Cevnautas,

Comemorando o Dia Mundial da Atividade Física (6 de abril, comemorado mais pelas secretarias de Saúde do que as de Esporte ou Educação) segue o pré-print de artigo importante publicado na JAMA, e o bom  artigo de divulgação da Veja Saude. Ciência é o bom senso aprofundado e sistematizado que os profissionais precisam acompanhar, confere? Laércio

A ciência recomenda: para uma vida longa, faça exercícios físicos intensos

A ciência recomenda: para uma vida longa, faça exercícios físicos intensosEstudo publicado nesta segunda-feira revela que incluir na rotina atividades vigorosas, como corrida, ginástica aeróbica ou tênis, na rotina pode reduzir entre 9% e 13% o risco de mortalidade em adultos  

Para viver mais e com saúde não basta fazer caminhadas ou dar algumas braçadas na piscina. São as atividades físicas que fazem suar e tiram o fôlego o segredo da vida longa, de acordo com estudo publicado nesta segunda-feira na revista Jama Internal Medicine, da Associação Médica Americana. Os resultados mostram quem a taxa de mortalidade daqueles que incluem exercícios vigorosos na rotina é 9% a 13% menor do que a de quem faz exercícios leves ou moderados.

FONTE com fotos e links: http://veja.abril.com.br/noticia/ciencia/a-ciencia-recomenda-para-uma-vida-longa-faca-exercicios-fisicos-intensos   Leisure

Time Physical Activity and Mortality

Hannah Arem, MHS, PhD1; Steven C. Moore, PhD1; Alpa Patel, PhD2; Patricia Hartge, ScD1; Amy Berrington de Gonzalez, DPhil1; Kala Visvanathan, MBBS, MPH3; Peter T. Campbell, PhD2; Michal Freedman, JD, PhD1; Elisabete Weiderpass, MD, MSc, PhD4,5,6,7; Hans Olov Adami, MD, PhD4,8; Martha S. Linet, MD1; I.-Min Lee, MBBS, ScD9; Charles E. Matthews, PhD1   

JAMA Intern Med. Published online April 06, 2015.    Importance  The 2008 Physical Activity Guidelines for Americans recommended a minimum of 75 vigorous-intensity or 150 moderate-intensity minutes per week (7.5 metabolic-equivalent hours per week) of aerobic activity for substantial health benefit and suggested additional benefits by doing more than double this amount. However, the upper limit of longevity benefit or possible harm with more physical activity is unclear.  

Objective  To quantify the dose-response association between leisure time physical activity and mortality and define the upper limit of benefit or harm associated with increased levels of physical activity.  

Design, Setting, and Participants  We pooled data from 6 studies in the National Cancer Institute Cohort Consortium (baseline 1992-2003). Population-based prospective cohorts in the United States and Europe with self-reported physical activity were analyzed in 2014. A total of 661 137 men and women (median age, 62 years; range, 21-98 years) and 116 686 deaths were included. We used Cox proportional hazards regression with cohort stratification to generate multivariable-adjusted hazard ratios (HRs) and 95% CIs. Median follow-up time was 14.2 years.  

Exposures  Leisure time moderate- to vigorous-intensity physical activity.  

Main Outcomes and Measures  The upper limit of mortality benefit from high levels of leisure time physical activity.  

Results  Compared with individuals reporting no leisure time physical activity, we observed a 20% lower mortality risk among those performing less than the recommended minimum of 7.5 metabolic-equivalent hours per week (HR, 0.80 [95% CI, 0.78-0.82]), a 31% lower risk at 1 to 2 times the recommended minimum (HR, 0.69 [95% CI, 0.67-0.70]), and a 37% lower risk at 2 to 3 times the minimum (HR, 0.63 [95% CI, 0.62-0.65]). An upper threshold for mortality benefit occurred at 3 to 5 times the physical activity recommendation (HR, 0.61 [95% CI, 0.59-0.62]); however, compared with the recommended minimum, the additional benefit was modest (31% vs 39%). There was no evidence of harm at 10 or more times the recommended minimum (HR, 0.69 [95% CI, 0.59-0.78]). A similar dose-response relationship was observed for mortality due to cardiovascular disease and to cancer.  

Conclusions and Relevance  Meeting the 2008 Physical Activity Guidelines for Americans minimum by either moderate- or vigorous-intensity activities was associated with nearly the maximum longevity benefit. We observed a benefit threshold at approximately 3 to 5 times the recommended leisure time physical activity minimum and no excess risk at 10 or more times the minimum. In regard to mortality, health care professionals should encourage inactive adults to perform leisure time physical activity and do not need to discourage adults who already participate in high-activity levels.  

Fonte do pre-print (teremos o artigo completo no Periódico CAPES, confere?): http://archinte.jamanetwork.com/article.aspx?articleid=2212267      

Comentários

Por Thayane da Silva Campideli
em 8 de Abril de 2015 às 00:34.

Toda prática esportiva garante mais saúde e qualidade de vida para os seus praticantes. Mas é bom ressaltar que ela deve ser realizada com orientação de profissionais da área, a fim de evitar uma série de lesões.

 Estudos revelam que exercícios de alta intensidade teem uma excelente contribuição para o emagrecimento, uma vez que não somente gasta calorias no momento da execução da atividade mas como também na fase de recuperação. Este tipo de exercícios contribuem com vários fatores crônicos da saúde, o que justifica o artigo acima.

Por Rildo Ansaloni Gomes
em 9 de Abril de 2015 às 19:11.

Mais um artigo reforçando e comprovando a importância dos exercícios de alta intensidade para a saúde, o que é muito bom para que chame a atenção da sociedade, pois em um mundo cada vez mais sedentário, precisamos nós da área encontrarmos maneiras para alertar as pessoas sobre esse risco (sedentarismo) e assim ajudar a diminuir a taxa da população que fica doente devido ao sedentarismo e assim sendo, ajudar a deixar o mundo mais saudável.

Por Cássio Ferreira Figueiredo
em 12 de Abril de 2015 às 22:05.

Interessante destacar também, a importância de um acompanhamento do profissional da área para os então sedentários que almejam praticar exercícios intensos, pois, devem passar por todo um processo, respeitando os limites do corpo. Os indivíduos sairão de uma realidade para outra à qual seu organismo não está acostumado, e poderá sentir desconforto logo no início e, sem o auxílio adequado, logo voltará a velha realidade se não persistir nesse novo hábito. Aí está a importância do profissional, que atuará também de forma a auxiliar na escolha de algo que estimule o interesse, e incentivando, não deixando o desanimo se sobressair. 

Por Mário Augusto Silva Lemos
em 14 de Abril de 2015 às 19:47.

É visível e comprovado o bem que as atividades físicas fazem para a saúde do ser humano. Toda atividade física, seja ela de alta ou baixa intensidade e pouco ou muito tempo, deve ser acompanhada e direcionada por profissional capacitado. É necessário inserir no nosso cotidiano, atividades físicas que promovam além do bem estar físico, um bem estar mental. De acordo com JÚNIOR (1996), "vários trabalhos científicos mostraram que as doenças estavam relacionadas aos hábitos e estilos de vida inadequados (sedentarismo, estratégias de tratamento e alimentação inadequadas, etc.)." Portanto, é necessário quebrar esse comodismo proporcionado pelo ambiente em que vivemos, e colocar nosso corpo para trabalhar afinal não fomos feitos pra ficar parados.

Por Esther Carolina Mendes Rezende
em 16 de Abril de 2015 às 17:46.

Ouve-se dizer que exercícios intensos podem provocar óbito em pacientes com problemas de coração, já que acelera grandemente os batimentos e causar arritmia, mas não é verdade. Um estudo mostrou que fazer treinamento intervalado de alta intensidade pode melhorar a eficiência cardiovascular e respiratória em pacientes com problemas cardíacos. Não devemos confundir exercícios de longa duração com alta intensidade. Os de longa duração ainda são prejudiciais para cardíacos, pois podem causar uma parada cardíaca provinda da perigosa miocardiopatia hipertrófica obstrutiva (confundida com coração de atleta) e também a origem anômala de coronária. 


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