Educação Física e Esporte

Laércio,

Pouco sei (ou nada sei) da língua inglesa. Mas a ferramenta google translate pode nos ajudar enquanto não chega auxílio mais qualificado, No intuito de apressar a informação, atrevo-me a consignar:

"Especialização esportiva está se tornando a norma em esportes da juventude para uma variedade de razões. Quando a especialização esportiva ocorre muito cedo, efeitos negativos podem ocorrer, tanto física como psicologicamente. Se o tempo estiver correto e a especialização é realizada sob as condições corretas, o atleta pode ser bem sucedido em alcançar objetivos específicos. Jovens atletas que treinam intensamente, de forma especializada ou não, também podem estar em risco de efeitos adversos sobre o corpo e a mente. O objetivo deste relatório clínico é auxiliar os pediatras no aconselhamento a seus pacientes - atletas jovens e seus pais - sobre a especialização esportiva e treinamento intensivo. Este relatório baseia-se na Academia Americana de Pediatria, relatório clínico "lesões por sobrecarga, excesso de treino, e Burnout em crianças e adolescentes atletas."

Ajudei? Sobre o tema, tenho mais a dizer a seguir...

Dando sequência...

Relações entre pais, professores e crianças quanto à práticas esportivas. Incoveniências da especialização prematura.

Neste CEV está publicado ATÉ QUE PONTO MELHORARAM OS RESULTADOS DO BRASIL NOS JOGOS OLÍMPICOS 2016? (Lamartine). O último parágrafo aponta duas dimensões a serem estudadas e pesquisadas:  

"Nesta outra composição de dados, comprova-se que as fraquezas brasileiras incidem na ineficiência dos investimentos e no baixo índice de pesquisas e inovações". 

Ora, o tema em questão está colocado na área médica, e portanto, coloquemo-nos todos como pesquisadores ou simples inquisidores. Sigam a seguir meu contributo, que aqui não se esgota.

Inicialmente, peço que leiam a íntegra do artigo do Brener (citado acima). Há uma versão em português em http://www.eosfilhosdosoutros.com/2016/09/4516/#comment-7172

Sobre este assunto, temos duas publicações que poderão instruir ou alimentar nossas pesquisas a respeito de um BOM ensino. Estão postadas em www.procrie.com.br/: Teoria vs. Prática e Projeto Pedagógico Escolar (parte I). 

Vejam trecho desta última... Considerem que Le Boulch era médico, psicólogo e professor de educação física. 

Projeto Pedagógico Escolar – Parte I

Educação Física vs. Esporte Escolar - Pedagogia do êxito

Ao final do livro (sétima parte), Le Boulch contempla os leitores com os "Jogos com Regras", em que considera o esporte, tal como é praticado pelo adulto, como uma categoria inadequada quando se trata de descrever a atividade da criança. Esses jogos têm um significado diferente dos esportes coletivos do adulto. Em outra obra - Vers une science du mouvement humain -, coloca em evidência a importância do jogo no desenvolvimento da criança, insistindo a respeito de suas características próprias que a afastam tanto do jogo-distração do adulto, como do esporte competitivo, que constitui um verdadeiro trabalho centrado num objetivo a ser atingido (performance) e exige um treinamento que na maioria das vezes reveste o aspecto de um drill. Por fim, considera que o jogo, atividade própria da criança, que toma formas diferentes de acordo com a idade, está centrado no prazer proporcionado por sua prática, sendo ainda o motor essencial do seu desenvolvimento.

Bem entendido, a criança é influenciada pelas atividades do adulto, imitando-a por necessidade de identificação. Mas não é por praticar aparentemente a mesma atividade objetiva, basquete, futebol, handball etc. que a criança deveria vivê-la sob o modo adulto. Seria de utilidade lembrar que um grupo de crianças não é uma mera imitação de um grupo de adultos, mas uma realidade coletiva particular possuindo características próprias. Enfim, estaremos discutindo e dando forma a uma pedagogia escolar em que se pretende conciliar a atividade educação física propriamente dita e a formação desportiva da criança. Que aspectos considerar nessa empreitada, os métodos a empregar, a parte que cabe ao mestre e ao próprio aluno. Passaremos ainda pelas experiências e conselhos de Célestin Freinet descritos em Techniques de la vie e Essai de psychologie appliquée à l'éducation, citados por Le Boulch.

Assim, cremos serem de bom alvitre as ilustrações que os mestres franceses nos oferecem, uma vez que as discussões são atuais no Brasil, ainda mais com a série de competições internacionais do futebol e a antevisão de uma Olimpíada em solo pátrio. Afinal, é a indagação que todos fazem, "quem deve prover a nação com o talento de nossos atletas, a escola ou o clube"? Seria compatível com o projeto pedagógico da escola uma prática desportiva voltada para a prospecção de talento? Qual a sua opinião?

Leia mais... http://www.procrie.com.br/2012/10/02/projeto-pedagogico-escolar-16846

Teoria vs. Prática - “Volei vs. Volei“ Nunca é tardio para se elogiar e tirar ensinamentos de um trabalho consciente. Refiro-me aos estudos do Professor João Crisóstomo Marcondes Bojikian da Universidade Presbiteriana Mackenzie [...] 

Leia mais... http://www.procrie.com.br/2009/11/27/teoria-vs-pratica-33/

Boas leituras...

Prof Pimentel,

OBRIGADO pela adoção do resumo! Demorou mas está no ar: 

http://cev.org.br/biblioteca/especializacao-esportiva-e-treinamento-intenso-em-jovens-atletas/

Laércio