Pessoal, o cevnauta e jornallista famoso José Cruz está de volta e com a corda toda! Viva! Laercio

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11/09/2010
Complicação Olímpica na Esplanada dos Ministérios

           Usando a expressão da novela do momento, “tá o maior ti ti ti” lá pras bandas no Ministério do Esporte.

           E quanto mais os repórteres da rádio corredor se aproximam do gabinete ministerial mais ouvem o som do pavor que atingiu as autoridades nos últimos dias, a partir do ministro Orlando Silva.

           Dizem, até, que há ranger de dentes. Não sei, pois há muito não vou ao Ministério do Esporte, porque ninguém me atende por lá.      

        Seguinte:

           Dia 22 próximo, as medidas provisórias 488 e 489/2010 perdem a validade.

           Assinadas pelo presidente Lula, essas MPs criaram a Empresa Brasileira de Legado Esportivo – Brasil 2016 e a Autoridade Pública Olímpica, respectivamente.

        São instituições para representar o governo federal e atuar nas ações que preparam o Rio de janeiro aos Jogos de 2016.

Boquinha

           Acontece que se essas medidas deverão mesmo perder a validade, pois o Congresso Nacional está em recesso branco, já que as excelências fazem campanha eleitoral em suas respectivas bases.

           Assim, sem aprovação das medidas, o governo não poderá nomear o ministro Orlando Silva para o cargo de Autoridade Pública Olímpica.

           Logo ele, o bom baiano, que deixou de ser candidato a deputado federal por São Paulo para não perder essa boquinha que deverá render por volta de R$ 20 mil por mês, por aí...

Alternativa

           Como o governo não pode reeditar as medidas provisórias, pois isso só ocorre uma vez, deverá mandar para o Congresso Nacional um projeto de lei em regime de urgência e, assim, resolverá o problema.

Problema?

           E que problema!!!

           Acontece que a partir do dia 3 de outubro, após a eleição presidencial teremos uma nova composição e forças partidárias no Congresso Nacional. Daí o pavor que se abate no Ministério do Esporte.

           Os parlamentares eleitos ou reeleitos assumirão só em 1º de janeiro, mas o peso dos partidos deverá mudar.

           Ou seja, o diálogo com o governo, independentemente de quem vier a ser eleito presidente da República, será bem diferente do que ocorre hoje, quando há articulação perfeita entre Lula, Orlando Silva e seu partido,o PC do B.

Cargos valiosos

           E isso ocorrerá porque o PMDB, principalmente, está de olho nos cargos da Autoridade Pública Olímpica e na Empresa Brasileira de Legado Esportivo.

           E nessa nova composição do Legislativo, deve-se levar em conta o peso da reeleição do governador Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro.

           Do PMDB, ele terá participação decisiva para negociar com o futuro presidente (ou presidenta), o cargo da Autoridade Pública Olímpica.

           Gulosos, como se sabe, políticos não perdem tempo. Principalmente porque na Empresa de Legado Esportivo terão à disposição 450 cargos.

           Imagine a festa do cabide. Cabide de emprego, tudo com vaga garantida até 2018, isto é, dois anos depois da realização dos Jogos Olímpicos.

           Além dos cargos, os candidatos às novas instituições ficaram atentos à dinheirama que rolou no Pan 2007, e sabem que poderão ser gestores de valores bilionários para os eventos internacionais de 2014 e 2016. Que tal?

           Da mesma forma, o PT quer entrar nessa boquinha e tem muita gente de olho na cadeira de Orlando Silva.

        Daí o pavor ministerial e o de tantos outros que o assessoram, pois estão na iminência de perder a boca rica, os cargos para seus apadrinhados, mordomias etc.

Não é de duvidar que haja, mesmo, ranger de dentes, intranqüilidade, insônia, gritos aflitivos etc.

Haja Lexotan, Gardenal, Rivotril etc etc etc...

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