Pessoal,

Os neurocientistas estão fazendo várias experiências com jogos e repercussão nas estruturas cerebrais. Vai ser dificil jogar bola com eletrodos na cabeça, mas parece que podemos caminhar por lá. Por enquanto, jogar parado vale. Laercio

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Jogar «Tetris» faz bem ao cérebro
Popular jogo electrónico criado nos anos 80 desenvolve eficiência cerebral 2009-09-04

Um estudo publicado ontem na revista «BMC Research Notes» revela que jogar Tetris provoca efeitos positivos no cérebro. Este jogo electrónico criado na União Soviética, em 1984, por Alexey Pajitnov, Dmitry Pavlovsky e Vadim Gerasimov, tornou-se num dos mais populares do mundo.

Segundo o artigo, jogar Tetris provoca mudanças favoráveis nas áreas do cérebro ligadas ao pensamento crítico, ao processamento da linguagem e à planificação de movimentos coordenados.

A equipa de investigadores foi liderada por Richard Haier, da Rede de Investigação da Mente (Mind Research Network) e professor no departamento de neurologia pediátrica da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia.

Este é um dos primeiros estudos desenvolvidos que utiliza os jogos de destreza visual para avaliar os mudanças produzidas no córtex cerebral.

A experiência realizou-se com 26 meninas adolescentes com pouca experiência em jogos de computador. As adolescentes jogaram durante três meses e mostraram uma maior eficiência cerebral bem como um engrossamento no córtex.

As áreas do cérebro que se mostraram mais desenvolvidas foram a Área Brodmann BA6, o lóbulo frontal esquerdo, e BA22 e BA38, no lóbulo temporal esquerdo.

Os cientistas acreditam que a área BA6 desempenha um papel na planificação de movimentos complexos e coordenados, enquanto que as áreas BA22 e BA38 são a parte activa na integração multissensorial.

Richard Haier considera que o Tetris é bastante complexo para o cérebro porque “requer a utilização de muitos processos cognitivos como a concentração, a coordenação de olhos e mãos, a memória e a solução de problemas visuais e espaciais. Tudo isto de uma forma muito rápida”.

Artigo: MRI assessment of cortical thickness and functional activity changes in adolescent girls following three months of practice on a visual-spatial task, Richard J. Haier, Sherif Karama, Leonard Leyba, Rex E. Jung, «BMC Research Notes» 2009, 2:174, 1 September 2009

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34637&op=all

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