Cevnautas,
Se os cientistas não estão batendo cabeça, pelo menos estão atordoando as cabeças dos leitores. Hoje fervilha em todos os meios de comunicação a notícia sobre o artigo da Lancet - colado no fim desta nota -, que garante mais tempo de vida pra quem faz 15 minutos de atividade física por dia (Será que desbacaram os trintinha que a gente costuma prescrever?). Semana passada tínhamos a Sociedade Americana de Geriatria dizendo que quem manda no tempo de vida são os genes; a atividade física não refresca. Confira na nota da Comunidade Idoso:
Longevidade depende mais dos genes e menos do estilo de vida. Estudo publicado na revista da sociedade norte-americana de geriatria
2011-08-03
http://cev.org.br/comunidade/idoso/debate/longevidade-depende-mais-dos-genes-menos-estilo-vida
Pelo menos a turma arranjou um assunto pra gente conversar. Mastiguemos peipers! Laércio
Exercícios diários podem aumentar expectativa de vida em até três anos, diz pesquisa
Atualizado em 16 de agosto, 2011 - 06:33 (Brasília) 09:33 GMT
Uma pesquisa recém-divulgada afirma que a prática de pelo menos 15 minutos diários de exercícios pode aumentar a expectativa de vida em até três anos.
O estudo foi realizado em Taiwan e publicado na revista médica especializada The Lancet.
De acordo com a pesquisa, os resultados se aplicam a adultos de todas as idades, em especial aos que sofrem de doenças cardíacas.
Os pesquisadores enfatizaram que a prática de exercícios leva a mais benefícios de saúde e que esses benefícios são ainda mais realçados quando essa prática é de cem minutos por dia ou mais.
FONTE: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ultimas_noticias/2011/08/110816_estudo_exercicio_rn.shtml
O artigo: The Lancet, Early Online Publication, 16 August 2011
doi:10.1016/S0140-6736(11)60749-6Cite or Link Using DOI
Minimum amount of physical activity for reduced mortality and extended life expectancy: a prospective cohort study
Dr Chi Pang Wen MD a b Corresponding Author †Email Address, Jackson Pui Man Wai PhD c †, Min Kuang Tsai MS a b, Yi Chen Yang MS a b, Ting Yuan David Cheng MS d, Meng-Chih Lee MD e, Hui Ting Chan MS a, Chwen Keng Tsao BS f, Shan Pou Tsai PhD g, Xifeng Wu MD h
Summary
Background
The health benefits of leisure-time physical activity are well known, but whether less exercise than the recommended 150 min a week can have life expectancy benefits is unclear. We assessed the health benefits of a range of volumes of physical activity in a Taiwanese population.
Methods
In this prospective cohort study, 416 175 individuals (199 265 men and 216 910 women) participated in a standard medical screening programme in Taiwan between 1996 and 2008, with an average follow-up of 8·05 years (SD 4·21). On the basis of the amount of weekly exercise indicated in a self-administered questionnaire, participants were placed into one of five categories of exercise volumes: inactive, or low, medium, high, or very high activity. We calculated hazard ratios (HR) for mortality risks for every group compared with the inactive group, and calculated life expectancy for every group.
Findings
Compared with individuals in the inactive group, those in the low-volume activity group, who exercised for an average of 92 min per week (95% CI 71—112) or 15 min a day (SD 1·8), had a 14% reduced risk of all-cause mortality (0·86, 0·81—0·91), and had a 3 year longer life expectancy. Every additional 15 min of daily exercise beyond the minimum amount of 15 min a day further reduced all-cause mortality by 4% (95% CI 2·5—7·0) and all-cancer mortality by 1% (0·3—4·5). These benefits were applicable to all age groups and both sexes, and to those with cardiovascular disease risks. Individuals who were inactive had a 17% (HR 1·17, 95% CI 1·10—1·24) increased risk of mortality compared with individuals in the low-volume group.
Interpretation
15 min a day or 90 min a week of moderate-intensity exercise might be of benefit, even for individuals at risk of cardiovascular disease.
Funding
Taiwan Department of Health Clinical Trial and Research Center of Excellence and National Health Research Institutes.
FONTE: http://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736%2811%2960749-6/abstract
Comentários
Por
Thiago Luiz de Araujo
em 23 de Outubro de 2011 às 20:55.
Sabemos que a carga genética nos torna menos ou mais propensos a desenvolver doenças no geral, e isso reflete diretamente na expectativa de vida. Mas se analisarmos estudos disponíveis sobre os benefícios da prática de atividades físicas, veremos que em sua maioria eles expõem resultados de melhoria na expectativa de vida de pessoas se exercitam regularmente.
Então, acredito que se realizarmos um programa de treinamento bem orientado e seguirmos regularmente com disciplina conseguiríamos desenvolver uma “aptidão total”, ou seja, assegurar que o coração, os pulmões e todos os principais grupos musculares se desenvolvam enquanto as articulações são mantidas flexíveis e a gordura sendo mantida num nível saudável, podemos assim, segundo estudos, aumentar nossa expectativa de vida. Mas com apenas 15 minutos apenas? Precisa-se de mais estudos para se comprovar.
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