Cevnautas da Educação Física Escolar,

Nós bem sabemos como pode começar o assédio moral a partir das aulas de Educação Física. Vamos discutir a pesquisa e buscar caminhos para enfrentar o problema? Laercio

Alunos são vítimas de cyberbullying após educação física; 40% já viram agressão Por Julia Carolina - iG São Paulo | 05/12/2013 10:00   

Após o fenômeno das redes socias, piadinhas típicas das aulas da disciplina ganharam repercussão e gravidade   O aluno acima do peso, a menina que tem dificuldade para correr ou o menino que não sabe jogar futebol. Não é de hoje que as aulas de educação física motivam as piadas preconceituosas que podem trazer à tona uma série de agressões verbais e até físicas. Mas, se antes essa violência se restringia ao local da escola, hoje elas viram textos, fotos e vídeos que vão parar nas redes sociais, nos e-mails e nos celulares: o chamado cyberbullying.  

Após aulas de educação física, estudantes contam ser vítimas de cyberbullying Uma pesquisa realizada na Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília (UnB) aponta que 40% dos estudantes de uma escola pública do Distrito Federal já presenciaram a ocorrência de agressões virtuais após as aulas de educação física.  

Para realizar o estudo, a pesquisadora Lis Bastos Silvestre escutou alunos de 14 a 16 anos. Desses, apesar de 40% terem dito que já presenciaram o bullying virtual, apenas 15% admitiram ter praticado o delito nos trinta dias anteriores à pesquisa.  

Para Katty Zúñiga, psicóloga e pesquisadora do NPPI (Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática) da PUC-SP, a violência na educação física pode acontecer porque o relacionamento entre os alunos se torna mais intenso, inclusive pelo contato físico explícito. "É quando se sobressai uma diferença que o agressor  pode usar para atacar o agredido", diz  

Nisso se inclui desde a inabilidade de algum garoto para o futebol, às pernas tortas do outro até às gordurinhas evidenciadas pela bermuda justa das meninas durante uma partida de volei.   

Segundo Katty, diante desse cenário propício ao cyberbullying, cabe ao próprio professor da disciplina pensar em atividade em que o espírito cooperativo seja essencial. "Justamente por trabalhar neste terreno, o educador físico tem uma posição privilegiada para identificar esse tipo de problema. Se isso acontecer, deve conversar com o agressor, com a vítima e com as testemunhas –separadamente– a fim de encerrar a situação".  

Além disso, diz ela, o educador deve alertar os demais professores, o corpo diretivo e os pais, para que o problema não continue acontecendo fora da quadra.  

Repercussão

Para a psicóloga Maria Tereza Maldonado, autora do livro Bullying e Cyberbullying, muitas vezes os autores não tem consciência da repercussão do sofrimento que estão causando. "Eles acham que estão apenas fazendo uma brincadeira. Tanto que, muitas vezes, quem comete essa agressão já foi agredido no passado", explica.  

O que acontece, diz ela, é que os efeitos têm se tornado mais devastadores devido à divulgação em rede do que antes era apenas um burburinho dentro da quadra.  

Além disso, ao contar com o anonimato, além dos insultos, os agressores fazem ameaças, calúnias e difamam o agredido (que inclusive podem ser professores e funcionários do colégio) sem preocupações.  

Para as vítimas, as consequências são piores. "Não existe mais nenhum lugar seguro para a vítima, pois o cyberbyllying a atinge até no espaço da sua casa. Como consequência, podem ser maiores e as sequelas, como a depressão ou mesmo a morte", afirma Katty.  

Criminalização

Atualmente tramita no Senado um projeto de lei de autoria do Senador Clésio Andrade que quer criminalizar a prática do cyberbullying. O projeto propõe a alteração do Código Penal para tipificar como crime a prática do bullying virtual. O projeto propõe pena de detenção, que pode ir de três meses a três anos.  

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2013-12-05/alunos-sao-vitimas-de-cyberbullying-apos-educacao-fisica-40-ja-viram-agressao.html

 

Comentários

Por Mabliny Thuany Gonzaga Santos
em 9 de Dezembro de 2013 às 10:43.

Laercio,

Muito interessante o tema que você coloca em discussão, pois parecemos sempre estar “fugindo” desse tipo de assunto, apenas falando as vantagens da educação física na escola, tratando-a como forma de resolver todos os  problemas, sendo fonte de inclusão de todas as pessoas em seu processo de formação.  Mas e aqueles que são exclusos? Os que não dominam determinada modalidade ou são mais tímidos que outros, onde esses se encontram?  Infelizmente esses estão “sentados” nos bancos das escolas durantes as aulas de educação física, sem qualquer tipo de motivação e sem serem alcançados pelo educador.  Felizmente eis que a educação física  escolar possui várias formas de manifestações, não necessitando trabalhar seu conteúdo de forma a buscar o alto rendimento ou o melhor desempenho, e sim, trabalhar de forma a permitir a maior vivencia por parte de seus alunos. São esses conteúdos que farão diferença na vida desses indivíduos, mostrando-os que possuem capacidades como qualquer outra pessoa.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 9 de Dezembro de 2013 às 12:19.

Mabliny, 

Em Lições de um Projeto, Perspectivas de Aprendizagem (3 artigos), relato o desenvolvimento de um Projeto de Interação Social e Comunicação efetuado há algum tempo no Morro do Cantagalo, ainda não pacificado, no Rio de Janeiro.

O público alvo era composto de moradores de diversos morros da Zona Sul da cidade e alunos do ensino fundamental matriculados nas escolas públicas (Cieps). Em suma, eram crianças (8-13 anos), adolescentes (14 -17 anos) e inclusive adultos (+19), não havendo distinção de sexos. O projeto estendeu-se por 3 meses para um sem número de alunos. Em determinado momento, realizei aula simultaneamente para 64 indivíduos de diversas idades, de ambos os sexos. Foi um aprendizado enriquecedor.

Poderá ver o relatório em www.procrie.com.br/licoesdeumprojeto,perspectivasdeaprendizagem/, artigos catalogados no Sumário sob os números 06, 07 e 08. Se tiver paciência, inicie suas pesquisas e consultas através do alerta em "Metodologia e Pedagogia, Para que Servem?" (nº 395) 

Aulas em Escolas Públicas e Particulares

Durante algum tempo realizei aulas de demonstração da metodologia que emprego em escolas públicas e particulares, todas como bem sabemos, com problemas diversos, especialmente disciplinares. Em algumas, fui alertado pelo "chefe de disciplina" quanto à periculosidade de alguns alunos, em outros, dispensei os excessos paramiltares etc. Jamais tive qualquer problema e, em todos, muito elogiado pelo que consegui: TODOS, sem exceção, participaram alegre e ruidosamente das aulas, entusiasmados em poder participar, independente de sua condição técnica ou atlética. A chave do negócio? A identificação e cumplicidade do professor com os alunos, não importa a sua cor, tamanho, sexo ou habilidade. 

Pena que não filmei... Mas quando tiver a oportunidade de retornar a Ouro Preto espero realizar uma ou mais aulas para centenas de crianças, adolescentes e, até mesmo, adultos. Poderemos utilizar um campo de futebol, pois as ladeiras não conterão o vai-vém de bolas que sobem e caem a todo instante. Preparem-se! 

 

Por Mabliny Thuany Gonzaga Santos
em 18 de Dezembro de 2013 às 17:14.

Roberto,

Agradeço o site que indicou, pois tenho feito algumas leituras nele que concerteza irão enriquecer meu conhecimento.

Por Rildo Ansaloni Gomes
em 23 de Novembro de 2014 às 22:15.

Muito importante citarem esse assunto, pois é um assunto que ocorre muito nas aulas de Educação Física, como eu ainda estou cursando, faço apenas intervenções em uma escola aqui em Ouro Preto e durante essas intervenções ocorrem situações parecidas, não chegam a ser cyberbullying devido a serem alunos mais novos e que não redes sociais, mas ocorre o bulluying e as vezes em alguns casos fico sem saber como agir devido a inexperiência, por isso, acho que esse assunto deveria ser mais discutido.

Por Rildo Ansaloni Gomes
em 23 de Novembro de 2014 às 22:15.

Muito importante citarem esse assunto, pois é um assunto que ocorre muito nas aulas de Educação Física, como eu ainda estou cursando, faço apenas intervenções em uma escola aqui em Ouro Preto e durante essas intervenções ocorrem situações parecidas, não chegam a ser cyberbullying devido a serem alunos mais novos e que não redes sociais, mas ocorre o bulluying e as vezes em alguns casos fico sem saber como agir devido a inexperiência, por isso, acho que esse assunto deveria ser mais discutido.


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