preocupação do mundo esportivo moderno é uma vertente poderosa que corrompe o lado positivo das pesquisas genéticas desenvolvidas, ainda em estado experimental, para corrigir doenças graves como a atrofia muscular ou doenças ligadas aos músculos do coração.
Exatamente nessa área (da Distrofia Muscular e a do coração), pesquisas com células-tronco especiais, é que mora o perigo. Cientistas éticos que povoam boa parte do Planeta, descobriram uma bomba relógio genética prestes a explodir no primeiro grande evento esportivo, após 2014, tempo esse esperado para a evolução dos estudos nessa área perigosa. Exatamente as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro.
Esse alerta já havia sido efetuado em 2005, no Segundo Simpósio da Agência Mundial Antidopagem (AMA), no Karolinska Institutet, em Estocolmo, levantado por dois grandes pesquisadores científicos. Arne Ljungqvist, Diretor do Comitê de Saúde, medicina e pesquisa, e Theodoro (Ted ) Friedmann, Chefe do Painel sobre Dopagem Genética.
MAS REALMENTE O QUE É A DOPAGEM GENÉTICA? Tudo começou nos grandes laboratórios de pesquisas:
Foram experiências com animais em laboratório, o começo dessa viabilidade que espanta, hoje, o mundo esportivo ético. Uma das experiências que pode ser transferidas aos seres humanos, por exemplo é a que é injetada nos músculos um vírus "inofensivo", com um gene estimulante do crescimento muscular, esse ganha mais tonicidade e força.Mas, até então, tal experiência franksteniana havia ficado lá, na solidão dos laboratórios genéticos.
Porém, com toda a imprensa mundial pasma, pela primeira vez, os jornalistas viram um resultado real dessa experiência. Injetadando esses virus em camundongos de laboratório - na primeira experiência genética do gênero - os bichinhos se transformaram em grandes maratonistas e ficaram conhecidos como "Camundongos Schwarzenegger".
Mas esse grande problema vai além das provas anti-drogas dos comitês olimpicos. Além de fortalecer um possível atleta que ouse ser injetado com o virus "inofensivo" ele também não perderá o ânimo, mesmo quando inativo ou em dietas ricas em gordura, isto é, no caso dos camundongos e pela mesma engenharia genética, a injeção também evitou que os roedores modificados ficassem obesos.
Segundo as conclusões iniciais divulgados em 2008, "ratos sedentários ao tomarem GW1516 e a AICAR (ainda em fase de investigação, lembre-se) durante quatro semanas queimaram mais calorias e ficaram com menos gordura do que outros não tratados. Quando testados em moinhos de roda, (foto acima) correram mais (44%) e durante mais tempo (23%) do que os não tratados".
Porém, ainda estão em aberto essas aplicações em humanos. Todavia, há quem afirme que essa nova arma de dopagem deverá ser usada nas Olimpíadas do Rio, em 2016, quando os estudos já estarão bem adiantados com relação à aplicação em atletas. Cientistas éticos, no entanto, discutem uma questão: saber como é que estes resultados se poderão traduzir nos humanos, mesmo sabendo que esse farmaco, um dia, poderá ajudar diretamente na saúde de pessoas com Distrofia Muscular ou coração combalido ou mesmo pessoas com obesidade, diabetes, claro, essas, impedidas de praticar exercício físico por recomendação médica. Mas Ron Evans, (foto) defensor da droga genética, costuma afirmar em suas palestras e entrevistas: "Temos exercício em comprimidos. Poderemos obter os resultados químicos dos exercícios físicos sem ser preciso praticá-los". O mais empolgado com esse estudo é o cientista Ron Evans. é do Instituto Salk para Estudos Biológicos e do Instituto Médico Howard Hughes.
A REAÇÃO PÚBLICA NO MUNDO
De acordo com texto da revista VEJA publicado em 14 de dezembro de 2005, os estudos de Evans têm como objetivo original a pesquisa médica, onde é buscada a perda de massa muscular em pessoas idosas.
O mesmo texto, no entanto, alerta: "(...) sua aplicação para o esporte é óbvia. Se já é cada vez mais difícil identificar o uso de substâncias proibidas por atletas de alto desempenho, as coisas ficarão ainda mais complicadas à medida que evoluírem as pesquisas sobre alteração dos genes humanos. Já existe até um nome para definir uma nova modalidade de turbinamento de esportistas: doping genético".
É obvio que essas alterações no interior das células dos competidores, seria possível, em tese, a fim de que fossem produzidos os superatletas, mais fortes, mais velozes e mais resistentes.
A revista completa: "Como o processo envolve os mecanismos naturais do organismo, essas mudanças não seriam detectáveis pelos exames até agora utilizados. O conhecimento científico necessário para realizar esses procedimentos já existe e a questão preocupa as autoridades esportivas."
DOPING GENÉTICO: SÉRIOS RISCOS PARA A OLIMPÍADA DE 2016, NO RIO DE JANEIRO
Há um entrevista bem recente publicada na Folha de São Paulo, comandada por Ricardo Mioto com Mark Frankel, bioeticista da Associação Americana para o Avanço da Ciência, onde o entrevistado afirma que o doping genético virá junto com as Olimpíadas e esses jogos podem ser marcados por essa fraude. Segundo Mark Frankel, hoje atletas já vão até cientistas em busca de novas técnicas, ainda muito experimentais e que trazem riscos à saúde.
Abaixo, partes da entrevista:
FOLHA - O doping do futuro é genético?
MARK FRANKEL - Sim. Nós sabemos agora que existem genes com impacto na velocidade, nos músculos, na resistência. Acho que, nos próximos anos, vamos saber cada vez mais sobre eles e sobre outros genes. Mas ainda temos muito a aprender sobre o que os genes controlam no corpo humano. Além disso, existem outros fatores que importam no desempenho de um atleta, como o tipo de vida que ele tem, o seu treinamento. Mas a comunidade olímpica precisa estar preparada para o próximo grande passo do doping, que envolve os genes. Até onde sabemos, o doping genético ainda não aconteceu, mas vai. É inevitável.
FOLHA - Mas quão perto está de acontecer? Como o senhor imagina que será, por exemplo, a Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro, com relação a esse assunto?
FRANKEL - É muito difícil dizer quando vai acontecer, mas a ciência caminha muito rápido. E, conforme a geneterapia vai se desenvolvendo, e estamos tendo cada vez mais sucesso com ela, as chances de que atletas e seus técnicos a queiram utilizar como doping vão crescendo. Toda forma de geneterapia no mundo ainda está em testes clínicos. Você não pode ir a um médico e pedir o tratamento. Mas acho que muita coisa vai estar pronta para ser utilizada no Brasil, talvez até em Londres [em 2012]. Eu ficaria muito surpreso se não acontecesse uma intensa movimentação em torno do doping genético na Olimpíada do Brasil.
FOLHA - Mas a geneterapia ainda parecer estar envolta em riscos.
FRANKEL - Sim. E, além dos muitos riscos que nós já sabemos que existem, devem existir vários dos quais não temos ideia ainda. A medicina está tentando utilizar essas terapias para curar doenças, mas no processo elas levam os pacientes a problemas muito sérios, como a leucemia. Temos de ter cuidado com o que nós inserimos nos genes. Mas estamos fazendo mais e mais progresso com a geneterapia e, assim, mais e mais atletas e técnicos vão se interessando por isso, porque eles estão sempre procurando uma maneira nova de melhorar o seu desempenho.
FOLHA - Já existe algum tipo de assédio aos cientistas por parte de atléticas e técnicos em busca de doping genético?
FRANKEL - Sim. Deixe-me contar uma pequena história. Há um pesquisador na Universidade da Pensilvânia que, alguns anos atrás, estava fazendo pesquisas com camundongos. O esforço dele era para aprender a aumentar a massa muscular dos bichos de maneira segura, para poder utilizar isso, um dia, em idosos humanos. Ele, então, publicou a pesquisa e ela apareceu em jornais. Poucos dias depois, ele recebeu ligações de atletas e técnicos querendo informações, querendo saber se aquilo estava disponível para eles usarem. Ele disse "não, eu trabalho com camundongos! Não está pronto para seres humanos". Então perguntaram a ele quando estaria pronto, e ele disse que demoraria, porque primeiro teria de passar por testes clínicos para saber se seria seguro. Então ele escutou: "Mas tem como alguns dos meus atletas participarem desses testes?". Mas atletas não são pessoas doentes, são saudáveis! E existem vários outros exemplos de casos assim.
FOLHA - Eles não se importam muito com os riscos, então.
FRANKEL - Frequentemente não. Atletas e técnicos são muito competitivos, querem ganhar, e por isso aceitam riscos desconhecidos que o resto das pessoas evita. O nosso medo é que eles tentem utilizar algo e acabem se machucando de maneira muito séria assim. E eles têm de pensar que esse tipo de manipulação nos genes pode até afetar a próxima geração, os seus filhos. O doping genético tem efeitos a longo prazo que nenhum doping atual tem. Eu acho que podemos convencer a maioria dos atletas de que não vale a pena. Veja a quantidade de atletas que ganham medalhas, sobre os quais os testes nunca indicaram que estivessem usando substâncias ilegais. Não é fácil para um atleta enganar o sistema, nós os testamos muito, embora muitos tentem e alguns consigam. No final, algum sempre tentará passar por cima das regras.
FOLHA - Se os atletas quisessem, teriam acesso hoje a esse doping?
FRANKEL - Você poderia entrar na internet agora e comprar tudo de que você necessita para fazer geneterapia. É onde as universidades compram. Não é como esteroides, que são ilegais em muitos lugares. O material utilizado para geneterapia não é restrito. Não sabemos de ninguém que tenha tentado, mas existem pouquíssimos obstáculos para tentar, especialmente se você não se importa com os efeitos colaterais.
E OS HOMENS DA AGÊNCIA MUNDIAL ANTIDOPING (AMA)?Fala o ex-presidente Dick Pound, em entrevista datada de 20 de setembro de 2006 (Veja):
"Só um cego não vê que a próxima geração do doping será genética", disse o canadense Dick Pound (ex-presidente da agência)
Dick Pound (foto) – O doping genético é uma possibilidade concreta. Provavelmente, dentro de poucos anos ele será usado. Mas a diferença em relação ao doping tradicional, se é que posso chamá-lo assim, é que a agência não está esperando que ele se torne problema antes de procurar uma solução. Da década de 1960 à de 1990, o movimento esportivo deixou o doping tradicional fugir do controle. Agora, começamos quatro anos atrás a nos encontrar com os principais geneticistas do mundo. Acho que teremos um teste simples disponível na época em que começarem a usar o doping genético. Chegaremos na frente.
Na verdade, o doping genético é um dos maiores desafios do combate à dopagem. O conceito surgiu formalmente em 2003, na lista adoptada pela Agência Mundial Antidopagem e assume-se como umas das prioridades para os novos tempos.
Tempos novos esses que coincidirão com o amadurecimento e uso dessas substâncias possivelmente nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. A comunidade científica que estuda a dopagem no esporte, com ética e responsabilidade, sabe disso.
Em documentário sobre oassunto levado ao ar na TV à Cabo, na sexta-feira (17/06/2011), vários cientistas entrevistados mostraram grande preocupação exatamente com a evolução dessa droga até as Olimpíadas de 2016, no Rio.
O ATLETA IMPLODE ?"Imagine que um atleta, sob o efeito do iRNA, tenha conseguido um grau de hipertrofia acima do limite máximo determinado por sua genética natural. A resistência das articulações, tendões e inserções dos tendões nos ossos não evoluem em paralelo e a maior geração de força/potência promovida pelo “ganho extra” de massa muscular poderia, quem sabe, resultar em lesão e rompimento das estruturas anatômicas."
A OPINIÃO DE UM BRASILEIRO, ESPECIALISTA NO ASSUNTO Ilustração: unicamp (SP)
Trata-se de Rodrigo Dias, educador físico graduado pela FEF e doutor em Biologia Funcional e Molecular pelo IB da Unicamp. Sua pesquisa de doutorado, envolvendo genética e exercício físico, foi desenvolvida conjuntamente com o Instituto do Coração (Incor) da USP, onde permanece como pesquisador.
Ele diz em entrevista ao site da unicamp (SP):
P – Até 2016 nosso país terá tempo para fazer investimentos pesados (ou muito superiores aos atuais) e formar toda uma geração de atletas de alto desempenho. É real risco de que atletas e treinadores apelem para o doping genético?
R – Provavelmente, até lá, o país evoluirá bastante em termos de investimentos para a preparação e “edificação” de atletas. Apenas emitindo um comentário com base no histórico do mundo de esporte de alto rendimento (sem julgamentos e ofensas a quaisquer atletas, técnicos, dirigentes ou federações), existe sim a possibilidade de que alguns se vislumbrem com a tecnologia e, conseqüentemente, se apresentem como potenciais voluntários a serem submetidos ao doping genético.
No entanto, essas pessoas têm pouquíssima noção da estrutura laboratorial necessária para a introdução, de forma segura, de um gene artificial no organismo. Sem falar na segurança referente à utilização do método em atletas – ou seja, nenhuma! Até o momento não temos na literatura científica, e muito provavelmente nunca irá existir, nenhum artigo demonstrando que o uso da terapia gênica para fins de amplificação da performance física humana é segura e, além disso, que produz o resultado desejado em atletas de alto rendimento.
P – Na entrevista que nos deu em 2008, o senhor mencionou a droga MYO-029. O seu uso caracteriza um doping genético? Fisicamente, quais são os riscos que os atletas correriam?
R – De uma forma bastante simplificada, MYO-029 é uma droga que inibe a ação de uma proteína conhecida como miostatina. A miostatina é naturalmente produzida no nosso organismo a partir do código do gene GDF-8 e esta proteína tem a função de regular, negativamente, o processo de hipertrofia muscular. O MYO-029 vem sendo testado, por exemplo, em portadores de distrofia muscular, com o intuito de minimizar a perda da massa muscular, efeito este causado pela doença.
O uso desta droga por atletas caracterizaria um doping convencional, pelo fato da droga não atuar em nível genético. No entanto, já é possível sintetizar em laboratório uma pequena molécula conhecida como RNA de interferência (iRNA). O iRNA impede que o código do gene GDF-8, trazido pela molécula de RNA, seja lido e, conseqüentemente, que a proteína miostatina seja sintetizada. Apesar de neste caso nenhum gene artificial estar sendo introduzido no organismo do atleta, o método que utiliza o iRNA caracteriza um doping genético por interferir em processos de transcrição/tradução gênica.
Imagine que um atleta, sob o efeito do iRNA, tenha conseguido um grau de hipertrofia acima do limite máximo determinado por sua genética natural. A resistência das articulações, tendões e inserções dos tendões nos ossos não evoluem em paralelo e a maior geração de força/potência promovida pelo “ganho extra” de massa muscular poderia, quem sabe, resultar em lesão e rompimento das estruturas anatômicas citadas acima.
P – Até a Olimpíada do Rio de Janeiro, a Wada já teria meios de detectar o doping genético?
R – A ciência é dinâmica e está em constante evolução. Há alguns anos não se conhecia métodos que poderiam identificar o uso do doping genético, a não ser em amostras de biópsia muscular. Recentemente, um grupo de pesquisadores alemães demonstrou que é possível, a partir de amostras de sangue, identificar a transferência de genes artificiais para a musculatura esquelética. No entanto, até o momento, nenhum desses testes foram implementados pela Wada. Muito provavelmente, isso acontecerá em breve.
A área de controle de doping do COB publica regularmente uma cartilha com dados e orientações a atletas - e a toda Comunidade Olímpica - sobre o uso de medicamentos no esporte. Sua versão de 2010, a nona edição (para ler seu conteúdo na íntegra, clique no link abaixo) oferece a lista de substâncias e métodos proibidos pela Agência Mundial Antidoping, entre outras informações importantes.
Veja a lista publicada em 2010:
M3. DOPING GENÉTICO
Os seguintes, com o potencial de melhorar o desempenho atlético, são proibidos:
1. A transferência de ácidos nuclêicos ou sequências de ácidos nuclêicos;
2. O uso de células normais ou geneticamente modificadas;
3. O uso de agentes que, direta ou indiretamente, afetam funções que sabidamente podem
influenciar o desempenho, alterando a expressão gênica. Por exemplo, Agonistas do Receptor
Ativado de Proliferação Peroxisomal δ (PPARδ) (ex.: GW 1516) e agonistas do eixo proteína
quinase PPARδ-AMP-ativada (AMPK) (ex.: AICAR) são proibidos.
Substâncias e métodos proibidos em competição
Além das categorias S1 a S5 e M1 a M3 definidas anteriormente, as seguintes categorias são proibidas em competição:
SUBSTÂNCIAS PROIBIDAS
S6. ESTIMULANTES
Todos os estimulantes (incluindo seus dois isômeros quando relevantes) são proibidos, exceto derivados de imidazol para uso tópico e aqueles estimulantes incluídos no programa de monitoramento de 2011*.
Estimulantes incluem:
a: Estimulantes não especificados:
Adrafinil; amifenazola; anfepramona; anfetamina; anfetaminil; benfluorex; benzfetamina;
benzilpiperazina; bromantano; clobenzorex; cocaína; cropropamida; crotetamida;
dimetilanfetamina; etilanfetamina; famprofazona; femproporex; fencamina; fendimetrazina;
fenetilina; fenfluramina; 4-fenil-piracetam (carfedom); fenmetrazina; fentermina;
furfenorex; mefenorex; mefentermina; mesocarbo; metanfetamina (d-); p-metilanfetamina;
metilenodioxianfetamina; metilenodioximetanfetamina; modafinil; norfenfluramina;
prenilamina; prolintano.
Um estimulante não citado expressamente nesta seção é uma Substância Especificada.
6 | A LISTA PROIBIDA DE 2011 (Código Mundial Antidoping).
b: Estimulantes especificados (exemplos):
Adrenalina**; catina***; efedrina****; estricnina; etamivan; etilefrina; fenbutrazato;
fencanfamina; fenprometamina; heptaminol; isometepteno; levmetanfetamina; meclofenoxato;
metilefedrina****; metilhexanoamina (dimetilpentilamina); metilfenidato; niquetamida;
norfenefrina; octopamina; oxilofrina; parahidroxianfetamina; pemolina; pentetrazol;
propilexedrina; pseudoefedrina*****; selegilina; sibutramina; tuaminoheptano e outras
substâncias com estrutura química similar ou efeito(s) biológico(s) similar(es).
*As seguintes substâncias, incluídas no programa de monitoramento de 2011 (bupropiona, cafeína, fenilefrina, fenilpropanolamina, pipradol, sinefrina) não são consideradas Substâncias Proibidas.
** Adrenalina associada com agentes anestésicos locais ou por administração local (ex.: nasal, oftalmológica) não é proibida.
*** Catina é proibida quando sua concentração na urina for maior do que 5 microgramas por mililitro.
**** Tanto a efedrina como a metilefedrina são proibidas quando sua concentração na urina for maior do que 10 microgramas por mililitro.
***** Pseudoefedrina é proibida quando sua concentração na urina for maior do que 150 microgramas por mililitro.
S7. NARCÓTICOS
Os seguintes narcóticos são proibidos:
Buprenorfina, dextromoramida, diamorfina (heroína), fentanil e seus derivados,
hidromorfona, metadona, morfina, oxicodona, oximorfona, pentazocina e petidina.
S8. CANABINÓIDES
Natural (ex.: cannabis, haxixe, maconha) ou delta 9-tetrahidrocanabinol (THC) sintético e canabimiméticos [ex.: “Spice” (contendo JWH018, JWH073), HU-210] são proibidos.
S9. GLICOCORTICOSTERÓIDES
Todos os glicocorticosteróides são proibidos quando administrados por via oral, retal,
intramuscular ou intravenosa.
Substâncias proibidas em esportes específicos
P1. ÁLCOOL
Álcool (etanol) é proibido somente Em Competição, nos esportes abaixo relacionados. A detecção será feita por análise respiratória e/ou pelo sangue. O limite permitido (em valores hematológicos) é de 0,10 g / L.
Clique aqui para ver o Relatório de Controle Antidoping no Brasil em 2004 da Comissão Nacional de Combate ao Doping do Ministério do Esporte. http://www.adobe.com/products/acrobat/main.html
OUTRAS OPINIÕESO professor e imortal do IHGM, Leopoldo Vaz, em sua coluna em O Estado do Maranhão, revela um artigo e uma opinião do brasileiro RODRIGO GONÇALVES DIAS, doutor em biologia funcional e molecular pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador da área de genômica funcional do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, sobre o Doping Genético.
No artigo ANTIDOPING GENÉTICO, ele escreve:
"O que é a realidade e o que são especulações hoje? Genes com potencial em amplificar o desempenho já são conhecidos. Os métodos para a transferência e o bloqueio de genes já estão disponíveis e existem inúmeros laboratórios no mundo com biotecnologia suficiente para a aplicação da técnica. Mas uma grande parcela dos excitantes resultados vem de estudos com animais de laboratório. Esses resultados não são totalmente transferíveis para humanos. A ânsia pelo lugar mais alto do pódio não leva em consideração as evidências científicas, ou melhor, nesse caso, a falta de evidências científicas. Muito menos existe a preocupação com as possíveis conseqüências irreversíveis de um doping genético malsucedido. A ciência debruça sobre o aperfeiçoamento dos métodos de terapia gênica para fins terapêuticos, mas infelizmente precisa gastar parte de seu precioso tempo para combater o seu mau uso.".
Na transcrição do artigo de Gonçalves Dias, o professor Leopoldo também divulga o link para ler o artigo completo: http://migre.me/54U41
Leiam, dirvirtam-se e tirem suas próprias conclusões.
-----------------------------------------------------------------------------
(*) Mhario Lincoln do Brasil é jornalista e Diretor-Geral do Portal Aqui Brasil. (www.portalaquibrasil.com).
A reprodução é permitida desde que citadas a fonte e os autores.
Comentários
Por
András Vörös
em 19 de Junho de 2011 às 20:11.
Caros Amigos:
não consigo entender a preocupação com o dopping, com a Moral ou a Ética nos Esportes !!!!!
Há muito que tudo isso foi perdido !!!!
São falácias, pois apenas o ganho econômico é o que importa !!!! esses atletas são apenas peões no tabuleiro !!!!
Competição limpa ? já era !!!! porque gastar milhões de dólares nos testes anti-dopping? se esse recurso poderia ser direcionado para acabar com a fome no mundo?
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.