Um estudante de 15 anos foi agredido por um professor de Educação Física - que não teve o nome divulgado -, dia 27/10, na EE Américo Brasiliense, em Santo André. A vítima, Francisco das Chagas dos Santos Souza, levou três pontos no supercílio esquerdo e teve escoriações no cotovelo durante o episódio, que ocorreu por volta das 11h.

Francisco cursa o 1º ano do Ensino Médio e, segundo os relatos, estaria aguardando junto com os colegas pela professora de Português próximo à entrada da sala de aula. O professor de Educação Física, que não dá aulas para a turma da vítima, teria pego o estudante pelo colarinho sem motivo.

Testemunhas alegaram ter pensado que o educador estivesse brincando com o colega de sala, mas ambos se empurraram e Francisco bateu com a cabeça contra a parede - momento em que cortou o supercílio esquerdo. Durante o tumulto, o educador abaixou para pegar a lente de seu óculos, que havia caído, e a vítima se desvencilhou da educadora que o segurava e tentou atingi-lo com um chute. O professor se esquivou e Francisco caiu sobre o próprio braço. Após a confusão, o professor foi embora e a direção da escola acionou o Samu, os responsáveis pelo aluno e a Ronda Escolar.

A Secretaria de Estado da Educação disse considerar "inadmissíveis os fatos ocorridos e que, ao tomar conhecimento do lamentável episódio, a Pasta instaurou processo averiguatório preliminar para apuração de responsabilidades". Foi determinado o afastamento, em caráter preventivo, do professor envolvido no incidente. A Pasta providenciou para que o aluno tenha acompanhamento psicológico, caso se interesse.

O boletim de ocorrência foi registrado à tarde no 1º Distrito Policial de Santo André como lesão corporal. Foram ouvidas duas testemunhas - estudantes que presenciaram a agressão -, além da vítima. Será aberto inquérito em que o professor será responsabilizado criminalmente pelo ato. O garoto passará por exame de corpo de delito para constatar a gravidade da lesão. A lei prevê que, se condenado por lesão leve, o professor pegue de três meses até um ano de prisão, punição que pode ser convertida em pena alternativa, com prestação de serviços à comunidade.

Procurada pela equipe do Diário, a família da vítima achou melhor não conceder entrevista para não expor ainda mais Francisco, já que o garoto continuará a estudar na mesma escola pelo menos até o fim do ano letivo. 

Diante do fato relatado, gostaria de saber de vocês, o que vocês acham dessa matéria e o que vocês acham que poderia ter ocorrido para que o professor se estresse daquela forma com o aluno a ponto de agredi – lo?

Comentários

Por Rosilda Bernardo Mde Souza
em 4 de Novembro de 2011 às 21:05.

Trabalho em uma escola Estadual, vejo está realidade de perto, professores que em muitos casos levam problemas de casa para o trabalho, descontando nos alunos os estresses de suas vidas particulares, estes por "enes" motivos. Tem alunos que em certos dias ficam agitados, brincam com tudo coisas proprias da idade que em dias ruins podem acender o estopim da bomba aí sai de baixo.

Por Ana Daniela Damacena
em 4 de Novembro de 2011 às 15:03.

Os professores já possuem um histórico de estresse em altos níveis, a depressão já uma doença comum entre nós, nada justifica qualquer tipo de violência ainda mais no ambiente escolar! o fato é que devemos nos policiar tanto com nossa saúde mental quanto aos perigos que está ao nosso redor no ambiente de trabalho, episódios como estes são isolados mas devem servir de exemplo do que não deve acontecer em uma escola, segundo a pesquisa da UNESCO, muitos alunos entrevistados afirmam que o que determina um bom relacionamento com o professor é o tratamento que esse dispensa à sala, desde o primeiro dia de aula.

Por Daniel Filipe
em 6 de Novembro de 2011 às 11:23.

Vinculado a relatos constantes e tendo conhecimento que a violência é hoje uma das principais preocupações da sociedade. Ela atinge a vida e a integridade física das pessoas, sendo parte do “produto” conseqüente do modelo de desenvolvimento em toda a história.

A violência nas escolas é um fator preocupante, visto que nem sempre se tem o ensino de qualidade nas instituições, e, a violência entre alunos é preocupante, mas agressões partindo de professores contra alunos é um fator muito preocupante. Penso que muitos motivos podem levar a estes fatos, má formação de professores, falta de preparação “psicológica”, estresse, etc. são situações que deveriam ser mais trabalhadas, e observando que o professor muitas vezes é o “modelo” para os alunos, e tais atitudes viriam a desvanecer sua imagem. Devemos estar sempre atentos à nossa saúde, e as situações ambientais que nos cerca, buscando um melhor relacionamento e capacitação para tal.

Por Pedro Henrique Sena Ferretti
em 7 de Novembro de 2011 às 11:17.

Atualmente a profissão de professor esta sendo extremamente desvalorizada principalmente pelos órgãos públicos,  porém qualquer tipo de agressão seja  verbal ou física partindo de um professor e sem duvida algo imperdoável,  o papel do educador e sempre dar o exemplo e SABER intervir no tempo certo com qualquer medida disciplinar para corrigir determinado comportamento .

“A violência é o último refúgio do incompetente.”

Isaac Asimov

Por Sandro Ivo Mariano da Motta
em 8 de Novembro de 2011 às 12:31.

Este professor faltou com a ética. Mas acho que tem alunos que tiram o professor do sério, mas a violencia é inadmissível para resolver qualquer situação, o professor tem que ter jogo de cintura para resolver certas situações. Sobre a ética os princípios fundamentais são: Amor a profissão; respeito à vida, à igualdade, àintegridade e aos direiyos do indivíduo; responsabilidade social; ausencia de descriminação ou preconceito de qualquer natureza;respeito à ética nas diversas atividades de aprendizagem; diligencia com os que participam de seus momentos de aprendizado; valorização do significado e da identidade do profissional no campo da atividade física. Então temos que por em pratica , para não nos comprometer-mos

Por Rodrigo Müller Patrício
em 8 de Novembro de 2011 às 13:11.

É lamentável e muito triste ao mesmo tempo, ter que mais uma vez, me deparar com essa realidade. Realmente pelo o que li da referida notícia, não se sabe ao certo o que de fato ocorreu, mas acho que seja lá quem for que começou/causou essa "briga", não é através de agressões que chegaremos à algum lugar! Nada justifica essas agressões gente! Que que isso? Onde vamos parar? Até que ponto chegará isso?

Por Francisco Roberto Carneiro
em 9 de Novembro de 2011 às 00:43.

No Brasil o estresse está quase virando doença exclusiva de professores, já que passam muitas horas nas escolas para compensar o baixo salário. Porem não podemos julgar nem o professor e nem o aluno, pois não estávamos lá para presenciar o ocorrido e muito menos entender a causa do mal entendido. Uma atitude dessas (considerando que o professor queria agredir o aluno) é completamente insana, já que está partindo de um educador, devemos estar atentos aos sinais que o nosso corpo emite, pois se não podemos cometer atitudes como esta.

Por Pablo Vecchi Moreira
em 10 de Novembro de 2011 às 01:54.

Esse é um caso delicado , porem nao resta duvidas que a atitude do professor é inadimissivel . A causa pode ser problemas pessoais do professor , estresse entre outros. Mas nada que justifique essa atitude . Uma atitude dessa nao pode ser realizada de forma alguma por uma pessoa que carrega consigo a responsabilidade de ser um educador . que tem como papel mostrar valores aos alunos e não destrui-los diante dos mesmos.

Por Charlene Priscila Herculano de Morais
em 11 de Novembro de 2011 às 22:16.

Atualmente, o ambiente escolar que antigamente era considerado um ambiente de respeito e aprendizado, esta virando um ambiente de violência, São os alunos, professores, todos senenvolvendo em agreções absurdas que nunca deveriam acontecer dentro de ambiente escolar, cada dia que passa essa situação vai piorando, isso faz com que nosso medo vai aumentando gradativamente. Mas o que mais preocupara é como esses problemas vão ser solucionados, não sabemos a quem cabe esse dever, o que nos resta é esperar, e tentar melhorar as coisas daqui adiante.


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