Cevnautas,
Recentemente a Carta Capital publicou um artigo de capa com pesquisas sobre os estragos na auto-estima provocada pelas redes sociais - http://www.cartacapital.com.br/revista/769/brucutus-da-internet-5037.html . Agora, a revista Obesity explica que fotos de atividade física fazem mal para as mulheres obesas (justo a freguesia que se pretendia motivar com as fotos). Segue a nota de divulgação científica d'O Tempo, e o resumo do artigo original em busca de adoção para publicarmos na biblioteca do CEV (OBS: não basta apenas passar pelo tradutor automático; tem que revisar). A tradução pode ser postada aqui na comunidade, como comentário da nota. Em seguida replicamos na biblioteca. Obrigado, Gente Boa. Laércio.
Gordinhas reagem mal diante de fotos de atividade física
Segundo estudo, cérebro de mulheres acima do peso responde diferentemente a imagens de exercícios do que os cérebros de mulheres mais magras; quem estava acima do peso ficou abatido ao ver registro de vida ativa
PUBLICADO EM 30/01/14 - 04h00 - GRETCHEN REYNOLDS COM ANDRÉA JUSTE
O cérebro de mulheres acima do peso responde diferentemente a imagens de exercícios do que os cérebros de mulheres mais magras, segundo um novo estudo neurológico. Isso sugere que nossas atitudes em relação a atividades físicas podem ser mais influenciadas pelo tamanho de nosso corpo do que se pressupunha.
Para o estudo, que foi publicado recentemente em “The International Journal of Obesity”, cientistas afiliados ao Key Laboratory of Cognition and Personality da Southwest University, em Chongqing, na China, recrutaram 13 mulheres jovens e de peso normal, e 13 com sobrepeso ou obesas.
Além de responderem a questionários sobre atividades físicas e sentimentos relacionados a elas – como “se eu fosse saudável e ativa, isso me ajudaria a fazer amigos?” –, as voluntárias foram submetidas a exames de ressonância magnética. Simultaneamente ao uso do aparelho que capta o fluxo sanguíneo em áreas específicas do cérebro, os cientistas iniciaram uma apresentação de fotos de atividades físicas e exemplos de sedentarismo (veja infográfico).
Noventa das imagens mostravam pessoas se exercitando alegremente – correndo, dançando, saltando, jogando tênis e assim por diante. As mulheres foram convidadas a se imaginar realizando as mesmas ações, utilizando gestos manuais e contorções limitadas de corpo, dentro dos limites físicos impostos pela máquina de ressonância.
Outras 90 imagens traziam comportamentos relaxados e sedentários, como pessoas se espreguiçando no sofá. As voluntárias deveriam se imaginar naquelas situações.
Resultados
As leituras resultantes revelaram que os cérebros das mulheres acima do peso ficaram abatidos com os exercícios. Vendo fotos de pessoas ativas, as mulheres tiveram uma parte do cérebro relacionada a lidar com emoções negativas muito mais acesa quando elas viram imagens de movimentos do que com fotos de descanso. Ou seja, emocionalmente, não gostar de atividades físicas parece sobrepujar o desprezo ao sedentarismo. A atividade cerebral das mulheres mais magras, no geral, foi o oposto.
Esses dados podem parecer desanimadores de início, destacando a possibilidade de que ser obeso é algo reforçado por si mesmo, embora seja impossível saber, a partir desse estudo, se a aversão a exercícios contribui ou resulta do ganho de peso.
Para a estudante Ana Elisa Pimenta, 22, a atividade física é fundamental para garantir o bom humor. E ela acredita que ver imagens de quem mantém a vida ativa é uma forma de motivação. Assim como via pessoas postando fotos na internet se exercitando, ela agora aderiu à ideia. “Passei também a postar fotos para estimular as pessoas a quererem manter um estilo de vida saudável. A estética é uma consequência”, afirma.
Já a atendente Bruna Regatos Ayres, 29, concorda que, antes de sair do sedentarismo, ficava sem graça de ver pessoas fazendo exercícios. “Estou criando consciência sobre mudar meus hábitos e estou caminhando todos os dias. Hoje, quando vejo as pessoas (praticando esportes) fico mais tranquila”, conta.
Memória pode ser o ‘problema’
Uma descoberta inesperada do estudo pode indicar uma esperança. Quando voluntárias com sobrepeso viram imagens de exercícios, uma parte de seus cérebros ligada à memória de movimentos permaneceu silenciosa.
Seus corpos não “lembravam” dos exercícios, o que pode ter contribuído para a resposta emocional negativa frente à atividade.
“Estimule as pessoas a buscar a atividade física que considerem agradável”, acredita Todd Jackson, professor de ciência dos exercícios, que conduziu o estudo. Ele recomenda que a pessoa nade por 45 minutos e depois se permita navegar pela internet, por exemplo.
Fonte com fotos e links: http://www.otempo.com.br/interessa/gordinhas-reagem-mal-diante-de-fotos-de-atividade-f%C3%ADsica-1.781532
Resumo do artigo original em busca de adoção para ser publicado na biblioteca do CEV com crédito para o cevnauta tradutor.
Int J Obes (Lond). 2013 Dec 24. doi: 10.1038/ijo.2013.245. [Epub ahead of print]. Differences in neural activation to depictions of physical exercise and sedentary activity: an fMRI study of overweight and lean Chinese women. Jackson T, Gao X, Chen H.
Abstract
Objective:Neuroimaging studies have documented differences in neural responses to food cues in obese versus lean samples but little is known about weight status differences in responsiveness to other key features of obesogenic environments, particularly cues reflecting physical activity. To address this gap, patterns of activation related to visual depictions of sedentary activities and vigorous physical exercise were assessed in overweight (O-W) and average weight (A-W) samples via functional magnetic resonance imaging (fMRI).Methods:Thirteen O-W and 13 A-W Chinese women were instructed to imagine engaging in 90 physical exercise activities and 90 sedentary activities and to watch 90 landscape images presented during three runs of an fMRI scan within a cross-sectional design.
Results:Behavioral results indicated O-W women endorsed more negative attitudes toward physical activity than A-W did. Imaging analyses indicated that body mass index had a significant negative association with activation of the right putamen and a positive correlation with activation in the right medial frontal gyrus, specifically Brodmann Area 10 in the exercise-sedentary image contrast condition. For the sedentary-control contrast, significantly less activation in an insula area related to negative affect was observed for the O-W group. Finally, for the exercise-control contrast, O-W women also displayed comparatively weaker activation in a cingulate gyrus area implicated in kinesthetic memory of body movements and the re-experiencing real events.
Conclusion:Together, results supported contentions that exposure to depictions of physical exercise corresponds to reduced activation of reward centers and heightened activation in regions associated with negative affect regulation among O-W women compared with leaner peers. International Journal of Obesity advance online publication, 14 January 2014; doi:10.1038/ijo.2013.245. PMID: 24366575 [PubMed - as supplied by publisher]
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