Cevnautas,
     Já comemoramos aqui que o Simpósio Internacional sobre Políticas para o Esporte de Alto Rendimento no Contexto Internacional, realizado pelo LATECA, da EEFEUSP, 12-14/junho/2013, além de ter sido um sucesso, também foi um marco histórico, no sentido de que parece ter inaugurado uma era de aproximação da academia com o COB.

     Destaco a imperdível palestra do Superintendente do COB, Marcus Vinícius Freire, que deveria servir de aula inaugural para todas as unidades de aprendizagem de gestão nos cursos das 19 áreas das Ciências do Esporte:

  "Obrigado pelo convite. É a primeira vez que estou falando na USP. Tenho cinquenta anos e estou ligado ao esporte há pelo menos quarenta... e nunca tive esse prazer, muito obrigado"

  Enquando isso a plateia lotada sussurrava "É o COB que nunca se aproximou da universidade!"

  E continuou "... Esta é uma notícia boa e ruim.. por que você não veio antes? Essa é uma crítica que eu sempre fiz e, graças a Deus está mudando em relação aos estudiosos ligados ao esporte. Tinha muitos estudos e pouca ligação com a prática... me parece estranho que eu tenha mais ligação com os pesquisadores estrangeiros que vieram para o evento do que com os pesquisadores brasileiros..."Em seguida mostrou o detalhado conhecimento e trabalho sobre medalhas na olimpíada; passou um vídeo rápido sobre o Palácio Crystal e, além de ter usado o Prezi na apresentação, deixou os participantes boquiabertos com o as planilhas de gerência de atividades. Não deixou de dizer que o Instituto Olímpico foi criado pra suprir a necessidade de treinadores que as universidades não preparam.

O LATECA mandou pelos ares todos os vídeos do Simpósio, além do eslaides apresentados.

Tem uma entrada para o portal do Simpósio no vídeo. Sugiro assistir e debater primeiro a apresentação do Marcus Vinícius: http://cev.org.br/biblioteca/politicas-para-o-esporte-alto-rendimento-comite-olimpico-brasileiro

Laércio

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 15 de Agosto de 2013 às 17:35.

Boa Laércio,

Você parece ter adivinhado, pois estava esperando por essa notícia. Ao que parece, tem início uma tentativa de quebrar o gelo entre ambas as instituições. Lembrando que a universidade é fechada, e jamais se propôs ao diálogo com qualquer outra instituição ou pessoa. É extremamente lobista e antropófaga. Tudo o que vem de fora pode prejudicar muita gente... Fico pensando se convidariam o ex-atleta Marcus Vinícius para uma palestra. Jamais!   

Histórias em que me envolvi em relação ao COB...

COB & Academia Olímpica - Descobri pela internet que há uma Academia Olímpica Brasileira vinculada a uma congênere internacional (COI). Dispus-me a indagar da secretária da Academia sobre seus trabalhos e como poderia participar com meus estudos e experiências práticas naquela época. Fui "convidado" a desistir. A coisa era meramente constitucional, não existia de fato. O seu vice-presidente ou algo similar era o Bernard Rajzman.

COB & Universidade - Em 1995, a Fivb sugeriu às filiadas que comemorassem os "100 Anos do Voleibol", inclusive lançou selo comemorativo. A CBV não poderia deixar de fazê-lo, mesmo estando em fase de transição da presidência, i.e., Nuzman após 20 anos assumiu o COB e o Ary Graça, aguardava a solução de problemas particulares para assumir a presidência da CBV. Por isto Nuzman conduziu os festejos com a sua equipe já deslocada no Comitê. Realizou, então, um encontro com convidados a participarem dos eventos e, entre tantos, fui agraciado com o Mini Voleibol, do qual sou pioneiro no Brasil. Passado algum tempo, retornei ao COB agora levando um projeto para crianças do País. Fui convidado a voltar no dia seguinte e participar de reunião com representante do Min. dos Esportes. Nessa reunião, fui o único a observar que a Universidade não estava contemplada em projetos a serem desenvolvidos. Completamente esquecida e desprezada, teve em mim um único e solitário defensor. Não sei o resultado, mas não é difícil calcular que qualquer coisa que emanasse do Ministério não teria consequências práticas.

COB & ex-atletas - Há uma relação muito intensa entre o COB e ex-atletas. É certo que o Nuzman sempre deu apoio, especialmente após suas aposentadorias, mas o difícil é fazer com que realizem estudos e cursos especializados. Certamente, o Marcus Vinícius é uma elogiosa exceção. Creio, era um funcionário de nível bem elevado em uma multinacional do ramo de seguros no Rio de Janeiro. 

E o livro, já acabou a leitura?    


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