Cevnautas da EAD,

    Será que esse é um sinal de que no século XXI a aprendizagem é mesmo em pequenos grupos? Laercio

JC e-mail 4922, de 28 de março de 2014
Cursos on-line abertos não motivam estudantes
A opinião é de John Hennessy, presidente da Universidade de Stanford que ajudou a desbravar o ensino via internet
 
Os cursos on-line abertos em grande escala, conhecidos como Moocs, podem até ser a nova onda no ensino superior, mas deixam de cumprir o prometido em dois aspectos: abertura e escala. A opinião é de John Hennessy, presidente da Universidade de Stanford que ajudou a desbravar o ensino via internet.
 
O cientista da computação diz que esses cursos são grandes demais para conseguirem engajar e motivar a maioria dos estudantes. Essa afirmação chega ao mesmo tempo em que acadêmicos e empresários repensam o modelo surgido em 2011, que muitos achavam ter potencial para revolucionar o ensino.
 
Os cursos, que prometem livre acesso ao material sendo ensinado nas principais universidades, atraíram milhões de usuários pelo mundo. No entanto, Hennessy diz que a maioria das pessoas nos cursos on-line de Stanford simplesmente "não estava preparada para o nível do material". "Quando surgiu o primeiro Mooc, cem mil pessoas se inscreveram, mas nem a metade participou da primeira aula."
 
Em 2013, o professor Sebastian Thrun deixou Stanford para fundar a Udacity, uma das primeiras empresas com o objetivo de criar cursos menores, de formação profissional, depois de ver os altos índices de abandono nos mais tradicionais. Thrun, que agora comanda a divisão de produtos avançados do Google, descreveu os Moocs de sua empresa como "um produto ruim", em entrevista à revista "Fast Company".
 
Apenas 4% a 5% das pessoas que se inscrevem em programas na Coursera, outra pioneira em Moocs que nasceu em Stanford, chegam ao fim, disse Andrew Ng, professor que comanda a companhia. Ele ressalta que o alto índice de desistências mostrou que as pessoas apenas estavam querendo testar o conteúdo. Cerca de 45% das pessoas que faziam o primeiro dever de casa, porém, concluíam o curso.
 
Hennessy enfatiza que há um papel bastante útil para os Moocs. Eles podem ensinar, por exemplo, "uma pessoa na Mongólia que está pronta para avançar por conta própria, mas não pode fazer o curso em nenhum lugar na Mongólia" - já que haveria conteúdo disponível "grátis ou quase grátis" para ela. Contudo, em sua opinião, não há uma tecnologia de avaliação automática para realizar "exames rigorosos e desafiadores" para números em grande escala.
 
A reconsideração dos Moocs fez surgir uma nova palavra de ordem no mercado da educação: "Spocs", sigla em inglês que substitui o "aberto" e o "grande" por "privado" e "pequeno".
 
(Valor Econômico com informações do Financial Times)
http://www.valor.com.br/carreira/3498232/cursos-line-abertos-nao-motivam-estudantes#ixzz2xGh4N7il

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 31 de Março de 2014 às 09:49.

Laércio,

Fui buscar na Wikipédia o que é e o conceito da sigla MOOC. Os interessados poderão ler mais, pois há referências sobre sua primeira efetivação no Brasil pela Universidade Estadual Paulista.

Curso Online Aberto e Massivo, do inglês Massive Open Online Course (MOOC), muque ou moque em português, é um tipo de Curso Aberto através da web (por meio de AVA e/ou ferramentas das Web 2.0 e/ou Redes Sociais) que visam oferecer para um grande número de alunos a oportunidade de ampliar seus conhecimentos num processo de co-produção.

MOOC é um desenvolvimento recente na área de educação a distância, e uma progressão dos ideais de educação aberta sugerido pelo REA - Recursos Educacionais Abertos. Embora o projeto e participação em um MOOC pode ser semelhante ao de um curso em uma faculdade ou universidade, o MOOC normalmente não exigem pré-requisitos mas também não oferecem certificados de participação. Talvez no futuro possa haver validação por uma Universidade através de uma avaliação presencial. (...) Cogita-se que esses projetos MOOC objetivam fazer experimentos para transformar os atuais cursos do tipo e-learning mais escaláveis, sustentáveis e rentáveis.

Guardadas as devidas proporções, é exatamente o que nos propusemos a realizar com o Procrie, uma ferramenta de ensino na Formação Continuada de professores de Educação Física e Treinadores Esportivos. Muito além, incentivamos a criação de blogues escolares, o que nos aproxima do Prof. José Pacheco, quando nos lembrava que "temos escolas do séc. XIX, professores do séc. XX e alunos no séc. XXI".

Estamos levando o projeto à CBV, que apesar dos percalços pelos quais atravessa, pode perfeitamente aproveitar nosso trabalho - Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol - e incrementá-lo já agora com os Cursos Presenciais, o que a deixaria na vanguarda do ensino no Brasil e no mundo. Aqueles que se interessarem, visitem www.procrie.com.br/procrienoprezi/ .

Grato pela lembrança de tal artigo.  


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