Sabemos que os obesos têm maior dificuldade em participar das aulas de educação física, pois, em grande parte das vezes, as aulas são excludentes, com metodologias não adequadas a este tipo de alunos. A exclusão social no esporte é relevante pelo fato de impedir que todos tenham direito de participar sem que a habilidade, as características físicas e a performance do indivíduo sejam pré-requisitos.   A exclusão social desse grupo durante as aulas pode afetar de forma desastrosa no que diz respeito à saúde pública, já que estes poderão se distanciar da prática de atividades físicas quando estiverem fora do âmbito escolar, gerando um quadro de sedentarismo, piorando ainda mais o quadro de saúde destas pessoas.   Diversos estudos relatam que o esporte na escola deve abordar a Cultura Corporal do Movimento, inclusão do aluno no âmbito escolar, e para isso é necessário um debate, um tratamento pedagógico sobre o esporte na escola, orientando a sua metodologia para criar uma utilização social do esporte.     Diante deste cenário, quais as providências que podem ser tomadas pelos profissionais da Educação Física para tentar incluir alunos obesos em suas aulas?  

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Março de 2016 às 08:39.

Thais,

"Para entender a fala de outrem não basta entender as suas palavras - temos que entender o seu pensamento. Mas isso ainda é insuficiente, também é preciso conheçamos a sua motivação". (Pensamento e Linguagem, Vygotsky)

 

Sua apresentação revela mais dúvidas na sua cabecinha, uma vez que ao tempo em que indaga, tenta responder.

Inicialmente, deve entender que "diversos estudos" nada dizem, ou melhor, dizem o óbvio. O mais prudente quando se buscam respostas é pesquisar textos em bons autores, que necessariamente não estão entre os primeiros ranqueados nos sites de busca. Em consequência, para identificar "bons autores" deverá se valer de referências bibliográficas e ler o maior número de livros sobre o assunto em pauta, mesmo que em leitura dinâmica. A partir daí, despertará em você um profundo sentido de crítica, posto que quem verdadeiramente quer ampliar conhecimentos deve muitas vezes contrapor-se ao que está à sua frente. Funciona como o "advogado do diabo". Isto requer muita assiduidade às fontes de leitura, o que na maioria das vezes desestimula o interessado. Este, ao abandonar as pesquisas, entra na zona de conforto e copia ou elege um "guru" para ser o seu guia.

Acrescente-se que existe um abismo entre a teoria e a prática, entre o que se diz (acadêmicos) e o que se pratica na vida. No presente caso, uma pequena sugestão é "pensar como ele" (o obeso) e conhecida suas dificuldades emocionais, revertê-las principalmente com a ajuda de seus iguais, seus colegas e amigos. Uma estratégia para as aulas, é organizar a classe em GRUPOS (G-4), e especialmente, com ambos os gêneros. Esta técnica permitirá, inclusive, um avanço inestimável em múlstiplos vieses educacionais (interdisciplinares). Ampliam-se, assim, as interrelações entre indivíduos, que descobrirão meios de se autorregularem e promoverem suas próprias conquistas - talentos, habilidades, autoestima, empatias (em geral, os mais alegres)...  

Não deixe de considerar que os cursos universitários estão muito aquém do que deveriam realizar. São apenas administradores de um currículo jurássico, em que o professor "dá a matéria" e o aluno "deve aprender". Se o indivíduo interessado quiser se instruir e aprender, terá que seguir os passos do "Construtivismo", de Piaget, pelo menos durante alguns anos. 

Se me permite, tenho uma passagem na vida que em pode servir como exemplo. Já aposentado, dispus-me a escrever dois livros: Villa Pereira Carneiro (400 pág.) e a História do Voleibol no Brasil (2 vol, 1.047 pág.). Em ambos os casos, adquiri e li inúmeros livros sobre os temas, até me decidir "como" iria compor os meus escritos. Embora não seja escritor e tampouco historiador, segundo as críticas, "dei-me bem", isto é, agradei a muitos. Muito embora tenha certeza de que o simplies fato de compor as obras, era minha suprema realização.

Leia bastante...

  

   

Por Camila Silva Bittencourt
em 12 de Março de 2016 às 07:09.

Como a obesidade é vista para os educadores físicos hoje em dia? E já se tem uma inclusão para os mesmos no esporte? 

Por Carolina Mendonça Salomão Lopes
em 16 de Março de 2016 às 21:24.

Acredito que para se alcançar a inclusão de obesos no esporte, o progresso deve-se iniciar com a visão mais ampla dos educadores físicos em si, ou seja, de forma que acrescente aspectos  físicos e psicológicos relacionados a esse grupo não menos importante que os demais. 

Por Stéfany Moreira
em 22 de Junho de 2016 às 16:59.

Jà existe um programa de esportes direcionado a esse grupo de pessoas (obesos) ?  se ainda não porque a demora para a criação já que a obesidade é um dos maiores fatores de risco para a saúde ?

 


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