Combinação de atividade física vigorosa com altas temperaturas requer muito cuidado, pois gera grande perda de líquidos e sais minerais pela evaporação. 

A combinação da atividade física vigorosa e o calor excessivo é uma situação que requer muito cuidado. Apesar de ser um tema frequentemente abordado em inúmeras publicações, nunca é demais esclarecer algumas dúvidas e alertar sobre eventuais riscos para a saúde.

Quando fazemos qualquer tipo de atividade física, existe uma produção de calor pelo corpo que é proporcional à intensidade da atividade realizada. O desafio, nesta situação, é promover a perda deste calor produzido para evitar que a temperatura corporal aumente.

Existem quatro mecanismos que proporcionam a perda de calor: condução, convecção, irradiação e evaporação. O três primeiros são mecanismos físicos de troca de calor com o ambiente e sua eficácia depende da existência de condições favoráveis para dissipar o calor do corpo para o meio ambiente. Na realidade, são mecanismos de perda direta de calor por contato com o ar mais frio, com correntes de ar etc. Quando a temperatura ambiente é elevada, estes mecanismos são muito pouco eficientes, e a perda de calor vai depender essencialmente do mecanismo de evaporação do suor.

É importante frisar que não é a produção de suor que resfria o corpo e, sim, a evaporação do suor produzido que rouba calor da superfície corporal. É até curioso, mas o hábito de enxugar o suor produzido, evitando que ele evapore, prejudica a perda de calor.

Na medida em que a necessidade de perder calor se torna cada vez mais intensa, tanto pelo aumento da intensidade do exercício, quanto pela elevação da temperatura ambiente, a sudorese e a evaporação do suor são mais exigidas. A consequência óbvia é uma perda cada vez maior de líquidos e sais minerais pelo suor.

Nesta situação, a reposição hídrica e mineral é fundamental. A desidratação leva a uma séria ameaça para a saúde e um prejuízo à performance física. Estudos científicos estimam que, para cada 1% de desidratação do corpo, existe um decréscimo de 5% do desempenho.

O cálculo do percentual de desidratação é feito pela proporção que a redução de peso representa em relação ao peso corporal. Se um indivíduo de 70kg perde 1kg numa atividade física, ele se desidratou em cerca de 1,5%.

A reposição de líquidos, mesmo durante o exercício, é fundamental e proporciona a possibilidade de a sudorese não ser prejudicada, assegurando a luta contra o calor e evitando a elevação da temperatura corporal (hipertermia), que traria uma ameaça muita séria para a saúde.

 

Matéria publicada no site Globo Esporte.

Comentários

Por José Elias de Souza
em 24 de Janeiro de 2014 às 19:25.

A atividade física em locais muito quente provoca grade perda de líquido, qual é o forma correta de repor?

Por Marcos Celestino de Souza
em 27 de Janeiro de 2014 às 21:47.

Ola José Elias,boa noite.

Então Segundo João Carlos Bouzas Marins, professor de educação física da Universidade Federal de Viçosa (UFV), durante a prática esportiva, a taxa de transpiração é altamente variável, oscilando entre 1 e 2 litros de líquidos por hora de exercício, dependendo do ritmo e intensidade a perda de peso no atleta é um importante indicador de desidratação e deve ser observada atentamente. Mas ele também defende que só o uso da água não é suficiente para repor o equilíbrio hídrico, pois o organismo perde sais minerais durante o exercício: “ Em atividades que ultrapassem 60 minutos de duração, a ingestão de bebidas carboidratadas  passa a ser considerada”.no calor que perdemos mais líquidos,ele recomeda para Antes do exercício: fazer uma ingestão adequada de água 24 horas antes da realização da prova ou do exercício, consumir 500 ml de água ou isotônico 2 horas antes do exercício.Durante o exercício: se possível a cada 20min  ingerir água ou isotônico.Após o exercício: hidratar com alguma bebida isotônica, fazer uma refeição rica em carboidratos.

Espero que tenha sanado sua duvida,abraço!


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