Cevnautas,
Almas poliglotas e altruistas estão convidadas a adotar a tradução do resumo - com crédito que vale Lattes - para publicarmos na biblioteca do CEV. Resumo original logo a seguir da boa nota de divulgação científica do Diário de Pernambudo.
Marco http://cev.org.br/qq/marcomachado , o artigo dá conversa na cevbioquiimica http://cev.org.br/comunidade/bioquimica ? Laércio
Exercícios físicos retiram do corpo substância depressiva
Bruna Sensêve - Diarios Associados
Publicação: 26/09/2014 11:11 Atualização:
Durante a atividade física, não é só o suor que ajuda o organismo a se livrar de substâncias ruins e tóxicas ao organismo, o tecido muscular esquelético exerce papel semelhante — expurga a depressão. A liberação de hormônios proporcionada pela prática de esportes conhecidamente promove uma sensação de bem-estar e satisfação, mas o segredo da atividade física como forma de combate ao distúrbio psiquiátrico não se limita a isso. Uma série de alterações metabólicas acontece em cadeia, principalmente no tecido muscular esquelético, que consegue tirar do sangue uma substância que se acumula em situações de estresse e é altamente prejudicial ao cérebro.
A descoberta foi relatada na edição desta sexta-feira (26/9) da revista científica Cell por um grupo de pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia. Liderados por Leandro Agudelo, os cientistas chegaram a essa conclusão após experimentos com camundongos. Eles partiram do conhecimento de que, durante a prática de exercícios, a PGC-1alpha1 se acumula no tecido muscular esquelético. Essa proteína é mediadora do benefício do condicionamento muscular a partir da prática de atividades físicas. Com essa constatação em mente, produziram cobaias geneticamente modificadas para ter alto nível de PGC-1alpha1, simulando os resultados químicos de um organismo com músculos bem treinados.
Animais modificados e normais foram expostos a situações de estresse, como ruído alto, luzes piscando e inversão do ritmo circadiano (dia/noite) em intervalos irregulares. Após cinco semanas de estresse leve, os camundongos sem alteração genética desenvolveram comportamento depressivo. Os modificados, não. Ao analisar mais profundamente as alterações metabólicas nas cobaias, os pesquisadores descobriram que as com alta concentração da proteína também tinham índices mais elevados de enzimas KAT, responsáveis por converter a quinurenina, uma substância formada durante o estresse, em ácido quinurênico. Essa transformação é benéfica ao cérebro.
FONTE: http://bit.ly/cev3132014
Cell Volume 159, Issue 1, 25 September 2014, Pages 33–45
Article
Skeletal Muscle PGC-1α1 Modulates Kynurenine Metabolism and Mediates Resilience to Stress-Induced Depression
Leandro Z. Agudelo1, 8, Teresa Femenía1, 2, 8, Funda Orhan3, Margareta Porsmyr-Palmertz1, Michel Goiny3, Vicente Martinez-Redondo1, Jorge C. Correia1, Manizheh Izadi1, Maria Bhat4, 5, Ina Schuppe-Koistinen4, 5, Amanda T. Pettersson1, Duarte M.S. Ferreira1, Anna Krook6, Romain Barres6, Juleen R. Zierath6, 7, Sophie Erhardt3, Maria Lindskog2, , , Jorge L. Ruas1, ,
Summary
Depression is a debilitating condition with a profound impact on quality of life for millions of people worldwide. Physical exercise is used as a treatment strategy for many patients, but the mechanisms that underlie its beneficial effects remain unknown. Here, we describe a mechanism by which skeletal muscle PGC-1α1 induced by exercise training changes kynurenine metabolism and protects from stress-induced depression. Activation of the PGC-1α1-PPARα/δ pathway increases skeletal muscle expression of kynurenine aminotransferases, thus enhancing the conversion of kynurenine into kynurenic acid, a metabolite unable to cross the blood-brain barrier. Reducing plasma kynurenine protects the brain from stress-induced changes associated with depression and renders skeletal muscle-specific PGC-1α1 transgenic mice resistant to depression induced by chronic mild stress or direct kynurenine administration. This study opens therapeutic avenues for the treatment of depression by targeting the PGC-1α1-PPAR axis in skeletal muscle, without the need to cross the blood-brain barrier.
FONTE: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0092867414010496
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