Prezados,

reproduzo, abaixo, a msg publicada pelo Mestre Laércio na comunidade-mãe CEV EF-Esporte. Trata-se de um estudo sobre a correlação  positiva entre prática esportiva e desempenho escolar. Os resultados foram positivos.

Faria uma ressalva, não à pesquisa e tampouco aos resultados, mas ao risco de instrumentalização da EF. Existe a possibilidade de efeitos (positivos) como esse se convertam na justificatica central para a presença da EF no currículo da Educação Básica. Decerto que a educação é instrumentalizadora, pois promove o desenvolvimento pessoal e almeja a equidade social (há controvérsias), Contudo, a formaçâo humana não deveria ser pensada apenas como disponibilizar uma caixa de ferramentas para o indivíduo. É preciso garantir a humanização do homem. neste aspecto, a EF tem uma posiçcão privilegiada.

Sim, preciso provocar. E qual seria o "rendimento escolar" da educação física?

Vamos ler a dissertação.  E obrigado Laércio.

Saudações Olímpicas!

Guilherme Pacheco

 

"Cevnautas,  segue nota sobre o impacto de um programa de esporte para escolares. No rodapé tem entrada para a dissertação na biblioteca do CEV. Laercio

Programa de inserção no esporte melhora rendimento escolar

Por Hérika Dias - herikadias@usp.br 21/janeiro/2015 

O investimento em programas públicos de iniciação esportiva pode influenciar nos resultados em sala de aula. Alunos que participam desses programas obtiveram melhor rendimento escolar. É o que mostra pesquisa de mestrado, que avaliou a relação dos gastos envolvidos nesse tipo de ação e seus resultados, apresentada no Programa de Pós-graduação Interunidades em Nutrição Humana Aplicada (PRONUT), que engloba as Faculdades de Saúde Pública (FSP), Economia, Administração e Contabilidade (FEA) e Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP.  

Notas de português e matemática melhoraram, em média 0,790 e 0,784 O estudo mostra a razão custo-efetividade da inserção esportiva, ou seja, quanto foi necessário gastar com recreação esportiva com cada criança para o aumento das notas. Em média, cada ponto de melhora no rendimento escolar nas notas de português foi associado a um custo de R$133,05 por criança por trimestre ou nas notas de matemática o valor de R$134,07. Para chegar a esses números, a economista e autora da pesquisa Julia Guimarães Aranha acompanhou, durantes três meses, alunos de oito a dez anos de escolas de Indaiatuba, interior de São Paulo, que participavam do Programa de Recreação, Iniciação e Aperfeiçoamento (PRIA). Um programa da prefeitura da cidade voltado à inserção social e introdução de crianças em atividades esportivas fora da sala de aula. “A proposta do estudo foi avaliar o PRIA quanto ao seu impacto sobre indicadores de estado nutricional, qualidade de vida e rendimento escolar das crianças em relação aos gastos públicos envolvidos”, explica Julia. Cada um desses indicadores tiveram análises de diferentes variáveis, no caso do estado nutricional, foi considerado o Índice de Massa Corpórea (IMC) e a bioimpedância (BIA); para a qualidade de vida, foi aplicada a Escala de Avaliação de Qualidade de Vida (AUQEI, em francês) e para o rendimento escolar, foram utilizadas as notas de português e matemática. Metodologia  

A pesquisadora dividiu 86 estudantes em dois grupos: o primeiro que participaria do PRIA (grupo caso) e o segundo que não participaria (grupo controle). Foram realizadas aferições antropométricas e aplicados questionários socioeconômico e demográfico aos dois grupos antes dos alunos entrarem no programa de iniciação esportiva e após três meses. Também foi feita a avaliação econômica do PRIA com levantamento do custo do programa.   “A metodologia para avaliar a efetividade do PRIA utilizou o método de estimação Diferenças em Diferenças, bastante empregado na avaliação de políticas públicas. Assim conseguimos fazer modelos para medir os parâmetros do estado nutricional, qualidade de vida e rendimento escolar de cada um dos alunos dos dois grupos”, afirma Julia.  

Resultado

Segundo a professora Denise Cavallini Cyrilo, orientadora da pesquisa, o estudo conseguiu verificar que o PRIA foi efetivo em termos de rendimento escolar, uma variável de inserção social, e também verificou o quanto a prefeitura de Indaiatuba deveria gastar por criança para contribuir com a melhoria do rendimento escolar. O resultado mostrou que os alunos que participavam do programa melhoraram, em média, suas notas de português e matemática em 0,790 e 0,784, respectivamente. A partir desses valores, também foi realizada análise do custo-efetividade, avaliação econômica utilizada para programas públicos em diversas áreas. “Medimos o custo médio da prefeitura com cada criança participante do PRIA e comparamos com o rendimento escolar. Descobrimos que o PRIA foi efetivo em termos de rendimento escolar por meio do esporte, do programa da Secretaria de Esportes da cidade de Indaiatuba”, ressalta Julia."

 

FONTE: http://www.usp.br/agen/?p=199545  

A disertação na biblioteca: http://cev.org.br/biblioteca/impacto-um-programa-publico-iniciacao-esportiva-para-criancas-gastos-antropometria-rendimento-escolar-qualidade-vida/

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Janeiro de 2015 às 07:46.

Programa Esporte na Escola...

Em Educação nada é tão eficaz quanto, mais do que repetir palavras, ensinar a pensar, juntar ideias,  a construir conceitos.  Como podemos incentivar o aluno a construir ideias, a expô-las, e a se comunicar com outros estudantes de maneira que façam com que a ideia sai do papel?

Para fazer é preciso dar o primeiro passo. A realizar o que for possível -... hoje. E depois ampliar, aprender, ajustar, refazer, seguir caminhando - ... todos os dias. 

 

DA ENGENHARIA PEDAGÓGICA À ENGENHARIA DAS COMPETÊNCIAS.

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Estamos dando fecho a um Manual Pedagógico dirigido a professores e instituições de ensino a ser aplicado desde o ensino fundamental. Os temas estão dispostos acima.

A quem queira transformar e compartilhar, será bem-vindo e de muiita valia... Lembrando o prof. José Pacheco, "trata-se de educação para alunos do séc. XXI".


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