Cevnautas, alguém sabe de mais envolvimento de universidades no projeto olímpico do Brasil? Vamos registrar aqui? Laercio

Programa visa apoiar atletas da USP em competições olímpicas
por  Isabella Bono

As universidades brasileiras não têm por tradição se envolver em grandes eventos esportivos. Porém, com os Jogos Olímpicos acontecendo no Brasil, a Universidade de São Paulo lança o programa “A USP nos Jogos Olímpicos e Jogos Paraolímpicos”. Valdir Barbanti, diretor da Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) e coordenador do projeto explica: “O que nós esperamos é dar apoio àquelas pessoas que têm potencial de participar dos jogos de 2016, atletas, treinadores e pessoas da própria administração organização do evento.”

O projeto interdisciplinar conta com um investimento inicial de R$ 4,2 milhões, para a adequação e reforma da infraestrutura física, o oferecimento de avaliação e exames de diagnóstico da saúde do atleta, ações de educação continuada e oferecimento de bolsa de suporte básico para alunos da USP,atletas, ou estagiários nas unidades participantes. Inicialmente, seis Unidadesde Ensino e Pesquisa participarão do programa: a Escola de Educação Física e Esporte, Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Faculdade de Medicina, Faculdade de Ciências Farmacêuticas e a Faculdade de Odontologia.

O projeto contará também com o Centro de Práticas Esportivas (Cepe) e dos Centros de Educação Física, Esporte e Recreação (Cefer). Mas Barbanti ressalta: “O programa é aberto, se uma unidade tiver alguma interação com o esporte e achar que pode contribuir com o programa é muito bem-vinda.”

Barbanti explica que os alunos da USP participantes não precisam ter nível olímpico, sendo selecionados de acordo com seu desempenho em sua modalidade em nível estadual, nacional, ou internacional. Os atletas que não forem alunos da USP não são elegíveis para bolsas, mas podem receber assistência das unidades participantes, e utilizar a infraestrutura da universidade para treinamento, de acordo com a disponibilidade de horários.

Neide Coto, professora da faculdade de Odontologia, explica que o desenvolvimento de estratégias para o tratamento dos atletas é conjunto entre as unidades. Ela ressalta: “para a Faculdade de Odontologia o projeto é muito importante porque nos coloca em uma posição de importância dentro da vida do atleta.” A faculdade, além do tratamento odontológico, confecciona protetores bucais e faciais para os atletas. Neide explica: “ No organismo de um atleta, bactérias circulantes, provenientes de um problema odontológico, podem causar problemas muito sérios como pulmonares, cardíacos, entre outros.”

Não existe uma estimativa de quantos alunos serão beneficiados pelo programa. Barbanti conclui: “Eu gostaria que tivéssemos mais de 100 atletas para dar bolsa a todos, acontece que a USP não tem essa tradição, então não temos tantos atletas assim. Esperamos que com os jogos consigamos descobrir mais indivíduos que possam representar o país nos jogos.”

Fonte: http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2012/09/programa-visa-apoiar-atletas-da-usp-em-competicoes-olimpicas/

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 19 de Setembro de 2012 às 18:04.

Com um projeto inicial de R$ 4,2 milhões, sem qualquer tradição no ramo, e ainda torcendo para que uma centena de bravos heróis se apresentem, parece-me que a festa já começou pela disputa do bolo maior. E é assim em todo o País, pelo menos antecedendo as eleições municipais. Ou seria para desviar a atenção dos julgamentos do mensalão e do cachoeira?

Afinal, que país é este?   

Por Edison Yamazaki
em 19 de Setembro de 2012 às 22:55.

Acredito que tudo isso seja bem intencionado, e espero que dê certo. Mas acho que está fora de época. Devem até existir atletas com grande potêncial para representar o Brasil, mas o tempo é curto para um bom trabalho. Talvez essa verba fosse melhor aproveitada de outra maneira. Mas enfim..

Agora, o que precisa ser feito é divulgar tudo isso para que possívels potenciais atletas sejam descobertos e recebem algum tipo de auxílio. Tomara que um dia, o Brasil entenda que investir em educação, e principalmente no esporte, precisa ser feito com planejamento.

Se as Olimpíadas não fossem realizadas no Brasil a verba e as oportunidades viriam? Se a resposta for sim, então estamos no caminho certo.


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