Cevnautas da EAD, precisamos acompanhar. laercio

08/04/2014 - 17h50 Comissões - Educação - Atualizado em 08/04/2014 - 21h11
Vai a Plenário projeto que trata de cursos de mestrado e doutorado a distância
Da Redação

A Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) aprovou nesta terça-feira (8) projeto que define regras gerais sobre a realização de cursos de mestrado e doutorado a distância. A proposta acolhida foi o substitutivo da Câmara dos Deputados a projeto (PLS 264/1999) apresentado ao Senado pela ex-senadora Emília Fernandes. A matéria ainda será votada pelo Plenário do Senado.

De acordo com o projeto, os programas de mestrado e doutorado a distância observarão, no que couber, as mesmas normas vigentes para o ensino presencial, permitindo-se as adequações necessárias às peculiaridades dessa modalidade do processo educacional.

Em qualquer caso, no entanto, será exigida a realização presencial de exames e de defesa de trabalhos ou outras formas de avaliação de desempenho que venham a ser desenvolvidas com as inovações da tecnologia educacional.

A proposta trata ainda do reconhecimento dos diplomas de mestrado e doutorado a distância expedidos por universidades estrangeiras segundo o que dispõe um dos dispositivos da Lei de Diretrizes em Bases (LDB). Por esse dispositivo, “as normas para produção, controle e avaliação de programas de educação a distância e a autorização para sua implementação caberão aos respectivos sistemas de ensino, podendo haver cooperação e integração entre os diferentes sistemas”.

Oferta reduzida

De acordo com informações registradas no Portal Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), até o momento há apenas um curso no formato semi-presencial de mestrado recomendado pelo orgão, o Programa de Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (Profmat). Neste curso, os alunos recebem bolsas da Capes, conforme o Ministério da Educação.

É ainda informado que o ministério pretende, com este incentivo, que as instituições de ensino superior apresentem à Capes propostas de novos cursos de mestrado profissional a distância voltados a professores da educação básica.

A Capes é a responsável pela recomendação de todos os cursos de mestrado e doutorado no Brasil. Para funcionar e ter autorização do Ministério da Educação, as propostas de cursos são apresentadas à Capes.

Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
 
Fonte: http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/04/08/vai-a-plenario-projeto-que-trata-de-cursos-de-mestrado-e-doutorado-a-distancia

Comentários

Por Gounnersomn Luiz Fernandes
em 3 de Julho de 2014 às 23:13.

Esta informação é muito boa. No entanto, ainda hoje a Prefeitura de Belo Horizonte não "valida", para progressão na carreira e melhoria na remuneração, a realização de cursos de pós-graduação a distância para seus(suas) professores(as). 

Por Patrick Ramon Stafin Coquerel
em 19 de Julho de 2014 às 18:47.

Prezados colegas cevnautas,

Mesmo com as incertezas e dúvidas que ainda pairam sobre a EaD, até mesmo preconceito de uma parcela considerável de estudantes e profissionais, especialmente na área 21 da CAPES, que compreende também a Educação Física, o desenvolvimento de Cursos de Mestrado e Doutorado em Educação Física, Ciências do Movimento Humano, ou de qualquer outra designação similar constituem-se de um processo irreverssível. Quando forem aprimoradas ou superadas as dificuldades de infra-estrutura, sobretudo aquelas relacionadas a conexão com a internet e o acesso as mídias digitais, não há possibilidade de coibir o surgimento e desenvolvimento de programas de pós-graduação na área 21 da CAPES. As metodologias e ferramentas da EaD quando bem planejadas, organizadas, executadas e avaliadas favorecem demasiadamente a aprendizagem. É oportuno mencionar que seria muito apropriado em não abdicar das formas híbridas, aquelas que combinam encontros presenciais com atividades em ambientes virtuais de aprendizagem, principalmente no campo de estudo e atuação profissional em Educação Física. Para refletir: Com os avanços tecnológicos sem precendentes pelos quais nossa sociedade perpassa, o que inclui as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC,s) voltadas para a EaD, como seria o futuro da formação acadêmica e interveção profissional em Educação Física, sem o envolvimento aprofundado e adequado com estas tecnologias? Exceto pela preocupação com a competição autofágica entre instituições de ensino presenciais que ofertam o Curso de Graduação em Educação Física, bem como pela propagação de uma falsa noção de que o ensino a distância representa má qualidade de ensino e aprendizagem, quais são as reais motivações dos órgãos de classe na área da saúde, para se manifestarem contrários a criação de Cursos de Graduação a Distância no Brasil?

Att.


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