Cevnautas, já pensou a aplicação desse conhecimento nos treinos, nas aulas, e, especialmente nos gritos de alguns treinadores na beira da quadra dos jogos escolares? Laercio
Palavras doem tanto quanto ferimentos, afirma a ciência
Por Natasha Romanzoti em 4.12.2012 as 15:58
Praticamente todo mundo já sofreu de coração partido alguma vez na vida, não? Parte de viver incluir lidar com rejeição, traição, solidão e outros sentimentos tão terríveis que parece doerem como doenças físicas.
E doem mesmo. Pesquisas recentes mostram que a dor da rejeição dispara os mesmos neurônios no cérebro que a dor de uma queimadura ou contusão. Além de explicar por que algumas pessoas têm a pele mais espessa que outras, este fato revela uma ligação íntima entre a vida social e a saúde, que cada vez mais estudos dizem ser intrincadas.
Coração partido e queimadura são a mesma coisa para o cérebro. Dor física = dor emocional
Estudos com animais nos anos 1990 já haviam mostrado que a morfina não apenas aliviava dores de lesões, mas também podia reduzir a dor de filhotes separados de sua mãe.
Mais tarde, no início de 2000, Naomi Eisenberger, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA), começou a estudar sentimentos que causam dor em humanos.
Ser rejeitado torna você mais criativo
Para descobrir o que ocorre no cérebro quando as pessoas sentem rejeição social, Eisenberger pediu a voluntários que jogassem um jogo de computador simples chamado Cyberball, em que três jogadores passavam a bola entre si. Cada voluntário foi levado a acreditar que estava jogando com duas pessoas que estavam em outro quarto, mas na verdade esses companheiros eram controlados por computador.
Embora começassem amigáveis, os jogadores informatizados logo paravam de passar a bola para o voluntário. Pode parecer um insulto insignificante, mas alguns indivíduos responderam fortemente a essa rejeição, por exemplo, fazendo gestos grosseiros para a tela.
Um scanner de ressonância magnética funcional gravou a atividade cerebral dos voluntários, revelando um aumento no córtex cingulado anterior dorsal (DACC, na sigla em inglês) quando eles começaram a se sentir isolados. Esta região é conhecida por ser uma parte importante da “rede da dor” do cérebro.
Fundamentalmente, quanto mais angustiante é uma lesão, mais o DACC é ativado, fato que também aconteceu durante os jogos de Cyberball: aqueles que relataram se sentir pior depois da rejeição mostraram a maior atividade na região.
Outros estudos confirmaram a ligação, e acrescentaram que a ínsula anterior, uma outra parte da rede de dor que responde a nossa angústia quando cortamos um dedo, por exemplo, também se ativa em casos de dores “emocionais”.
Como sentimentos viram dor real
Apesar de todos esses resultados sugerirem que a nossa angústia após um insulto é a mesma que a nossa resposta emocional a uma lesão, só ano passado estudos mostraram como esses sentimentos podem transbordar em sensações corporais.
Ethan Kross, da Universidade de Michigan em Ann Arbor (EUA), estudou uma forma mais grave de rejeição do que não receber uma bola: um coração partido. Ele recrutou 40 pessoas que haviam passado por um término de romance nos últimos seis meses e pediu-lhes para ver uma foto de seu ex enquanto passavam por um scanner de ressonância magnética.
Kross também os instruiu a pensar em detalhes sobre o rompimento. Depois de um breve intervalo, os voluntários receberam um choque doloroso de calor em seus antebraços, o que permitiu que o cientista comparasse a atividade cerebral associada com as duas situações.
Como esperado, o DACC e a ínsula anterior se ativaram em ambos os casos. Mas, surpreendentemente, os centros sensoriais do cérebro, que refletem o desconforto físico que acompanha uma ferida, também mostraram atividade acentuada. Essa foi a primeira evidência de que o sentimento de desgosto pode literalmente doer.
Por fim, outras pesquisas descobriram que a dor física e a angústia emocional podem, por vezes, alimentar uma à outra.
Quando as pessoas se sentem excluídas, ficam mais sensíveis a se queimarem, por exemplo, bem como submergir a mão em água gelada por um minuto leva as pessoas a se sentirem ignoradas e isoladas posteriormente.
O inverso também é verdadeiro: um calmante pode aliviar a resposta corporal à dor de um insulto. Nathan DeWall, da Universidade de Kentucky em Lexington (EUA), recrutou 62 alunos para um estudo, sendo que metade foi dosada com até dois comprimidos de paracetamol (analgésico) todos os dias durante três semanas, e a outra metade recebeu apenas placebo.
Cada noite, os alunos responderam a um questionário medindo seus sentimentos de rejeição durante o dia. Ao final de três semanas, o grupo do paracetamol tinha desenvolvido pele significativamente mais espessa, sendo que também relataram menos sentimentos de rejeição durante seu dia-a-dia.
Um jogo de Cyberball subsequente confirmou o efeito: aqueles dosados com paracetamol mostraram significativamente menos atividade no DACC e na ínsula anterior em comparação com os que tomaram apenas placebo.
Os pesquisadores alertam, no entanto, que, devido aos efeitos secundários nocivos de drogas analgésicas, você não deve tomá-las sem prescrição médica.
Mais ou menos rejeitada
As descobertas recentes podem explicar por que algumas pessoas têm mais dificuldade de resistir a percalços em sua vida social do que outras.
Pessoas extrovertidas demonstram ter uma maior tolerância à dor do que as introvertidas, e isso é refletido em uma maior tolerância a rejeição social.
Eisenberger também descobriu que as pessoas que sentem mais dor física (por exemplo, quando um eletrodo quente toca seu braço) também são mais sensíveis aos sentimentos de rejeição (durante Cyberball, por exemplo).
Essas reações podem ser parcialmente genéticas. Eisenberger mostrou que as pessoas com uma pequena mutação no gene OPRM1, que codifica um dos receptores opioides do corpo, são mais propensas a ter sentimentos de depressão após a rejeição do que as sem a mutação. Essa mesma mutação também torna as pessoas mais sensíveis à dor física – elas geralmente precisam de mais morfina depois de uma cirurgia, por exemplo.
É importante notar que estes receptores são particularmente densos no DACC. Como você poderia esperar, em pessoas com a mutação, o DACC tende a reagir mais fortemente aos insultos percebidos.
O primeiro ambiente de uma criança também pode determinar a sua sensibilidade a dor. Por exemplo, pessoas com alguns tipos de dor crônica são mais propensas a ter tido experiências traumáticas na infância, como abuso emocional.
Os adolescentes também parecem particularmente sensíveis à rejeição. A rede de dor do cérebro está ainda em desenvolvimento nessa fase da vida, e, em comparação com o cérebro adulto, tende a mostrar uma resposta mais exagerada a pequenos insultos.
No lado positivo, o apoio social durante este período pode levar a benefícios duradouros. Por exemplo, jovens adultos com boas redes sociais no final da adolescência apresentam reações mais suaves para a rejeição do que os que se sentiam solitários no passado, talvez porque a memória de aceitação subconscientemente acalme seus sentimentos.
Histórica rejeição
Quando você considera a dependência dos nossos antepassados de suas conexões sociais para a sobrevivência, faz sentido que tenhamos evoluído para sentir a rejeição tão intensamente.
Ser expulso de uma tribo no passado teria sido semelhante a uma sentença de morte, expondo nossos predecessores à fome e à predação. Como resultado, nós precisávamos de um sistema de alerta que nos avisasse de um potencial desentendimento, impedindo-nos de ofender alguém ainda mais. A rede de dor, capaz de nos dar uma sacudida quando nos deparamos com danos físicos, teria sido idealmente equipada para também inibir nosso comportamento social.
Rejeição e saúde
Apesar de inúmeros estudos alegarem que a solidão pode causar males físicos nas pessoas (como menor expectativa de vida), pouco sabemos sobre o impacto do isolamento a longo prazo, especialmente porque as respostas fisiológicas a rejeição que conhecemos são de curta duração (como no estudo do Cyberball).
Porque solidão pode ser fatal
Ainda assim, há medidas que podemos tomar para suavizar a falta de carinho nas nossas vidas sociais. Nós todos gostamos de ser consolados e amados, mas Eisenberger descobriu que dar apoio aos outros também abranda nossa própria resposta à rejeição.
Em experimentos, ela deu choques elétricos em homens, sendo que alguns puderam segurar a mão de suas parceiras em apoio. As mulheres estavam equipadas com scanner de ressonância magnética. Quando elas podiam apoiar seu parceiro, a resposta de seu cérebro de ameaça e rejeição foi significativamente mais moderada.
Sendo assim, embora palavras possam mesmo ser tão dolorosas quanto socos, cuidar de outras pessoas, assim como cuidar de nós mesmos, pode suavizar bastante essa dor.[NewScientist]
FONTE: http://hypescience.com/palavras-sao-tao-dolorosas-quanto-lesoes-e-contusoes-cientificamente-falando/
O Artigo Original (com referências)
Why words are as painful as sticks and stones
04 December 2012 by Lisa Raffensperger
Rejection and heartbreak can have effects every bit as physical as cuts and bruises, and understanding why could change your life
IT STRUCK suddenly. First there was an ache in my chest, as if my sternum was laced too tightly. Then came the headaches and chronic tiredness. The feelings lingered for weeks, and were often at their worst just before I fell asleep each night. Though it was more than a decade ago, I remember it well, as it marked my first bout of an ailment that would be unmistakable forever after: heartbreak.
Betrayal, rejection and lost love are a fact of life, but it is only in the past 10 years that we have begun to unravel the basis of these hurt feelings in the brain. Scientists have found that the sting of rejection fires up the same neural pathways as the pain from a burn or bruise. Besides explaining why some people have thicker skins than others, this fact reveals an intimate link between your social life and your health - you really can die of loneliness.
Our language has long borrowed physical terms to describe our darkest emotions, with phrases such as "she broke my heart", "he burned me", and "he stabbed me in the back". Such comparisons occur around the world: Germans talk about being emotionally "wounded", while Tibetans describe rejection as a "hit in the heart".
Although these expressions were always taken to be metaphorical, there had been some early hints that more was afoot. Animal studies in the 1990s, for instance, showed that morphine not only relieves pain after injury, but can also reduce the grief of rat pups separated from their mother.
Still, when Naomi Eisenberger at the University of California, Los Angeles, started studying hurt feelings in humans in the early 2000s, she did not know what she would find. She was intrigued by the way that past rejections linger with us throughout life; we can all remember a time when we weren't picked for the school sports team or felt excluded by a group of friends. "I was curious - why is it such a big deal?" she says.
To find out what the brain is up to when people feel social rejection, Eisenberger asked volunteers to play a simple computer game called Cyberball, in which three players pass a ball among themselves. Each volunteer was led to believe they were playing with two people who were in another room, but in fact the playmates were controlled by the computer.
Try Cyberball for yourself: "CyberBall makes a game out of ostracism"
Although they started out friendly, the computerised players soon stopped throwing the ball to the volunteer. It might seem like a trifling insult, but some subjects responded strongly to the slight - slumping in their seats or making a rude hand gesture at the screen.
All the while, a functional MRI scanner recorded the volunteer's brain activity, revealing a surge in the dorsal anterior cingulate cortex (dACC) when they began to feel isolated (Science, vol 302, p 290). This region is known to be an important part of the brain's "pain network", determining how upsetting we find an injury. The response can vary depending on the situation; bumping your head might seem like a big deal in the office, but during a football game you might barely notice the blow.
Crucially, the more distressing you find an injury, the more the dACC lights up, a fact that also seemed to play out during the games of Cyberball: those who reported feeling worst after the rejection showed the greatest activity in this region.
Other studies confirmed the link, finding that social rejection provokes not just the dACC but also the anterior insula, another part of the pain network that responds to our distress at a cut finger or broken bone. But although these results all suggest that our anguish after an insult is the same as our emotional response to an injury, it took until last year to show how those feelings might spill over into tangible bodily sensations.
Ethan Kross at the University of Michigan in Ann Arbor decided to set Cyberball aside in favour of a more serious form of rejection - a broken heart. He recruited 40 people who had been through a break-up within the past six months and asked them to view a photo of their ex while reclining in an fMRI scanner. He also instructed them to think in detail about the break-up. After a brief intermission, the volunteers' forearms were given a painful jolt of heat, allowing Kross to compare brain activity associated with the two situations.
As expected, the dACC and the anterior insula lit up in both cases. But surprisingly, the brain's sensory centres, which reflect the physical discomfort that accompanies a wound, also showed pronounced activity - the first evidence that the feeling of heartbreak can literally hurt (PNAS, vol 108, p 6270).
Cementing the connection between physical pain and emotional anguish, further studies have found that the two experiences sometimes feed off one another. When people feel excluded, they are more sensitive to the burn of a hot probe, and submerging a hand in ice water for 1 minute leads people to report feeling ignored and isolated.
Numbing the hurt
The converse is also true: soothing the body's response to pain can alleviate the sting of an insult. Nathan DeWall of the University of Kentucky, Lexington, recruited 62 students who either dosed themselves up on two paracetamol (acetaminophen) pills every day for three weeks, or took a placebo. Each evening, the students completed a questionnaire measuring their feelings of rejection during the day. By the end of the three weeks, the group on paracetamol had developed significantly thicker skins, reporting fewer hurt feelings during their day-to-day encounters. A subsequent game of Cyberball confirmed the effect: those given paracetamol showed significantly less activity in the dACC and the anterior insula compared to those taking the placebo (Psychological Science, vol 21, p 931).
"The idea that you can actually affect people's experience socially with what is seen as such a mild, common drug [as paracetamol], that was a rather important validation," says Geoff MacDonald at the University of Toronto, Canada, one of the authors of the study. "This is exactly the kind of thing you would expect if this social pain thing is really true." Needless to say, due to the harmful side-effects of pain-killing drugs, you should not try this for yourself.
The work might explain why certain people find it harder to withstand the rough and tumble of their social lives than others. Extroverts have been shown to have a higher pain tolerance than introverts, and this is mirrored by their greater tolerance for social rejection. Eisenberger, meanwhile, has found that people who feel more pain when a hot electrode touches their arm are also more sensitive to hurt feelings during Cyberball.
These diverse reactions may be partly genetic. Eisenberger's team has shown that people with a small mutation to the gene OPRM1, which codes for one of the body's opioid receptors, are more likely to slip into depressed feelings after rejection than are those without the mutation. This same mutation also makes people more sensitive to physical pain, and they typically need more morphine following surgery.
Importantly, these receptors are particularly dense in the dACC. As you might expect, in people with the mutation, the dACC tends to react more strongly to perceived insults (PNAS, vol 106, p 15079).
As with many traits, a child's early environment can also determine their sensitivity. For instance, people with some forms of chronic pain are more likely to have had traumatic experiences, such as emotional abuse, during their early years. Perhaps it puts their pain network into overdrive, making them more sensitive to any discomfort (American Journal of Psychiatry, vol 162, p 899).
Adolescents seem particularly sensitive to rejection. The brain's pain network is still developing at their age and, compared to the adult brain, it tends to show a more exaggerated response to small slights and insults. On the positive side, social support during this period can carry lasting benefits. For instance, young adults who enjoyed tighter social networks in their late teens show more muted reactions to the sting of rejection than those who had felt lonelier in the past, perhaps because memories of past acceptance subconsciously sooth their feelings (Social Cognitive Affective Neuroscience, vol 7, p 106).
When you consider our ancestors' dependence on their social connections for survival, it makes sense for us to have evolved to feel rejection so keenly. Being kicked out of a tribe would have been akin to a death sentence, exposing our predecessors to starvation and predation. As a result, we needed a warning system that alerts us to a potential spat, preventing us from causing further offence and teaching us to toe the line in the future. The pain network, able to give us a jolt when we face physical injury from a fire or knife edge, would have been ideally equipped to curb our social behaviour.
Some have taken this line of thinking further, suggesting it might hold the secret to some of the more mysterious symptoms of loneliness. People who are lonely tend to have an increase in the expression of genes for inflammation, particularly in immune cells, and a decrease in the expression of antiviral genes.
Why would the body deal with isolation in this way? "That was kind of a puzzle to us for the last five or 10 years," says Steve Cole, a behavioural geneticist at the University of California, Los Angeles. An answer began to emerge when he looked at the way different conditions affect people with different social lives. Viruses spread quickly among large groups of people, whereas life-threatening bacterial infections generally come from wounds which our ancestors may have been more likely to receive when alone, without the protection of their peers. As a result, Cole suggests, our immune system may be "listening in" on our brain's signals of social status. If it looks as if we are enjoying a lively social life in a big group, we are geared up to deal with viruses; if we feel alone, the dACC and other regions tune up inflammation, which helps us battle bacterial infection.
One piece of evidence for the idea comes from George Slavich, also at UCLA. He has found that socially stressful tasks, such as delivering an impromptu speech, trigger heightened activity in the dACC, prompting an inflammatory immune response - as if the brain were pre-empting the threat of isolation and injury (PNAS, vol 107, p 14817).
That response would have saved our ancestors from infection in the tooth-and-claw struggles of evolution, but it could backfire in the modern world. Increased inflammation has been linked to a host of conditions, including heart disease, cancer and Alzheimer's disease - and lonely people are at a greater risk of all of these. A meta-analysis in 2010 of 148 studies determined that people with adequate social connections were 1.5 times as likely to live to the end of the study period as lonely people - an effect on par with abstaining from smoking or excessive drinking (PLoS Medicine, vol 7, p e1000316). Another study, published this year, tracked the health of 2000 middle-aged and elderly US citizens. It found that those reporting the greatest feelings of loneliness were nearly twice as likely to die during the six-year study as those with the lowest levels of loneliness (Social Science and Medicine, vol 74, p 907).
The work would seem to emphasise the importance of social support programmes for the elderly and infirm, and anyone recovering from illness. Even so, much more research will be needed to understand the way our social lives influence our health, says John Cacioppo of the University of Chicago, who studies loneliness. He is sceptical that the Cyberball experiments tell us much about the impact of long-term isolation, pointing out that the known physiological responses to rejection are short-lived. "Loneliness may not be affected at all by those transient events," Cacioppo says. "The little things are not the things that are killing people - it's the brain being on alert in an unrelenting way."
In the meantime, there are measures we can take to smooth the bumpy road of our social lives. We all like to be comforted after an upset, but Eisenberger has found that giving support to others also softens our own response to rejection. To test this, she gave a man an electric shock while his female partner, lying in an fMRI scanner, could either hold his hand in support or was prohibited from doing so. When the woman could support her partner, her brain's response to threat and rejection was significantly subdued. Eisenberger plans to switch the gender roles in future work.
So although we can't stop life's situations from immediately shaping our emotional landscape, perhaps we do have a say in the way we respond to those events. Words may be as painful as sticks and stones, but by caring for others as well as ourselves, we can at least make sure that they hurt us only briefly.
Lisa Raffensperger is a writer based in Milwaukee, Wisconsin
Comentários
Por
Edison Yamazaki
em 10 de Dezembro de 2012 às 03:34.
O jeito é tomar o máximo de cuidado com as palavras, principalmente no papel de professores que todos, de uma maneira ou outra, somos.
Ficar na beira da quadra gritando como um doido, muitas vezes fazendo pouco caso do esforço dos atletas, salientando somente os pontos negativos, pode causar uma ferida emocional difícil de perceber.
Ótima dica para os mais nervosinhos (Bernardinho, Muricy e cia.)
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 10 de Dezembro de 2012 às 07:57.
Gostei Edison,
Sua observação foi muito oportuna. A partir da máxima de que "treino é treino, jogo é jogo", podemos evoluir no conceito do que significa ENSINAR e do que seja um BOM PROFESSOR.
Em aulas ou treinos que frequentei ao longo da vida - incluem-se colégio e seleções nacionais -observava que o treinador ou professor simplesmente enunciava o exercício a realizar e, incontinente, deixava que os alunos fluíssem sem lhes prestar ajuda ou até mesmo proceder às devidas correções. Entre os melhores atletas de vôlei de praia, p.ex., em que eles mesmos são os patrões, o treinador torna-se mero "incentivador" dos próprios erros dos atletas. Presenciei isto com atletas campeãs olímpicas da modalidade. E, em experiência própria, taxado de demasiada exigência na correção dos fundamentos durante os treinos.
Vejo que os novos mestres/treinadores não evoluíram nas armadilhas pedagógicas. É evidente, pois não foram despertados nos seus cursos universitários pela principal cadeira: a Psicologia. Dessa forma, tornam-se meros repetidores de "receitas de bolo", isto é, adestradores. Mais lamentável ainda, quando se arvoram conhecedores do assunto devido ao sucesso em alguma atividade. Além disso muitos confundem ENSINAR com LIDERAR um grupo, coisas bem distintas.
Volto a recomendar a leitura do livro "O código do talento", de D. Coyle, ou mesmo algumas interpretações a respeito disponibilizadas no Procrie (www.procrie.com.br/novosumario/).
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