Esta tendência durante muito tempo prevaleceu tanto no ambiente acadêmico como na atuação prática dos professores de Educação Física. Com o desenvolvimento de novas tendências/ metodologias, surgiram contestações e proposições que não mais justificam a utilização desta tendência de maneira predominante. A despeito disto, uma grande maioria de professores persiste em fundamentar suas aulas dentro deste panorama, numa contraposição a organização curricular da Matriz estadual e municipal e dos documentos norteadores da Educação Nacional. Então nos perguntamos: - Por que as aulas de Educação Física continuam com a predominância da abordagem esportivista?
Comentários
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Janaina Silva
em 4 de Agosto de 2011 às 15:06.
Acredito que um dos fatores que contribuem para essa predominancia seja a formacao que estes professores tiveram (antes da graduacao e ate na graduacao mesmo), o interesse dos alunos pelas modalidades esportivas e muitas vezes e melhor dar uma aula do "rola bola" do que planejar uma aula que correra o risco dos alunos nao participarem, sem contar no trabalho que o planejamento dessa aula vai dar. nao esqueco um capitulo do Paulo Freire trabalhado com minha turma no primeiro semestre de faculadade, que falava do "professor anta" uma especie de professor que todo ano letivo e a mesma coisa trabalha sempre com os mesmos livros, explicacoes, questoe de provas; ele sempre ia pelo mesmo caminho, nao busca novos conhecimentos, livro diferentes, formas de trabalho... Sendo assim acredito que para ser um bom professor/profissional temos que estar sempre em busca do novo, de novas formas de se trabalhar o mesmo conteudo, estar sempre em busca da " zona de desconforto" como diz o nosso querido Bernadinho, para sermos bons no que fazemos. Espero ter contribuido com o seu debate, expressando minha opiniao e a de meus colegas e professores.
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Wiviane de Souza Martins
em 10 de Agosto de 2011 às 00:40.
Essa predominância esportivista ainda persiste (e é forte) justamente pelo comodismo, porque outras modalidades como: atletismo, ginástica artística, dança, folclore, recreação e lazer, expressão corporal entre outras são ofertadas ao professor durante a sua graduação, porém pouco exploradas posteriormente em suas aulas, pelo medo de tentar o diferente, para evitar o trabalho de reformular aulas e não ter que pensar novas estratégias para a participação dos alunos. Concordo com o que disse a Janaína, sobre o texto que nos mostra o "professoar anta", cujo título é "boca de forno", mas o autor não é Paulo Freire e sim Rubem Alves.
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Emiliana Silva Carneiro
em 17 de Agosto de 2011 às 14:09.
Acredito que a predominância esportivista esteja ligada ao grande espetáculo que é criado em torno dos esportes de rendimento, com a força da mídia, altos investimentos de empresas patrocinadoras e o sonho que um aluno/atleta tem em se tornar campeão, ganhar dinheiro praticando um esporte que goste, sonho, por muitas bezes, dos próprios professores, em fazer com que seu nome seja divulgado, fazer com sua escola tenha o maior numero de títulos, como uma realização própria, e assim atrair mais alunos. Há ainda alguns pais que insistem que seus filhos consigam uma carreira promissora num esporte e sejam o orgulho da família...
São muitos fatores que contribuem, mas como foi dito pelas colegas Wiviane e Janaina, existe o prefessor acomodado, que nem sequer busca a esportivização. Diante de tantos fatores que contribuem para a esportivização, enquanto graduanda, não, ainda, como uma profissional da area, fico refletindo: é melhor esportivizar ou manter o "rola-bola"... Ensinar algo, ou deixar que os alunos passem pela Educação Física com a idéia de que é algo dispensável...
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Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Agosto de 2011 às 18:41.
Parabéns as três mineiras por suas colocações. 1) A Formação dos professores anterior e mesmo na graduação, estando implícitos aqui seus interesses e a atuação dos catedráticos, seus formadores; 2) Os eventos esportivos, transformados em espetáculos pela mídia, geram muitas oportunidades de emprego e realização; 3) O professor desinteressado de tudo e de todos.
Como são formados os professores
Uma olhadinha no tempo e vocês verão como se conduziam suas e seus professores nos primeiros bancos escolares. Não conheço uma mulher que não tenha se decepcionado. E o pior é que esse estado de coisas permanece. Imagino que vários fatores contribuem para isto, mas o principal está na formação inadequada e precária que as Escolas de Educação Física oferecem aos seus alunos. Mal preparados perguntam-se: O que fazer? Como fazer? Para quê fazer? É também evidente que tais personagens não buscam coisa alguma e tentam apoio corporativistas e pequenas oportunidades que o Estado oferece ou parentes. Aí a competência fica à deriva. Se o sistema premiasse os melhores e mais dedicados - meritocracia - as coisas simplesmente funcionariam. Como os exemplos no Brasil (e no mundo) são fartos, é muito mais fácil alojar-me ou pendurar-me em algum emprego razoável do que estar a abrir livros e perder noites estudando Pedagogia. Que, diga-se de passagem, deve ser estudada por conta própria, pelos motivos que assinalei acima com respeito ao ensino universitário. Eu mesmo fui uma dessas vítimas em plena capital cultural do país, no Rio de Janeiro.
No blogue www.procrie.com.br temos uma Categoria sobre Metodologia e Pedagogia. Convido-as à leitura rápida e, se gostarem, acompanhem-me em outras do gênero, pois a Missão é "Aprender a Ensinar", especialmente às pessoas interessadas e comprometidas com a profissão. E perceberão que todos os princípios pedagógicos se aplicam ao Ensino de uma maneira geral. Assim, podemos aplicá-los na matemática, ciências, português, geografia etc. (com gratos ensinamentos de G.Pólya, matemático húngaro radicado no EUA, já falecido).
Poderão compreender-me um pouco mais navegando em http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/ Caso tenham alguma dificuldade, socorram-se em www.procrie.com.br/procrienanuvam/ . Ali conhecerão simples detalhes para navegarem.
Boas leituras...
Visitem o alcance dos meus dizeres em
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Jorge Antônio Serenário Ribeiro
em 17 de Agosto de 2011 às 23:03.
Antes de meu comentário, primeiramente gostaria de destacar que não sou nem a favor ou contra a abordagem esportivista. Ao destacar tal assunto deveríamos pensar o quanto o esporte espetáculo (rendimento) influência na vida de todos nós, principalmente dos alunos. Gostaria de mostrar um pouco a outra face da moeda, onde irei fazer uma reflexão perante tal esportivização em nossas aulas.
Poderia destacar como nossa amiga Janaina outra passagem de um capítulo de Paulo Freire, “O currículo dos Urubus”, onde irei dar uma breve palinha da estória. O rei leão, nobre cavalheiro, gostaria que seus súditos não morressem na ignorância. Convocou os urubus para serem os mestres de toda a bicharada da selva, os urubus então deveriam estabelecer o que ensinar, montando assim uma grade ou um currículo para facilitar seus ensinamentos. Mas se esqueceram de algo muito importante, nem tudo que é bom para eles seria de valor para seus educandos. Da mesma forma podemos falar sobre nossos alunos, nem tudo que é de valia e importante para gente interessará eles. Quando nos deparamos com esse fenômeno denominado de esporte fica difícil não se dar uma aula de educação física nos moldes da abordagem da esportivização, não com base no rendimento, mas sim no propósito de esporte da escola, os próprios alunos pedem por isso, onde inúmeras vezes ovimos a frase: “professor, rola a bola para gente jogar!”. Pode-se dizer igualmente ao texto que tudo que não é de seu enteresse jogam fora ou vomitam. Assim sendo tão difícil a meu ver de acabar com tal predominância. Lembrando que não sou a favor ou contra. Espero ter contribuido com seu tema.
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Wiviane de Souza Martins
em 17 de Agosto de 2011 às 23:24.
A autoria de "o currículo dos Urubus", também é de Rubem Alves, não do Paulo Freire.
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Luan Carlos Guimarães Souza
em 25 de Setembro de 2011 às 17:47.
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Luan Carlos Guimarães Souza
em 25 de Setembro de 2011 às 17:48.
O esporte tem influência muito grande e um dos fatores que tem influenciado os alunos é a mídia, com os esportes de rendimento. A uma divulgação muito grande que de certo modo desperta os próprios alunos a pratica dos esportes coletivos. Concordando com a colega Janaina o fator que me intriga bastante é o comodismo de alguns profissionais de nossa área, que com certeza não querem se der o trabalho de planejar uma aula. É muito das vezes o causador da educação física continuar na predominância da abordagem esportivista.
Nós não formamos somente pra ensinar esporte tem muitos conteúdos ricos que aprendemos em nossa graduação que também são importantes para ensinarmos pra nossos alunos podendo assim mudar esse conceito de que só esporte deve prevalecer, a mudança deve começar de nós para darmos uma nova cara pra educação física escolar.
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Pablo Vecchi Moreira
em 10 de Novembro de 2011 às 13:04.
Nos dias de hoje tudo que se discute é sobre o esporte . Ao caminharmos após um dia de jogo da seleção nos depararemos com comentários de todos os tipos . Isso demonstra que cada dia mais o esporte esta ganhando força na sociedade . Dessa maneira ao chegar em uma aula de educação física os professores estão se esquecendo de que através do esporte pode se criar valores , e futuros cidadãos Brasileiros capazes de fazer um pais melhor . Dessa forma hoje em dia os professores querem é formar atletas e não importa como , criando um estresse nas crianças que ao invés de estarem se divertindo nas aulas ,estão sendo colocados a cada momento em situações que interrompem seu desenvolvimento saudável. Acredito que tudo tenha seu momento , a hora das crianças fazerem aula de educação física na escola é um momento de lazer , quando se tornarem mais de idade as próprias crianças escolhem se querem entrar para o esporte ou só continuar praticando pelo prazer da atividade .
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Poliana Cristina Silva Custódio
em 10 de Novembro de 2011 às 14:18.
É de conhcimento de todos que o esporte tem grande prevalencia no Brasil, Entendendo o Brasil como um país continental e que seu sistema de ensino é gigantesco, sendo um constante desafio para os educadores por isso que temos que diversificar as aulas e passar jogos mais tradicionais que hoje não vemos, a tendência das pessoas é se tornarem sedentárias com essa multiplicidade e avanço tecnológico com jogos no computor e video game.Cabe aos professores contornar essa situação.
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