Boa noite! Gostaria de abrir aqui uma discussão sobre o Treinamento Físico no ambiente Militar.
Quantas pessoas, ou melhor, força militar, que possuem em seus quadros Professores de Educação Física formados e responsáveis pelo treinamento físico da tropa?
Há uma praxe de se encarregar o militar mais antigo da tropa ser o instrutor de treinamento físico. Não se respeita nenhum dos princípios do treinamento por parte desses militares, até porque não possuem formação para tal atividade.
Gostaria de levantar essa discussão com os colegas e relacionar sugestões para que num futuro próximo, nossa profissão seja cada vez mais valorizada, inclusive no ambiente militar.
Comentários
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Roberto Affonso Pimentel
em 12 de Novembro de 2009 às 16:50.
Senhores professores,
Diante do exposto, assinalo que também "concordo com todos" e me despeço desta comunidade, pois não pretendo reacender uma discussão encerrada há muito.
Roberto Pimentel.
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Carlos Wagner dos Santos Meirelles de Andrade
em 11 de Novembro de 2009 às 17:59.
Concordo plenamente! Sempre observo que muitas coisas são feitas erradas por falta de conhecimento, o que pode gerar até mesmo algum dano ao aluno!
Está na hora de levar o treinamento físico militar a sério!
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Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Novembro de 2009 às 19:36.
Senhores professores,
Embora não seja um expert na matéria, atrevo-me a discorrer contando histórias.
Em 1930, foi criada no Rio de Janeiro (DF), a Escola de Educação Física do Exército (EsEFEx), que até nossos dias presta serviços relevantes à tropa. Ali são formados Instrutores (os oficiais) e Monitores (suboficiais) de Educação Física. Sob certas circunstâncias, é permitida a participação de civis no curso que tem duração de aproximadamente um ano. Ela precedeu a criação em 1939 da Escola de Educação Física e Desportos da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Assim, teve forte participação e influência na vida escolar da antiga capital do país e contribuiu sobremaneira para a formação dos primeiros professores universitários da novel Escola. Nas décadas de 30 e 40, as poucas escolas que cumpriam a lei de 1937 que tornou a EF obrigatória, necessariamente utilizavam "sargentos" (Monitores) como efetivos professores. Nas escolas particulares eles compareciam uma vez por semana e, inexoravelmente, aplicavam a famosa "calistenia".
Durante algum tempo, nos anos 1970, alunos da universidade pretenderam polemizar sobre a validade de tais Instrutores ostentarem o título de Professores. Creio que a ditadura militar calou-os e nunca mais se falou no assunto. Mas ela continua produzindo seus professores.
Também a Marinha e a Aeronáutica têm os seus Centros de Educação Física e Esportes Militares. A respeito deles, veja o que colhi no blog do Arlindo: V JOGOS MUNDIAIS MILITARES - Dentre os megaeventos esportivos que ocorrerão no Rio de Janeiro, na década próxima, os primeiros serão os V Jogos Mundiais Militares, em julho de 2011, reunindo cerca de 100 países. O Rio foi escolhido para sediá-los principalmente pelo fato de já ter as instalações esportivas necessárias para sua realização, graças ao que foi construído para o PAN. Eis aí, portanto, para os polemistas, um indiscutível exemplo de legado do PAN. Os Jogos Militares reunirão cerca de 7 mil participantes, disputando 21 modalidades esportivas: Atletismo; Basquetebol; Boxe; Cross Country; Equitação; Esgrima; Futebol; Futebol de Salão (demonstração); Handebol Judô; Natação; Orientação; Pentatlo Aeronáutico; Pentatlo Militar; Pentatlo Moderno; Pentatlo Naval; - Paraquedismo; Tiro; Triatlo; Voleibol; e Voleibol de praia (demonstração). Efetuados a cada quatro anos, os Jogos Mundiais Militares foram criados pelo CISM (Conseil International du Sport Militaire), órgão instituído logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1948. A CDMB (Comissão Desportiva Militar do Brasil), institucionalizada em 1956, representa o Brasil junto ao CISM.
Como o professor Carlos Wagner colocou, "muitas coisas são feitas erradas..." atrevo-me a pedir que observe os cursos de Botinhos (e outros) ministrados pelo Corpo de Bombeiros nas praias do Estado do Rio de Janeiro à época do verão. Alerto para que os responsáveis pelas aulas tenham uma melhor formação e muito conhecimento, especialmente quando lidam com crianças (e seus responsáveis).
Roberto Pimentel.
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André Alves
em 11 de Novembro de 2009 às 20:19.
Caso não tenho me feito entender, volto aqui para esclarecer que lancei esse debate para que surjam opiniões para que possamos evoluir no campo, e não querer justificar ou encobrir algo que acontece e é de conhecimento de todos.
Seja o treinamento físico militar ou atividades como cursos, formação de equipes, escolinhas, etc, devem ser ministradas por Profissional devidamente formado, conforme consta em Lei, e não por praticantes de modalidades, ex-atletas e curiosos.
Ressalta que estou satisfeito com a colaboração dos que já deixaram suas idéias. Vamos em frente!
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Carlos Wagner dos Santos Meirelles de Andrade
em 11 de Novembro de 2009 às 20:50.
Concordo com o André, embora alguns projetos do Corpo de Bombeiros que tanto amo deem certo, não podemos esquecer das leis! Seria muito interessante que todos os quarteis de todas as forças armadas e auxiliares tivessem professores formados trabalhando o preparo físico da tropa.
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