Conhecemos a FISU e a UNIVERSÍADE. Mas qual a realidade do Esporte Universitário nos outros países? Vamos conseguir dados e modelos?
Saudações Universitárias
Georgios
Comentários
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Deborah Palma
em 11 de Agosto de 2009 às 11:28.
Grande Georgios e Luis,
Por
Deborah Palma
em 11 de Agosto de 2009 às 12:34.
Posso dar algumas contribuições aqui, por conta conta da Anhembi Morumbi fazer parte da Laureate. Já tive oportunidade de conhecer outras terras e há algumas coisas interessantes que gostaria de colocar:
1.) MÉXICO: tinha problemas semelhantes ao nosso quanto à gestão das Federações, gatos nas universidades e desorganização de maneira geral. Mudoumuito. Para isso, todavia, várias ações tiveram de ser feitas:
- Só se joga esporte universitário até os 23 anos
- Obrigatoriamente têm de se apresentar a frequência acadêmica e as notas para alunos a partir do segundo semestre. Se tiver mais que 50% de reprovação, não joga. Para alunos de primeiro semestre, vale, como aqui, mas com seriedade e não com o "jeitinho" brasileiro, a Declaração de matrícula.
- Criaram um comitê de controles
- Criaram a categoria pré-universitária, de tal forma que toda universidade deve ter um time com alunos de escolas, através dos drafts que realizam. Acho que aqui chegaremos perto em breve, tendo em vista as ações que a ABRADE têm pela frente.
- A questão geográfica ajuda muito. Assim, os campeonatos são regionais e claasificam-se os melhores para a fase nacional, com cobertura (realmente uma cobertura) de mídia.
- A maioria das universidades tem forte estrutura física esportiva e gestores.
- Tive a oprtunidade de assistir um jogo de futebol americano entre a UVM e uma universidade pública. A partida foi às 15h00, em uma quinta feira. A universidade parou. O vice-reitor também foi ver o jogo. Arquibancadas lotadas.
- Concedem bolsas de estudos de 10 a 100%
2.) CHILE: tinham sérios problemas entre IES públicas e Particulares. Decidiram criar uma organização das universidades privadas. Isso deu fôlego ao esporte universitário, inclusive com transmissão de jogos. A maioria das IES têm forte estrutura esportiva e departamentos de esportes. Conheço bem a Universidade de las Americas, Andrés Bello, Universidad Catolica e Gabriela Mistral. Este ano, também conheci a a Escola Circolo Italiano. Caiu meu queixo... fica no pé dos Andes...tem clube que não tem essa estrutura. Concedem bolsas de estudos aos atletas, variando de 10 a 100%.
3.) ESPANHA: efetivamente, Madrid é quem tem mais fôlego. Organizado por Consejería de Deportes da Comunidad de Madrid, os Campeonatos Universitários de Madrid. As competições acontecem nas próprias universidades. Aquele antigo conceito que o povo está cansado de me ouvir falar, de que temos de fazer os jogos e todos os eventos dentro das IES. Fazem parte da Comunidad as Universidades de Alcalá, Alfonso X, Nebrija, Carlos II, Autónoma, Politécnica, Camilo Cela, Europea de Madrid, Francisco de Vitória, Complutense, Comillas, Rey Juan Carlos e San Pablo. Juntas organizam campeonatos de modalidades individuais de xadrez, Esqui, Orientação, Atletismo, Golfe, Badmington, Escalada, Natação, Karatê, Judô, Tênis, Tênis de Mesa, Padel, Squash, Taekwondo e Tiro com Arco e modalidades coletivas: basquete, handebol, futebol, futebol de salão, futebol sociey, rygby e voleibol. Muitas IES têm departamentos de esportes bem estruturados.
4.) PANAMÁ E COSTA RICA: semelhantes...há IES que não têm nada e há muitas que têm estrutura física e mobilizam seus alunos através dos departamentos esportivos. Existem campenatos nacionais. No Panamá, são formadas Ligas que são reconhecidas pela Federación de Deporte Universitario de Panamá (FEDEUPA)..igualzinho aqui....rss Eles jogam futebol, futsal, futebol americano,flag futebol, softball,voleibol, tênis de mesa e xadrez.Não é comum dar bolsas muito altas. A média é de 50% no máximo. Em Costa Rica, as coisas estão engatinhando. Campeonatos pequenos, mobilizações pequenas, mas progredindo. A ULACIT, por exemplo, fechou uma parceria de exclusividade com a Coca Cola. Como contrapartida terminaram a construção das dependências esportivas e apóiam os eventos do departamento de esportes.
5.) CHIPRE: desenvolvem o esporte universitário dentro de suas IES, oferecendo uma série de atividades, mas são poucas as IES bem estruturadas. A Universidade do Chipre é a mais estruturada, oferecendo bolsas de 5 a 50%. Tem um departamento de esportes bem legal. O campeonato é nacional e organizado pela Federação Universitária de Esportes do Chile. Campeonatos de vôlei, basquete, handebol, futebol e atletismo.
Espero ter colaborado. E vamos convidar mais gente para participar desta comunidade!
Por
Edson Madeira Silva
em 18 de Setembro de 2009 às 12:50.
No Rio de Janeiro a entidade que organiza o esporte universitário é a FEURJ, infelizmente está agonizando, poucas IES participam. Apesar do problema com a referida instituição algumas IES se mostram bastantes interessadas, porém as competições se polarizam entre duas universidades apenas, pois não é promovido um trabalho de marketing esportivo, muito menos uma gestão moderna. Pelo que observo, existe uma política de continuísmo na gestão, que já está ultrapassada, pois não há cobrança e muito menos interesse das IES a respeito do esporte universitário. Sabemos da importância do esporte universitário, conforme suas informações e a divulgação na mídia (filmes de Hollywood) que se limita muito aos USA, mas apesar do modelo nos parece que os dirigente se preocupam mais com os benefícios das verbas estatais do com o desenvolvimento do esporte universitário no Brasil. Ressalto que há dirigentes interessados em desenvolver um projeto moderno, porém ainda se esbarram no ranço da política brasileira, que infelizmente está espalha em todos os órgãos públicos, herança de um passado que influencia bastante o nosso presente.
Gostei muito de seus comentários e os aproveitarei para debater o assunto dentro da IES onde trabalho, bem como na FEURJ.
Edson Madeira
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