 kg de peso se dependurem em enterradas espetaculares. Certamente, o impacto é absorvido por este sistema elástico. Dessa forma, ao se construir instalações para o jogo de basquete seria interessante que os responsáveis conhecessem as regras e/ou inteirar-se com quem sabe, ou que pelo menos deveria saber. Creio que deve ser essa a conveniência dos arquitetos. Talvez, até, para que eles aprendam com os professores e treinadores. Um erro muito comum entre arquitetos, se concentra em algo muito simples como pintar as linhas demarcatórias de uma quadra poli esportiva.
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Edison Yamazaki
em 29 de Outubro de 2012 às 03:58.
Não sei não... esses arquitetos estão no curso por alguma razão "extra-terrena".
Espero sinceramente que esse curso seja de bom nível e mais ainda, que os participantes saiam de lá modificados. Picados pelo ferrão do conhecimento e do saber.
Não sei por que, tenho sempre uma pulga atrás da orelha quando a organização de qualquer coisa ligada ao esporte envolve orgãos como COB, CBF e outras siglas conhecidas. Tenho certeza de que não é preconceito. Talvez seja realismo.
Na Federação de Tênis, Judô, Basquete, Natação e Atletismo temos problemas administrativos e técnicos. É tudo um bagunça só. Educar e criar ambientes propícios para a prática esportiva, nem pensar. O que será desses esportes em 2016? O que está acontecendo com o nosso basquete que já nos deu tantas alegrias? Lembram do Carioquinha, Menos, Ubiratã, André, Marcel, Oscar, Amauri, etc. Onde estão Joaquim Cruz, Robson Caetano, Nakaya, Guimarães, Zequinha, Adauto Dominges, Ronaldo da Costa, José João da Silva, entre outros? Onde estão Claudio Mortari, Amaury Passos, José Medalha? Estão vivos ainda?
Guilherme, escreva aqui o que os "medalhões" tem a mostrar sobre o processo de treinamentos. O que pode ser tão diferente do que acontece no resto do mundo.
Nos inícios dos anos 80, participei de um evento com a presença de Mark Spitz, Shirley Babashoff e James Counsilman. O assunto era o método de treinos que Counsilman aplicava em seus atletas. Mesmo sabendo dos fantásticos resultados obtidos com Spitz, percebi que não havia nada demais na metodologia.
Acho que agora as coisas não devem ser muito diferentes. Mesmo assim, aguardo seu post sobre o que ocorre no curso do COB.
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Roberto Affonso Pimentel
em 29 de Outubro de 2012 às 16:33.
Edison e demais colegas,
Creio que somos descrentes de muita coisa em matéria de ensino no Brasil. E por quê? Existe uma cultura que nos impele a lutar por um diploma universitário, custe o que custar, haja vista a proliferação de estabelecimentos que promovem esta venda. A própria lei estimula isto, quando estabelece "cotas" de professores universitários com diplomas de mestrado e doutorado. E o que sabem eles, tanto de teoria, quando de prática? Já tivemos a onda de MBA e mais uma está a chegar.
Agora, em termos de ensino, um advogado, ex-atleta de voleibol, bem sucedido administrativamente, surge como o salvador da pátria e, com sua equipe de escudeiros - muitos ex-atletas - resolve derramar seus dotes metodológicos por toda a nação, impondo conceitos, como se ainda estivéssemos em pleno regime militar. Aliás, o COB já foi reduto de "generais de pijama" que, felizmente, nada faziam e, assim, não atrapalhavam. Apenas tinham mais um local para suas bazófias, além dos clubes militares.
Há tempos apresentei à CBV (era Nuzman) projeto para o desenvolvimento do mini voleibol no Estado do Rio e foi vetado com o argumento de que a instituição é nacional; corrigi e reapresentei como projeto nacional. Mais uma vez negado, com argumentação nova: não cabia à entidade tratar da iniciação ou formação de atletas. Os anos se passaram, e tudo mudou: consegui que na nova administração (Ary Graça) se implantasse o Viva Vôlei, uma derivação de nomenclatura do mini vôlei. Inclusive, fui o coordenador técnico pelo período de criação, até seu lançamento. Parece, então, que dependendo da cabeça, uma nova sentença. Ocorre que, no COB, o presidente pregava que o futuro do esporte estaria nas escolas e cobre com sua influência avassaladora os políticos de plantão nos ministérios da Educação e dos Esportes. O primeiro, sem nunca emitir opinião alguma; o outro, tradicional freguês de ideias desde 1995.
Agora, seus rompantes se escudam metodologicamente em seus comandados que, por juízo, jamais lhe farão oposição, isto é, o que seu mestre mandar faremos todos. E buscar justificativas para qualquer coisa há muita gente bastante qualificada, inclusive com canudos elegantes e diversificados. Só lhes faltam o bombeiro e o contínuo para servir o café.
Observem que mesmo nos dois esportes coletivos melhor qualificados mundialmente - futebol e voleibol - temos imensas deficiências com origem na Formação e que se estendem ao alto nível, Se em ambos não conseguimos resolver os problemas na base, deixando tudo fluir ao sabor das leis de mercado e, portanto, de palpiteiros, que dizer dos demais. Certamente, estaremos dando voltas em torno do mesmo lugar, confundindo o ponto de partida com o ponto de chegada. Tem peru na roda!
Um alerta para quem esteja fazendo o curso: aprenda a pensar, isto é, a interpretar tudo o que é dito ou escrito. Aliás, haverá mais escritos, com farta distribuição de papel. Por força do mau ensino o brasileiro tem dificuldade em ler e, portanto, interpretar o que está escrito. E, consequentemente, as imagens que lhe são passadas em aulas práticas são também mal assimiladas, pois a grande maioria tende em se fixar no que está vendo, perdendo a observação do que seja o global. Esta lhe permitirá abrir novos horizontes, muito além daquilo que presenciou. Em todos os cursos de que participei – ouvinte ou palestrador – este era um fator constante. Quanto às apostilas, quem se apercebe desse mal?
Este alerta vai também especialmente para o Edison graças à sua observação muito significativa no penúltimo parágrafo (...) "percebi que não havia nada demais na metodologia". Vale relembrar as várias postagens no Procrie a respeito do livro de D. Coyle, "O código do talento", sobre 'Como Treinar'.
Por
Guilherme Tucher
em 31 de Outubro de 2012 às 08:04.
As atividades presenciais deste primeiro módulo terminaram na última sexta-feira. Agora teremos que realizar atividades em Ead e um estágio nacional em algum local de prática da modalidade. Em fevereiro ocorrerão novamente as aulas presenciais e um estágio com técnico internacional para cada modalidade. O mesmo acontecerá no segundo semestre. Algumas informações sobre o trabalho de curso já foram passadas. Parece-me que em fevereiro a temática deve ser decidida.
abraços
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