Cevnautas, ontem o Fantástico mostrou Vinhedo como a cidade de melhor qualidade de vida do país, dando o exemplo com as escolas. Pelo menos a trave da Escola Municipal Integração representava um perigo, e matou um estudante. Existe algum protocolo de inspeção para as escolas que tem instalações para Educação Física? Laercio

Menino morre ao ser atingido por trave em escola de SP
Por Tatiana Fávaro | Agência Estado – 3 horas atrás

Um menino de 11 anos morreu ontem à tarde, após ser atingido na cabeça pela trave da quadra de esportes da Escola Municipal Integração, em Vinhedo, interior de São Paulo. O garoto participava de uma atividade com outros colegas de sala.
Segundo informações da Polícia Civil e da escola, o garoto se pendurou na trave para brincar e o material caiu sobre a cabeça do estudante.
O aluno foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros e levado à Santa Casa de Vinhedo. Ele teve traumatismo craniano. A mãe do menino, professora na rede municipal de ensino de Vinhedo, também foi medicada por estar em estado de choque. O corpo do menino foi enterrado hoje à tarde, no Cemitério da Saudade, em Vinhedo.
O delegado titular de Vinhedo, Álvaro Santucci Noventa Júnior, informou que vai instaurar inquérito policial para apurar possível negligência na segurança do material. "Solicitei perícia técnica e vamos ver se houve negligência pela direção do estabelecimento. Vamos saber como era preso o material, se já havia solicitação de troca pelos alunos, se já havia causado algum risco", afirmou. "Aproveito para fazer um apelo a todos os diretores de estabelecimentos de ensino, prefeituras e secretarias ligadas à educação e esportes: tenham cautela e atenção em relação a isso, para se evitar algo chocante como o que ocorreu aqui."
O secretário de Governo, José Luís Bernegossi, informou que a Prefeitura receberá os laudos periciais e buscará apurar, bem como a polícia, informações junto a testemunhas, tais como alunos, professores e coordenadores da escola, que atende mil estudantes do 6º ao 9º ano. "Agora estamos preocupados em dar apoio a essa família", disse Bernegossi. "Vinhedo amanheceu triste, pois foi uma tragédia, uma fatalidade", afirmou o secretário. A escola permaneceu fechada nesta sexta-feira.

FONTE: Amigos da Educação Física http://on.fb.me/uQLGyl

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 22 de Novembro de 2011 às 08:38.

Muito oportuno o seu chamamento, Laércio.

Independentemente de haver ou não protocolo de inspeção ou avaliação do qual falarei mais à frente, a direção da escola e os professores de Educação Física podem e devem também se responsabilizar pela segurança de suas "salas de aula".  Ao constatar que uma sala esteja com goteiras, paredes rachadas e algo mais, a direção deve tomar conhecimento e exigir providências dos respetivos setores. Jamais expor os alunos a qualquer risco.

Já presenciei num dos CIEPs do Rio de Janeiro uma reforma de fachada da quadra esportiva conduzida por uma arquiteta da Prefeitura (Departamento de Obras). É incrível o desconhecimento que conseguem acumular em se tratando de dependências desportivas. Assim, todos devem vigiiar a todos para total segurança das aulas. Embora não tenha participado de aulas em escolas, nas quadras e ginásios, antes dos treinos e jogos observava com muita atenção os pontos perigosos e até de evasão (saídas) em caso de acidente maior. Quando algo deveria ser corrigido, imediatamente convocava o funcionário ou gerente, para que fosse removido o perigo; ou que fosse interditado o local até a conclusão da obra. Os pontos de maior incidência de vítimas com traumatismo e até fatal, são as piscinas, especialmente suas bordas, e nas quadras, as tabelas, o teto, as balizas e cercas.  Independemente de qualquer coisa, uma atitude sadia seria a direção da escola solicitar anualmente esta inspeção, inclusive retendo o laudo em seu poder. Se der certo, tudo bem. Mas o professor pode, p.ex., prevenir que as balizas caiam, ou por mal manuseio ou corrosão na base, fixando-a com corrente à parede. Os postes da rede de voleibol, apresentarem uma proteção até certa altura contra batidas do corpo (lembrem-se da Jaqueline na recente competição mundial) e por aí vai.

Sobre o protocolo de inspeção, lembro-me de que em Portugal existe uma legislação muito rígida sobre o assunto, inclusive com inspeção periódica, mesmo em locais públicos. Será que no Brasil alcançaremos isto ou continuaremos a acreditar que "Deus é brasileiro"? Assim, há dois caminhos: ou fazemos nós ou deixamos nas mãos de Deus, póis não creio no poder público neste país.

 


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