Cevnautas, nesses 18 anos de CEV temos juntado bastante informação sobre as chamadas Ciências do Esporte. Cada mensagem das antigas listas de discussão (que viraram comunidades em 2008), e as notas das novas comunidades, são documentos disponíveis na Internet. Mais de 150 mil. Mais os 39 mil documentos da biblioteca, muitos cadastrados a partir das conversas nas comunidades, especialmente as teses.
Um tipo de disseminação é o exemplo desta página. Um serviço de divulgação - no caso o Eu.Atleta - replicou uma nota do New York Times. Reproduzimos a nota brasileira e buscamos o estudo que deu origem à notícia no NYT (neste caso um artigo de fevereiro de 2014 do Journal of Comparative Neurology). Daí colamos o resumo na nota e fazemos o apelo para que algum cevnauta de alma altruista e poliglota adote a tradução do resumo pra publicarmos - com crédito para o tradutor - na biblioteca do CEV. Simples. Laércio
01/02/2014 08h10 - Atualizado em 01/02/2014 08h10
Estudo mostra que o sedentarismo prejudica funcionamento do cérebro. Cientistas descobrem que neurônios do grupo de sedentário se modificam e podem induzir um aumento da pressão arterial e das doenças cardíacas
Por Raquel Castanharo Jundiaí, SP
Vários estudos vêm mostrando os benefícios da atividade física para a saúde. A melhora não é observada somente no sistema cardiorrespiratório e musculoesquelético, mas também no sistema nervoso central (do qual fazem parte o cérebro e a medula espinhal). Pesquisas mostram que a prática de corrida pode facilitar o aprendizado, previne contra os déficits de memória e cognição (raciocínio) relacionados ao avanço da idade, melhora o humor, entre outros pontos positivos de uma lista que vem crescendo.
Cientistas americanos e australianos publicaram este mês o resultado de uma pesquisa que mostra que o sedentarismo muda o funcionamento do cérebro. Eles estudaram dois grupos de ratos por três meses. Em um dos grupos os ratos ficavam em uma gaiola com uma roda de corrida, e se exercitavam quando tinham vontade.
No outro grupo os ratos não faziam nenhum tipo de atividade, permanecendo sedentários. Ao final dos 3 meses os pesquisadores analisaram os cérebros dos ratos e viram diferenças entre os dois grupos: nos sedentários, os neurônios (células do sistema nervoso central) de uma região que controla a pressão arterial tinham se modificado de tal maneira que poderiam estar induzindo o aumento da pressão e contribuindo para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
O chefe da pesquisa, Dr. Muller da Faculdade de Medicina de Wayne, nos Estados Unidos, disse em entrevista ao jornal "The New York Times", que essa descoberta é importante pois mostra que o sedentarismo também pode mudar a estrutura e funcionamento do cérebro. E embora ratos não sejam pessoas ele acredita que isso seja um primeiro passo para as descobertas dessa área.
FONTE1: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta/saude/noticia/2014/02/estudo-mostra-que-o-sedentarismo-prejudica-funcionamento-do-cerebro.html
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J Comp Neurol. 2014 Feb 15;522(3):499-513. doi: 10.1002/cne.23464.
Physical (in)activity-dependent structural plasticity in bulbospinal catecholaminergic neurons of rat rostral ventrolateral medulla.
Mischel NA, Llewellyn-Smith IJ, Mueller PJ.
Abstract
Increased activity of the sympathetic nervous system is thought to play a role in the development and progression of cardiovascular disease. Recent work has shown that physical inactivity versus activity alters neuronal structure in brain regions associated with cardiovascular regulation. Our physiological studies suggest that neurons in the rostral ventrolateral medulla (RVLM) are more responsive to excitation in sedentary versus physically active animals. We hypothesized that enhanced functional responses in the RVLM may be due, in part, to changes in the structure of RVLM neurons that control sympathetic activity. We used retrograde tracing and immunohistochemistry for tyrosine hydroxylase (TH) to identify bulbospinal catecholaminergic (C1) neurons in sedentary and active rats after chronic voluntary wheel-running exercise. We then digitally reconstructed their cell bodies and dendrites at different rostrocaudal levels. The dendritic arbors of spinally projecting TH neurons from sedentary rats were more branched than those of physically active rats (P < 0.05). In sedentary rats, dendritic branching was greater in more rostral versus more caudal bulbospinal C1 neurons, whereas, in physically active rats, dendritic branching was consistent throughout the RVLM. In contrast, cell body size and the number of primary dendrites did not differ between active and inactive animals. We suggest that these structural changes provide an anatomical underpinning for the functional differences observed in our in vivo studies. These inactivity-related structural and functional changes may enhance the overall sensitivity of RVLM neurons to excitatory stimuli and contribute to an increased risk of cardiovascular disease in sedentary individuals. J. Comp. Neurol. 522:499-513, 2014. © 2013 Wiley Periodicals, Inc.
Copyright © 2013 Wiley Periodicals, Inc.
KEYWORDS:neuroplasticity, sedentary, sympathetic nervous system
FONTE2: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/24114875
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