Pessoal,
O planejamento não deveria ter incluido onde aplicar os 2 milhões em aparelhos depois do Pan? Laercio
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OLIMPÍADA DE 2016 - [ 07/10 ]
Universidade recupera aparelhos de ginástica do Pan de 2007
Cruzeiro On Line
Dois conjuntos completos de aparelhos de ginástica artística, avaliados em R$ 2 milhões e comprados com verba pública para o Pan-Americano do Rio, em 2007, estavam pegando poeira num depósito do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Estavam. Eles saíram de lá há três meses, graças a uma solicitação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), a fim de utilizá-los a partir de dezembro, após a reforma do Centro Esportivo de Educação Física.
Ao ler nos jornais que os equipamentos estavam sem uso, o diretor do Instituto de Educação Física da Uerj, Edson Ramos, decidiu requisitá-los ao COB e conseguiu recuperar essa herança do Pan. "Os conjuntos são de primeira linha e estão em excelente estado", disse Ramos, ex-jogador da seleção de basquete, na década de 1960.
A Uerj e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estão de braços dados para marcar presença nos Jogos Olímpicos de 2016 As duas principais universidades públicas do Rio prometem revelar talentos, incentivar a pesquisa científica voltada para o desenvolvimento do esporte e oferecer espaço para o treinamento dos atletas que vão disputar a Olimpíada.
A Uerj espera concluir, no fim do ano, as obras do centro esportivo, no Maracanã. O campo de futebol, a quadra de tênis e o ginásio multiuso passam por reformas. Além disso, uma nova piscina está sendo construída. Haverá escolinhas, com muitas vagas gratuitas, de 10 modalidades esportivas para cerca de 5 mil crianças e jovens. "No Pan, a nossa participação foi praticamente zero. Agora, num evento desse porte, não podemos passar desapercebido. Estamos saindo na frente", declarou Ramos. "O objetivo é trazer as comunidades próximas para a universidade".
O diretor da Uerj pretende enviar, em breve, ao COB um projeto acadêmico sobre a qualificação e a formação dos atletas. Em fevereiro, o comitê e a universidade selaram um convênio na área de estudos para tentar alavancar o desenvolvimento científico, educacional e social do esporte nacional. A UFRJ estuda construir a Cidade Esportiva, na Ilha do Governador (zona norte), com quase 170 mil metros quadrados e várias instalações, entre elas um parque aquático, uma arena de luta, um estádio de atletismo e um ginásio poliesportivo.
A intenção é a de oferecer uma estrutura adequada para as delegações brasileiras e estrangeiras poderem treinar ali a partir de 2014. "No dossiê de candidatura Rio-2016, a UFRJ está alocada como área de treinamento", comentou o diretor da Escola de Educação Física da universidade, Waldyr Mendes. "Podíamos unir o útil ao agradável", sugeriu. O projeto é ambicioso, mas corre o risco de não sair do papel. "Tem muito pano pra manga ainda", ressaltou. "Vamos correr atrás de parceria". Segundo o diretor, o complexo esportivo abriria as portas para as comunidades carentes e seria um legado para a cidade.(AE)
http://www.cruzeirodosul.inf.br/materia.phl?editoria=21&id=226757
Comentários
Por
João Omar Gambinï
em 8 de Outubro de 2009 às 13:32.
O termo "largado" pode ser verdadeiro para outros tantos equipamentos e instalações. Os amigos do esporte do Rio de Janeiro certamente têm a noção clara daquilo que está ou não sendo utilizado, ou pior, estragando.
Meu maior temor, com referência às nossas autoridades esportivas de todos os níveis, é o inabalável desejo que eles têm de aparecer e de serem imediatistas. Certamente os Jogos Olímpicos já estão trazendo benefícios para o país. As bolsas de valores já acusaram positivamente a aprovação da candidatura; os comentaristas e população estão euforicos; há uma forte onda positiva no ar. Tudo indica que teremos 6 a 7 anos de fartura e boa colheita, tanto de dinheiro quanto de empreendimentos, negociações, vendas, compras, enfim, tudo indica fartura.
Ora, se tudo indica isso, por que não fazermos o certo, da maneira certa e realizarmos um trabalho bem feito em nome do futuro e não dos Jogos Olímpicos?
Para mim, o sentido de legado é preparar e fazer para o futuro de todos atletas, população, esporte, sociedade, comunidades, país...
Com muito orgulho, parabenizo as Universidades públicas do Rio de Janeiro pela iniciativa e posicionamento ético. No meu entender estamos no momento de a sociedade assumir seu papel e pressionar as autoridades esportivas para que os efeitos e impactos da realização dos JO 2016 sejam benéficos para toda a população e sociedade do Rio de Janeiro pelos próximos 20 anos, e repercuta favoravelmente ao restante do país.
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