Colegas
Defedemos que a soberania de uma nação depende também de seu lastro científico e tecnológico que para ser construido, consolidado, depende, por sua vez, da educação infantil, da formação básica e superior, dos investimentos públicos adequados, dos meios de informação e comunicação de massa, das instituições científicas de referencia popular e, das entidades cientificas. Nos perguntamos, portanto, qual é o papel da escola na consolidação de uma consistente base teórica no campo da cultura corporal? Qual é o papel da escola para elevar o padrão cultural esportivo da população brasileira?
Comentários
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Katia Brandão Cavalcanti
em 9 de Setembro de 2009 às 03:23.
Poderia deixar claro o que significa "elevar o padrão cultural esportivo da população brasileira"?
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Dalva Eloisa Piersante
em 22 de Setembro de 2009 às 10:29.
OLÁ...CELI PODEMOS AQUI NESTE ESPAÇO ...CONSTRUIR UMA PROPOSTA PARA ELEVAÇÃO DO PADRÃO DA CULTURA CORPORAL.ABRAÇOS.
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Camila de Lima Medeiros
em 8 de Setembro de 2009 às 12:21.
A escola não é mais uma enorme peneira onde o professor de educação fisica encontra os atletas que um dia levarão o Brasil ao podium, graças a Deus, não é mais assim.
Acredito que o papel da escola no campo da cultura corporal é de estimular, motivar e encontrar o prazer em praticar atividades físicas e também de apresentar aos alunos as várias formas de fazê-lo, buscando inclusive dentro da cultura destes alunos as atividades que serão, de fato, válidas.
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Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Setembro de 2009 às 16:11.
Professoras Doutoras Celi e Kátia. Professora Camila,
Estou frequentando diversas Comunidades desse CEV. São 12: Badminton, Basquete, CEVCafé, Corpo e Educação Indígena, Educação, Ed. Física em Alagoas, Ed. Física em Roraima, Esporte Escolar, Ginástica Laboral, Marketing Esportivo, Programa Agita São Paulo e o Vôlei. Foram 111 acessos nesses 88 dias, quase 3 meses, o que dá uma boa visão de meu interesse.
Comecei a minha participação no CEV em 14 de junho desse ano propondo debates e informações sob o tema “Iniciação ao Voleibol”. A partir daí, foram 22 comentários até hoje passados 88 dias. Em 20 de junho, sob o título “Problemas na Iniciação Esportiva” – ainda na Comunidade do “Vôlei” – tentei mais uma vez provocar o assunto. A seguir, em 12 de agosto, lancei um outro tema: “O Bom Professor”, que colheu 6 comentários, sendo que somente um colega de São Luiz (MA) respondeu. Os demais foram colocações minhas.
Logo depois de minha primeira participação (no Vôlei), passei a “navegar” por outras Comunidades, certo de que poderia desfrutar da companhia de vários professores possivelmente com problemas e sugestões que poderíamos nos locupletar. Em algumas teço comentários que identificam meus propósitos e aspectos que podem ser colocados em prática por qualquer professor, em qualquer realidade. Trata-se de uma maneira prática, simples e eficaz, uma metodologia que pode ser colocada a serviço de quem queira realmente realizar, inclusive a baixo custo.
Perscrutando uma vez mais a CEV, deparo-me com comentários e indagações que, se bem explícitas, imagino que possa contribuir com pequena parcela que seja. Peço aos colegas que tenham paciência comigo e tomem conhecimento do que venho “pregando” e, se lhes tocar a curiosidade, digam-me do que realmente estão a buscar. Se tiver o conhecimento necessário, estarei pronto para o diálogo; se não, tentarei informar-me para ajudá-las.
Roberto Pimentel.
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Camila de Lima Medeiros
em 14 de Setembro de 2009 às 19:57.
Roberto, não quis demonstrar falta de paciência, estava expondo aqui a minha opinião, que pode estar errada e é assim, errando e acertando que vou construindo a profissional que almejo ser.
Entendo o CEV como um fórum que tem conceituados profissionais e pessoas comuns (como eu), que procuram, através desta troca de opiniões melhorar suas aulas e seus argumentos diante de outros profissionais. Desculpe se não soube me expressar, gostei muito do tema e quis contribuir da meu jeito.
Acredito que podemos continuar neste debate. O que acha?
Um forte abraço!
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Roberto Affonso Pimentel
em 14 de Setembro de 2009 às 21:01.
Professora Camila,
Não interpretei seus dizeres assim. Peço desculpas se não consegui mostrar o que sentia.
Com certeza não teve tempo para ler o que consigno em outras comunidades de que participo para conhecer o meu pensamento e agir. Deixo para você, em quem percebo grande sensibilidade pelo ensino, um texto meu que, em breve, constará de um blog que estou a construir:
Ensinar é uma arte: "Ensinar não é uma ciência, mas uma arte. Contudo, se deixarmos de lado certa generalidade e observarmos sob uma perspectiva instrutiva alguns pormenores apropriados, podemos nos aperceber de alguns truques".
Já me disseram, inclusive, que me diferencio de outros professores porque coloco muito “amor” nas minhas aulas. Em outra ocasião, fui agraciado por comentário do tipo “você se entrega demasiadamente, a ponto de se exaurir. Como procederia caso tivesse que realizar 2-3 aulas consecutivas na escola”? Agradeci e respondi: “Isto é assunto para um curso, mas considere que se lecionasse na escola, os alunos me conheceriam a mim e eu a eles, o que nos tornaria cúmplices e libertos para criarmos nossas aulas”. Esses comentários já foram expressos por tantas pessoas, que me sinto orgulhoso e ao mesmo tempo envergonhado, embora não concorde com eles. Minha postura diante de uma classe é um evento que me enche de orgulho e, ao mesmo tempo, exige de mim muita responsabilidade, pois ao sentir o olhar, a expectativa e o sorriso de cada criança, nutro-me de um respeito grandioso, até pelo que ela poderá vir a ser amanhã. Confesso que esta conjugação de fatores aguça um sentimentalismo ferrenho que ainda não controlo. Até hoje, quando lido com crianças ou mesmo em cursos para adultos, não consigo esconder o embargo da minha voz. Se não reagir a tempo ou disfarçar é bem provável que role uma lágrima pela minha face. Eu diria que me faço criança quando em aula e isto parece ser o diferencial: “Tento ler na face do aluno, tento ver as suas expectativas e dificuldades, ponho-me no seu lugar”. Adorei seu comentário.
Roberto Pimentel.
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Katia Brandão Cavalcanti
em 21 de Setembro de 2009 às 08:38.
Roberto,
Parabéns pelo seu trabalho com a Educação Física na escola! Nós que estudamos a corporeidade e estamos construindo uma Pedagogia Vivencial Humanescente compartilhamos com você muitas ideias colocadas em sua prática educacional, embora não veja necessidade de separar ciência de arte. A abordagem transdisciplinar da vida humana se propõe a transitar por diversos saberes disciplinares ou não. As dimensões epistemológicas, metodológicas e ontológicas da educação devem caminhar juntas. Razão e emoção devem dialogar sempre na tarefa do educador que é educar acima de tudo. Muitos professores insistem em querer ensinar coisas nas escolas, neglicenciando seu papel fundamental com a educação de valores humanos. Para tanto, deveriam lembrar que é necessário corporalizar as palavras com exemplos de sua própria vida. A educação de crianças exige muito dos educadores. Não basta querer se tornar um profissional para atuar na Educação Infantil. Defendemos uma formação psicológica profunda como também sua periódica avaliação nos aspectos emocionais específicos que envolvem a interação lúdica fundamental para o desenvolvimento de um ser humano saudável. Nesse sentido, educação e saúde não se separam. Para mim, a ludicidade na vida humana é uma questão de sáude pública e cabe a escola assumir a sua responsabilidade. No entanto, o que se ver na escola são professores doentes, mal humorados, sem apresentar as mínimas condições para o trabalho com a Educação Infantil. É preciso cuidar da saúde psicológica dos professores que pretendem atuar com as crianças na escola ou no lazer. Sem alegria e sem esperança não há como prosseguir na tarefa de educador. São tantas as lições que Paulo Freire nos deixou! Sem amorosidade não há sentido para a educação! Precisamos dialogar mais sobre experiências e projetos que caminham na direção do verdadeiro humano, que faz da gente cada mais gente. Iremos encontrar a energia necessária para honrar o legado de Paulo Freire. Um grande abraço, Katia
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Ana Lucia de Araújo
em 21 de Setembro de 2009 às 09:56.
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João Batista Freire
em 21 de Setembro de 2009 às 10:09.
Vou meter meu dedo nessa história de despreparo para ensinar. Quem disse que os professores são despreparados para ensinar? A gente pode dizer que todos são maus professores porque alguns são maus professores? E quem é que conhece mesmo o dia a dia desses professores? Outro dia conheci um ótimo professor que dá 60 aulas por semana (de manhã, de tarde, de noite). Ele não tem tempo de estudar, nem de planejar. Mas, no dia a dia, constroi uma bela pedagogia. A cada briga das crianças, a cada jogo desinteressante, a cada chuva, a cada mau humor seu, a cada interferência da direção da escola, etc., ele altera os planos, muda a aula, conversa com os alunos, e a aula segue em frente. No final, um pedaço de pedagogia foi construída. Não é porque alguém não sabe falar bem ou escrever bem, que não sabe as coisas. Professores de escolas costumam não falar bonito nem escrever e, por isso, são massacrados por todo mundo, são humilhados pelos belos discursos acadêmicos. Dá até a impressão que o pessoal da universidade sabe o que eles deveriam fazer nas aulas. Acontece que no Brasil nunca tivemos um projeto sério de educação. Entra governo, sai governo e só há remendos. Hoje eu sinto constrangimento quando me chamam para participar da elaboração de propostas curriculares para a rede municipal ou estadual. Os professores que dão aulas nessas redes sabem dar aulas para seus alunos melhor que eu e não são chamados para elaborar propostas, ao jeito deles, a partir deles e de seus alunos.
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Roberto Affonso Pimentel
em 21 de Setembro de 2009 às 10:14.
Parabéns João,
Gostei muito do que consignou. Pretendo entrar no círculo que criou com seus colegas. Como faço?. Mais um pouco vou lhe passar o endreço do blog que estou criando.
Roberto Pimentel.
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Katia Brandão Cavalcanti
em 21 de Setembro de 2009 às 10:52.
Concordo plenamente com os argumentos do João. Não acredito em qualquer formação de professores para a Educação Infantil que não passe pelo espaço vivencial desses professores e dessas crianças... Um formação continuada nos bancos das universidades predominantemente teórica não faz sentido. Quando me referido a uma formação psicológica profunda desses professores envolve necessariamente uma autoformação permanente pela via da ludicidade que favoreça a sua alegria de viver com o ser humano. Esta atitude é muito mais importante do que aprender a selecionar conteúdos para ensinar. Se os laboratórios das pesquisas em Educação Infantil não for o próprio espaço vivencial dessas crianças na escola, nas ruas, nas praças, nos parques, qualquer produção de conhecimento se torna irrelevante. Antes de tudo, o professor precisa expressar amorosidade pela vida, pelo ser humano, para poder se tornar um educador. No caso da Educação Física, há um descompasso enorme entre os educadores que estão nas instituições educativas junto com as crianças, os jovens, os adultos ou os idosos e os docentes/pesquisadores das universidades. O que fazer? Eis um grande desafio pára todos. Só não cabe imposições...
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João Batista Freire
em 22 de Setembro de 2009 às 09:04.
Reparem que nunca tivemos um projeto sério de educação no Brasil. Chega a ser ofensivo, em alguns casos, pessoas serem contratadas pelos seus títulos, para fazerem propostas curriculares. Uma vez a chefe de uma equipe de produção de currículo para a rede municipal de uma cidade de médio porte deixou claro que ninguém poderia falar de Piaget ali; só se podia falar de Wygotsky e outros russos. Depois eles mandam essas grades curriculares para a rede e, se não funcionarem, dizem que é culpa das tias que não sabem dar aulas. No Brasil, investiu-se em várias coisas, mas não seriamente: há mais prédios escolares, e de melhor qualidade, as crianças em idade escolar estão todas matriculadas atualmente, há merenda, há escola de dia inteiro, etc. Mas, na situação dos professores não se mexeu. Uma educação séria entenderia que um professor não pode dar oito aulas por dia; isso mata. Um contrato de 40 horas semanais deveria prever umas oito horas de estudo. Professor é profissão de quem estuda e o Estado tem que reconhecer isso e permitir que o professor estuda. Há exceções, claro. Por exemplo, em S.Paulo, a prefeitura dispensa professores para fazerem mestrado na São Judas, uma das únicas que admite investigações em Educação Física na Faculdade de Educação Física. Sim, porque os cursos de pós-graduação baniram a Educação Física, como se fosse vergonhoso ser professor. E a prefeitura de S.Paulo mantém o salário e dá uma bolsa. Conquista da Profa. Vilma e suas companheiras de trabalho na S.Judas.
Roberto: vamos fazer o seguinte: eu falo, aos pouquinhos, das Oficinas do Jogo, você fala, aos pouquinhos, da sua proposta, e a Kátia fala, aos pouquinhos, da dela.
O endereço das Oficinas na Internet é: www.oficinasdojogo.org Uma página ainda fraca, mas que vai ser implementada.
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Roberto Affonso Pimentel
em 22 de Setembro de 2009 às 15:24.
João,
Proponho que passe a me visitar no blog ainda acanhado que lancei recentemente. Farei o mesmo. Aliás, está disponível a todos. A pouco e pouco estarei colocando as ideias e propostas que venho arregimentando ao longo da vida. Espero dar uma contribuição voluntária às novas gerações. Então, visitem: robertoaffonsopimentel.blogspot.com e façam sugestões de temas a serem tratados, ou mesmo dúvidas e problemas (Perguntem e Responderei, quando souber, é claro!) ou comentários pertinentes. Ficarei muito feliz em recebê-los. Se eu não souber a resposta, vou empenhar-me para conhecê-la e servir a quem puder.
Mais adiante, fui convidado a produzir artigos sobre a Iniciação ao Voleibol em um site português. Eles têm lá suas dificuldades, mas há algum tempo venho me enriquecendo participando e "ouvindo" os comentários deles. Creio que´será uma experiência salutar e benéfica para todos nós, ainda mais quando pretendo em meu projeto (no Brasil), estabelecer um relacionamento com a Universidade do Porto, a Federação Portuguesa e o Gira-Volei, o minivoleibol deles. A ideia é que professores e crianças brasileiras se relacionem (internet) dando um cunho de transdisciplinalidade às ações.
Roberto Pimentel.
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Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Setembro de 2009 às 17:49.
Perdoem-me, corrijo o endereço do blog ainda precário: www.robertoapimentel.blogspot.com
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João Batista Freire
em 27 de Setembro de 2009 às 11:54.
Roberto: não consigo entrar no seu blog.
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Sheila Franca de Castro
em 24 de Fevereiro de 2010 às 17:19.
Adorei ler todos os comentários, concordo com as palavras dos mestres sobre o professor que não pode ser considerado despreparado, o dia dia da escola dá um preparo, mas também acomoda, trabalhando com as mesmas aulas, repetindo todo ano os mesmos assuntos...Todos os dias, contra isso penso que o ingrediente é o prazer, o amor e a felicidade de estar fazendo o que acredita ser bom. Novamente, estarei repetindo o que escrevi sobre a educação infantil tem que ser criativo.
Em resposta a questão da mestra Celi Taffarel acredito que o caminho da escola é fazer o aluno conhecer as oportunidades que são oferecidas, o maior número de situações para fazê-lo vivenciar, refletir, construir, criticar e o mais importante que sinto falta na sociedade reivindicar.
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.