Cevnautas Editores,

É espinhoso o caminho dos editores. Vivemos todos assombrados com o clássico editorial da RQES de antigamente (1991), em que o editor se assustou com a falta de jeito e competência dos autores na hora de referenciar seus trabalhos.  http://bit.ly/referenciasChocantes . O trabaho do Prof Gilson Volpato é do mesmo departamento de tristeza. Laercio

Equívocos de redação prejudicam trabalhos científicos brasileiros 03/07/2013

Por Elton Alisson

Agência FAPESP – Os pesquisadores brasileiros têm se esforçado para melhorar suas habilidades em redação, mas ainda cometem erros ao escrever uma tese ou artigo, segundo Gilson Volpato, especialista em redação e publicação científica.

Para Volpato, professor do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp), isso ocorre porque muitos pesquisadores não dominam ainda conceitos básicos da redação científica.

“Temos boas pesquisas no Brasil que, muitas vezes, são poucos citadas porque os resultados são mal apresentados. Isso se deve a uma série de equívocos sobre conceitos fundamentais na redação de um texto científico, que precisam ser corrigidos”, disse Volpato, à Agência FAPESP.

De acordo com o autor – que dá cursos sobre o tema e já auxiliou pesquisadores a reescreverem mais de 250 artigos em humanas, exatas e biológicas –, um dos conceitos relacionados à estrutura e apresentação dos textos utilizado de maneira equivocada está na introdução.

É comum, segundo ele, alguns pesquisadores erroneamente apenas discorrerem nessa parte fundamental de um texto científico sobre a literatura científica que leram, sem fundamentarem as bases e os objetivos da pesquisa.

“Esse é um vício observado nas introduções de algumas teses e dissertações, onde se inclui a chamada ‘revisão da literatura’, por exemplo, e tenta-se replicar essa mesma estrutura de texto nos artigos submetidos às revistas científicas. Porém, essa estrutura acaba não sendo publicada porque os artigos científicos internacionais seguem a lógica científica que é adotada por todas as boas revistas científicas no mundo e não se pode querer fazer algo diferente”, disse Volpato.

Outro conceito errado é sobre artigo de revisão científica. A ideia é que tal trabalho contribua para o avanço do conhecimento, mas, de acordo com Volpato, muitos artigos do tipo costumam apenas resumir as pesquisas em suas respectivas áreas.

“Há pesquisadores que coletam uma série de dados da literatura recente em suas áreas, fazem um resumo de todo o material coletado e acham que fizeram um artigo de revisão. Mas o artigo de revisão tem que avançar, tem que trazer novas conclusões”, afirmou.

Reavaliação de conceitos

Volpato, em parceria com mais cinco pesquisadores, acaba de lançar o Dicionário crítico para redação científica, com o intuito de contribuir para corrigir e balizar conceitos utilizados erroneamente por pesquisadores brasileiros.

O livro reúne definições de 750 termos utilizados em várias áreas, relacionados à publicação, redação, Filosofia da Ciência, Ética, Lógica, Administração, Estatística, Metodologia, Biblioteconomia e Cientometria, entre outras.

Entre os conceitos definidos pelos autores estão os de autoria, fator de impacto, método lógico e metanálise.“O livro reúne conceitos úteis a cientistas de qualquer área, que são definidos com clareza para nortear a construção de uma ciência que seja de alto nível e que atenda aos padrões internacionais de publicação”, afirmou Volpato.

Segundo ele, a publicação leva o nome de dicionário crítico porque muitas definições atuais utilizadas de forma corrente precisam ser reavaliadas. “O dicionário apresenta definições mais ousadas e também faz críticas a alguns conceitos mais tradicionais que já não fazem mais sentido no universo atual da ciência e da redação científica”, disse.

De acordo com Volpato, há poucos exemplos desse tipo de publicação, a maioria voltada para áreas específicas, como o Critical Dictionary of Sociology e o Critical Dictionary of Art, Image, Language and Culture.

A ideia é que a publicação brasileira chegue a ter mais de 5 mil palavras nas próximas edições. Para isso, já está sendo formada uma equipe com especialistas em diversas áreas, e os autores estão solicitando sugestões de novos termos para serem inseridos.

“As pessoas podem sugerir termos ou fazer críticas aos conceitos já definidos, para que possamos revê-los”, disse Volpato. Os interessados em dar sugestões devem enviar e-mail para dcrc2013@gmail.com. Os nomes dos autores das sugestões aceitas serão mencionados nas respectivas edições nas quais suas contribuições forem publicadas.

Além do novo dicionário, Volpato também é autor dos livros Método lógico para a redação científica, Bases teóricas da redação científica, Publicação científica, Administração da vida científica, Pérolas da redação científica, Dicas para redação científica, Ciência: da filosofia à publicação e Estatística sem dor!.

O professor também divulga seu trabalho no site www.gilsonvolpato.com.br , que oferece artigos, dicas e reflexões sobre redação científica, educação e ética na ciência. O site dá acesso a aulas on-line do curso “Bases teóricas para redação científica”, apresentado por Volpato na Unesp.

Dicionário crítico para redação científica
Lançamento: 2013
Preço: R$ 60
Páginas: 216
Mais informações: www.bestwriting.com.br

FONTE: http://agencia.fapesp.br/17508

 

Comentários

Por Thiago Scarton Nascimento
em 16 de Julho de 2013 às 15:59.

Boa tarde amigos do CEVNAUTAS e Grande professor LAERCIO,

A ideia do Professor VOLPATO em mostrar erros e fazer critica sobre nossa escrita é muito aceita e nós "alunos" temos que melhorar e muito nossa escrita através de novas leituras, dando eu como exemplo, estou começando meu primeiro trabalho de conclusão de curso em forma de artigo cientifico, estou "matando um leão", pois tenho uma escrita péssima e estou encontrando uma restrição em escrever e formatar minhas ideias, mesmo que as ideias são muito fluidas e com coerência eu ainda tenho este problemão em colocá-lo no papel. Sobre a ideia de formatação dos artigos científicos, vejo que temos que colocar esta ideia do professor Volpato em pratica, porque estou lendo muitos artigos da área do esporte, fisiologia e afins  os mesmos muitas das vezes são de revisão na qual o autor não coloca sua conclusão e sim, que precisamos de mais estudos. Sei que este não é somente um problema meu e sim de muitos alunos e professores. Muitos artigos que são publicados ou recusados pelas revistas cientificas,  tem coerência, tem informações importantes, ideias novas, resultados bons, mas a formatação "introdução" e linguagem muito fraca, da um valor baixo ao artigo, eu estou trabalhando e muito no meu artigo para que o mesmo não caia nesta "malha fina" das revistas.

Assim como o padre pede nas igrejas "oremos" eu peso "estudemos".

O tema do projeto que estou elaborando é "CAPACIDADE FÍSICA FORÇA: COMPARAÇÃO ENTRE ATIVIDADES ESCOLARES E EXTRAESCOLARES EM CRIANÇAS DE 7 A 10 ANOS", uma critica minha que vejo as crianças correndo, pulando, subindo em arvores..... Simplesmente brincando nas ruas e nas escolas terem que seguir um "regimento militarista" com filas e monitores gritando exaltados para que se possa parar de correr, estou com este projeto já em fase de coleta de dados estatísticos, mas aberto para novas ideias.

Abraço a todos.

 

Por Jaime Tolentino Miranda Neto
em 19 de Agosto de 2013 às 01:19.

Assunto: CONVITE DE PARTICIPAÇÃO      
A Universidade Estadual de Montes Claros-UNIMONTES, as Faculdades Integradas Pitágoras-FIPMOC, através do Grupo Integrado de Pesquisa em Psicologia do Esporte / Exercício e Saúde, Saúde Ocupacional e Mídia (GIPESOM), do Programa de Iniciação Centifica FIPMOC e do Programa Pós-Graduação em Ciências da Saúde (Mestrado e Doutorado) da Unimontes, estarão realizando o 2º ENCONTRO INTERNACIONAL DE PESQUISADORES EM  ESPORTE, SAÚDE, PSICOLOGIA E BEM ESTAR.  O evento acontecerá nas seguintes áreas temáticas: Esporte e Desempenho Humano, Ciências da Saúde, Atividade Física e Saúde, Bioética, Psicologia do Exercício e Saúde e Bem Estar,  reunindo pesquisadores da América do Norte, América Central e do Sul, Europa e África.  O evento acontecerá em Montes Claros/MG, Brasil, no período 08 a 12 de outubro de 2013.     A Revista Motricidade, integrada nas mais prestigiadas bases de indexação internacionais ISI e JCR, será a revista cientifica do evento, classificada nas áreas da Educação Física e Interdisciplinar com QUALIS B1 (http://www.revistamotricidade.com/).   Na oportunidade aguardamos a sua participação, visite o site do evento: www.eipse2013.unimontes.br.   Nos ajude a divulgar com os seus  contatos e orientandos.   Com os melhores cumprimentos,   Prof. Jaime Tolentino    O DEAD LINE (DATA LIMITE) PARA SUBMISSÃO DOS ARTIGOS, POSTERS E RESUMOS É O DIA 31 DE AGOSTO DE 2013”

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 19 de Agosto de 2013 às 08:59.

Thiago,

Não ouso pretender desenvolver e escrever qualquer tese científica, mas pretendo auxiliar a quem o faz em meu simples escrever no Procrie (www.procrie.com.br/missão).  Você encontrará subsídios teórico-práticos em muitos artigos (485). Para faciliá-lo, percorra as postagens nas Categorias Metodologia e Pedagogia e Formação Continuada. Se alguma ajuda precisar, escreva-me no próprio Procrie.

Veja o projeto Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  ou www.procrie.com.br/procrienoprezi/

Boas leituras e fale-me a respeito!


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