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Ministro do Esporte garante empenho para manter Universíade no Brasil
Quinta, 08 Janeiro 2015 20:08
Durante encontro com o presidente da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU), Luciano Cabral, o ministro do Esporte, George Hilton, assegurou que vai se esforçar para manter a Universíade de 2019 no Brasil. A candidatura apresentada por Brasília foi escolhida, em novembro de 2013, para receber as Olimpíadas Universitárias de Verão. No entanto, o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, alega problemas orçamentários para a preparação da competição e pode cancelar o evento.
“O Ministério do Esporte vai envidar todos os esforços para manter a Universíade no Brasil. O país já demonstrou capacidade para sediar e organizar megaeventos. Além disso, o esporte educacional é uma das nossas prioridades”, afirmou Hilton.
O presidente da CBDU elogiou a disposição do ministro em buscar alternativas para solucionar a situação. “Gostaria de elogiar o George Hilton pela disposição em nos atender. Ele prontamente entendeu a relevância do assunto. Estamos pensando em alternativas e o ministro garantiu empenho para manter o evento no Brasil. O cancelamento seria ruim para a imagem do país. Foi assumido um compromisso institucional”, comentou Cabral, após reunião no gabinete do ministro.
Luciano Cabral destacou ainda a importância do megaevento para o desenvolvimento do esporte educacional no Brasil. “Quando apresentamos a candidatura, nós pensamos no legado que a Universíade poderia gerar: oferecer, aos estudantes, a possibilidade de praticar esporte e, aos atletas, as condições de estudarem. Alguns competidores encerram a carreira e passam por dificuldades. Tudo porque não estudaram. Fizemos investimentos para sediar grandes eventos, como a Copa do Mundo, o Pan-Americano, os Jogos Mundiais Militares e, com a Universíade, ficaria institucionalizado o esporte educacional”.
A proposta de Brasília prevê a criação de 22 locais de competições espalhados pela cidade e reformar áreas como o ginásio Cláudio Coutinho e o Centro Olímpico da Universidade de Brasília (UnB).
A Universiade é o segundo maior evento poliesportivo do mundo, depois dos Jogos Olímpicos. Cerca de 10 mil atletas de mais de 150 países participam da competição, ocorrida de dois em dois anos.
O ex-secretário de Esportes do Distrito Federal e atual deputado distrital pelo PRB, Júlio Ribeiro, também participou do encontro.
Gabriel Fialho
Ascom – Ministério do Esporte
FONTE com fotos e links: http://www.esporte.gov.br/index.php/noticias/24-lista-noticias/49608-ministro-do-esporte-garante-empenho-para-manter-universiade-no-brasil
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 11 de Janeiro de 2015 às 12:47.
(...) "nós pensamos no legado que a Universíade poderia gerar: oferecer aos estudantes a possibilidade de praticar esporte e aos atletas as condições de estudarem..."
Parece que vivemos em outro mundo. O nobre presidente da CBDU, interessado em cumprir "compromisso institucional", desanda a oferecer um leque de receitas par alavancar o esporte universitário no país.
Creio que o país precisa de homens com capacidade de pensar o futuro do ensino no Brasil, íncluso também, a prática esportiva no meio acadêmico. Sabemos todos que não será patrocinando competições internacionais.
O esporte universitário é movido por ouros interesses, menos para prover o verdadeiro estudante de uma prática saudável e educacional. Há algum tempo - com o profissionalismo - as Federações de diversas modalidades servem-se dos melhores atletas nacionais para incluí-los em diversos eventos, inclusive as Universíades. O Brasil fez isto com o vôlei feminino. Em 1963, quando sediamos uma Universíade, realizada em Porto Alegre (RS), já estava em voga burlar o sistema servindo-se de matricular atletas de ponta em alguma faculdade. A prática proliferou com as novas faculdades particulares a partir dos anos 1970.
Com o advento do profissionalismo esportivo ficou impossível servir a dois senhores: ou o indivíduo é estudante, ou se bandeia para o esporte, até porque os treinamentos são diários. A única solução - descabida -, é oferecer-lhe o diploma graciosamente, até mesmo sem comparecer às aulas.
Assim, o que já era ruim - ensino universitário - passa a ser pior. E o país se ufana pelo gigantismo de seus eventos. Não seria melhor investir a verba que tanto mendiga para melhorar a vida dos estudantes universitários, com melhores professores, curriculos de qualidade e, vez por outra, um bate-bola para refrescar a cabeça? Por que a própria faculdade de Ed. Física e Esportes não realiza essa façanha? E a de Educação?
Estou levando proposta para a UFF. Já conversara com os reitores da UFSC e da UDESC, em vão.
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