Cevnautas, nossos cumpanhêro que vivem viajando pelo estrangeiro têm chegado com essa notícia de que o movimento de derrocada da Educação Física Escolar é mundial. É o que explica nos Estados Unidos essa repprtagem do NYT (depois da versão brasileira do IG colo a entrada para a noticía original do NYT (10/7/2012) no rodapé desta nota. Rrrrrecomeiiindo a visita porque tem links importantes. Laércio

Educação física perde espaço em escolas nos Estados Unidos
Apesar das preocupações com obesidade infantil, aulas de ginástica são cortadas


Mais de meio século atrás, o presidente Dwight D. Eisenhower criou o Conselho do Presidente para a Aptidão da Juventude e hoje o prefeito Michael R. Bloomberg e Michelle Obama estão entre aqueles que fazem da obesidade infantil uma causa pública. Mas mesmo com praticamente todos os Estados realizando reformas escolares significativas, muitos estudantes americanos não estão passando nenhum tempo no ginásio.

Em sua pesquisa bianual com alunos do ensino médio de todo o país, o Centros de Controle e Prevenção de Doenças informou em junho que quase metade deles não tinha aulas de educação física semanalmente. Em Nova York, cerca 20,5%.

O estudo confirma a percepção da controladoria de Nova York, que encontrou problemas no ensino de educação física em todas as escolas de ensino fundamental visitadas por auditores em outubro. Em São Francisco, pesquisadores da Universidade da Califórnia descobriram que apenas 20% das escolas primárias no sistema local tinham os requisitos mínimos do Estado: 20 minutos por dia de exercícios físicos.

Merenda: Lanche nas escolas terá mais frutas e vegetais para reduzir obesidade

No Escola Elementar Anatola, em Van Nuys, na Califórnia, nem sequer existem professores de ginástica ou um ginásio. A diretora, Miriam King, conta com assessores que cobram US$ 15 a hora para supervisionar exercícios uma vez por semana em um playground externo para seus 450 alunos.

"Às vezes, quando está chovendo, nós simplesmente cancelamos os exercícios", disse King.

No Distrito Escolar Miami-Dade, na Flórida, as aulas de educação física para alunos do ensino médio foram ameaçadas por uma legislação estatal no ano passado, em face a uma arrecadação de impostos anêmica. Mas a principal educadora de saúde do Estado, Jayne D. Greenberg, ficou grata ao ver um esforço popular conseguir gerar pressão política suficiente para derrotar os cortes propostos.

Ainda assim, segundo Greenberg, ela teve de "dobrar algumas das aulas do ensino elementar".

 [   No Brasil, educação física não inova  < http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/com-professor-bem-formado-e-motivado-educacao-fisica-nao-inova/n1597724920500.html > ]

Em East Harlem, na Scholars TAG, uma escola fundamental e de ensino médio para alunos superdotados, não havia professor de ginástica para alunos do ensino fundamental, de acordo com Patricia Saydah, cujo filho Mitchell Deutsch acaba de terminar o primeiro grau. Professores de arte e orientadores supervisionaram muitas das classes e os próprios estudantes muitas vezes são chamados a demonstrar exercícios de alongamento, disse Mitchell. O ano que vem deve ser ainda mais difícil: uma das quatro escolas que usam o prédio está em expansão e deve tomar mais espaço do único ginásio.

Saydah disse estar preocupada com a capacidade de Mitchell para se concentrar na aula sem atividades físicas.

"Ele sai da escola cheio de energia", disse.

Os diretores mais frequentemente culpam cortes no orçamento e, em Nova York, eles também citam pressões para se dedicar recursos à preparação para exames universitários.

Além de seu valor na luta contra a obesidade, a educação física também tem sido associada em alguns estudos a bons resultados acadêmicos. O Dr. John J. Ratey, professor de Harvard e autor de “Spark: The Revolutionary New Science of Exercise and the Brain” (Spark: A Revolucionária Nova Ciência do Exercício e do Cérebro, em tradução livre) citou um estudo de 2010 sobre o tema realizado pelo Departamento Federal de Saúde e Serviços Humanos.

"Há menos tempo para a educação física e o recreio para as nossas crianças", escreveu Ratey. "Os professores de educação física estão lutando como cães e gatos para manter seus empregos e seu valor, ao mesmo tempo em que tomamos consciência de que perdemos o bonde".

FONTE: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2012-07-18/educacao-fisica-perde-espaco-em-escolas-nos-estados-unidos.html

Artigo original com links muito interessantes: http://bit.ly/pe_obesity

Comentários

Por Lohover Duque Sandoval
em 19 de Julho de 2012 às 10:23.

Bom dia para voces.

Na Colombia a escola elementar tem as horas de Educacao Física no papel, os diretores fazem as programacao das cadeiras e professores da matemática ou outras cadeiras dirigem  o trabalho da cadira.

Nos colégios, as houras da cadira sao duas e fican segunda e sexta, e impossivel trabalhar na formacao do gesto desportivo das criancas.

Acredito a pesquisa para um congresso panamericano da educacao física.

 Um abraco.

Por Edison Yamazaki
em 23 de Julho de 2012 às 00:44.

Laércio,

No primário (7 aos 12 anos) as aulas de Ed.Fisica são ministradas pelos professores das respectivas classes. Não existe um profissional específico para atender as crianças. No ginásio (3 anos) e colégio (3 anos) existem o prof. Ed.Fisica que ministram aulas curriculares dividadas bimestralmente. Fora do horário escolar, os alunos precisam escolher algum esporte que queiram praticar após as aulas. Os professores das outras matérias (matemática, ciências, etc) é que serão os "instrutores" dos esportes escolhidos pelas crianças. Os professores são obrigados a participarem dessas aulas e escolhem o esporte com que tenham mais afinidade. As crianças passam em média 2 horas/dia treinando com o professor de outra matéria. Quando o grupo de crianças dão sorte de terem um "professor" que entende bem do esporte escolhido, tudo caminha bem. Pelo menos eles terão a chance de aprenderem coisas novas. Se derem azar de encontrarem pela frente um sujeito sem muito conhecimento pedagógico, as coisas ficam menos motivantes. Em tempo... nenhum professor é completamente leigo no esporte que será responsável, mas também não são especialistas e nem devem estar atualizados. Assim, ensinam o óbvio e o básico, mas sem a qualidade de um prof. Ed.Fisica. Muitos passam os mesmos exercícios pedagógicos por dias a fio deixando as crianças desmotivadas. O aluno pode deixar o gurpo quando quiser mas precisa apresentar uma justificativa.

A prática da atividade física na população em geral tem aumentado bastante, apesar de um certo amadorismo para os instrutores.

Acho que o Japão caminha no sentido contrário dos americanos.

Por Edison Yamazaki
em 23 de Julho de 2012 às 00:50.

Esqueci... os esportes variam de escola para escola, mas no geral são: futebol, basquete, volei, natação, tênis, handebol, badmington, tênis de mesa, judô, kendô, atletismo, rugby e beisebol. Existem escolas que possuem outros esportes (hockey, esgrima, arco e flecha, etc). Futebol, beisebol, vôlei, basquete, natação, tênis e handebol ocupam o topo dos esportes escolhidos. Atletismo também tem boa aceitação.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 23 de Julho de 2012 às 09:04.

Meu filho, professor de Física (sem educação) ministrou aulas de voleibol em uma escola canadense - Toronto, costa leste - onde o idioma francês predomina. Provavelmente, similar à descrição do Edison sobre as escolas japonesas. Já tivemos o relato neste CEV de um ex-aluno português sobre a falência de sua "aventura escolar", além de antigas declarações a partir do início do CEV. Constatei, comigo primeiramente, e depois, com meus filhos que frequentaram uma das melhores escolas de Niterói (RJ), cidade com invejável IDH, como NÃO se deve proceder para um programa de EF escolar. Se volvermos nosso olhar para quem e como se formam tais profissionais, certamente vamos nos decepcionar e permanecer descrentes. Se nada for feito em relação à Formação dos profissionais (como são chamados atualmente os professores de EF), estaremos dando voltas no mesmo lugar. O tema principal é a Qualidade do docente, depois, o seu caráter para enfrentar situações adversas impostas pela direção das escolas. Todavia, sabemos todos, a necessidade do emprego, de ter um salário (que vivem a reclamar) achatado, tornam os indivíduos dependentes do sistema. O capitalismo é deveras cruel.

Quanto à especialização em determinado esporte, CERTAMENTE, ao ingressar na universidade, o futuro professor já tem suas diretrizes traçadas, especialmente se é ex-praticante. Duvido que um professor universitário consiga alterar ou transformar esta ideia no seu aluno. Mas, ao contrário, esse futuro professor quando atuando na escola vai influenciar decisivamente seus alunos - para o bem ou para o mal - no que se refere não só ao esporte, mas à atividade física como um todo. E pior ainda quando se reporta à prática feminina, verdadeiro caos. Se houver alguma dúvida, tirem-nas com as mamães, tias, vovós. Quantos aos homens, quem não jogava futebol nunca se esquecerá das dez voltas na quadra e, os mais antigos ainda, da calistenia. 

De onde se pode afirmar que para planejar o futuro, é fundamental que se conheça o passado, quando memória e história se aglutinam e nos dão subsídios para nos situarmos no presente e planejar, desde que estejamos preparados para a missão. Caso contrário, são palavras ao vento... Um bom começo seria ler sobre a História da Educação Física e desenvolver um pensamento crítico, ouvir os depoimentos dos mais velhos, pois os autores muitas vezes pecam pela subjetividade. Enfim, não adianta colecionar nas prateleiras livros e autores, há que se aprender a interpretar o que se lê e a desenvolver na prática, caso contrário só nos resta copiar e repetir o que está aí. É a estagnação absoluta.

Uma curiosidade que o Edison poderá me responder: existe escola de ed. física no Japão?  Estava presente ao show brasileiro, em Tóquio?

Por Edison Yamazaki
em 25 de Julho de 2012 às 20:25.

O Japão atual está dando bastante ênfase para a prática esportiva. Tem aumentado substancialmente o número de alunos nas academias e é notório que pelos parques e  ruas, a quantidade de pessoas caminhando ou correndo também é maior. Mas o maior incentivo está sendo na base, com o aumento do números de escolinhas de várias modalidades, incluindo dança e outtras atividades que movimentam o corpo.

As escolas estão mais atentas para as atividades físicas porque praticamente todas as crianças japonesas (99,8%) possuem games portáteis (PSP, NIntendo) , e isso podem deixá-las mais sedentárias.

Como já escrevi deversas vezes, o grande problema são os "profissionais" que não são profissionais, apenas simpatizantes da prática esportiva.

Respondedo ao Roberto... Existem inúmeras faculdades de Educação Física no Japão.  O problema é que poucos formandos seguem na área porque a legislação trabalhistas japonesa é bem flexível permitindo que os futuros professores de EF possam trabalhar em outras áreas mesmo que elas não tenham nada a ver com esportes. Conheço formados que trabalham em escritórios, vendas, gerentes de RH, parques aquáticos, gerente de supermercados, etc.

Em compensação conheço pedagogos, administradores de empresas, publicitários, advogados e até médicos que trabalham ensinando crianças. Muito próximo da minha casa, todas as quintas-feiras, juntam-se um grupo de crianças para jogar futsal sob o comando de um médico. Ele diz gostar de futebol e aprendeu alguns métodos de treinos lendo na Internet e livros especializados.

Mesmo nas equipes profissionais de futebol, basquete ou vôlei não existem profissionais de Ed.Física. Como as equipes pertecem a grandes corporações (Mitsubishi, Toyota, Panasonic, etc) são alguns funcionários veteranos e ex-jogadores das empresas que acabam virando "coach" ou "head coach", Nesses mais de vinte anos no Japão, não conheci nenhum professor de Ed.Fisica trabalhando em times de ponta.

Roberto, você gostaria de saber se eu estive presente no Brazilian Day no parque Yoyogi, em Tóquio? Se for isso, sinto dizer que não fui ao Yoyogi porque moro longe e a labuta não me permite.

 

 

Por Vivian Montes
em 6 de Outubro de 2012 às 11:00.

Ano que vem vou morar no Paraguai, alguém conhece como é a questão do ensino de lá? 

Bom se ninguém sabe, logo eu saberei e poderei complementar este debate !  :D

att Vivian M.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.