Cevnautas, imagino que os treinadores ainda utilizem a aplicação de sociograma para organizar as equipes. Ser ou não religioso pode ajudar a escalar os "carregadores de piano". Laercio
Pessoas religiosas agem por compaixão menos que ateus e agnósticos
Por Cesar Grossmann em 21.01.2013 as 13:09
Quando se trata de ajudar o próximo, ateus e agnósticos são mais propensos a agir por compaixão do que pessoas religiosas. Pelo menos foi o que um novo estudo descobriu.
Os resultados não querem dizer que pessoas que são altamente religiosas não fazem doações ou não ajudam, mas sim que a caridade é movida por outras coisas, que não a compaixão.
Segundo Robb Willer, coautor do trabalho e psicólogo social da Universidade da Califórnia, Berkeley (EUA), o estudo descobriu “que para pessoas menos religiosas, a força de suas conexões emocionais a outras pessoas é crítica para determinar se elas vão ajudar esta pessoa ou não. As pessoas mais religiosas, por outro lado, baseiam sua generosidade menos na emoção, e mais em outros fatores, como doutrina, identidade comunal, ou preocupações com a reputação”.
O interesse nesta questão partiu de Laura Saslow, uma das coautoras e atualmente estudante de pós-doutorado na Universidade da Califórnia, São Francisco. Um amigo não religioso se lamentou ter doado dinheiro para a recuperação do terremoto no Haiti somente depois de ver um vídeo emocionante de uma mulher sendo retirada dos escombros, e não por uma compreensão lógica de que a ajuda era necessária.
A experiência de ateus sendo influenciados por emoções para mostrar generosidade para estrangeiros fora então replicada em três grandes estudos sistemáticos.
No primeiro, Saslow e colegas analisaram dados de uma pesquisa nacional que consultou mais de 1.300 adultos em 2004. Nesta pesquisa, atitudes de compaixão foram ligadas a comportamentos generosos, e se descobriu que esta ligação era mais forte entre ateus e pessoas com religiosidade fraca do que entre as que eram bem religiosas.
No segundo experimento, 101 adultos viram um vídeo neutro ou emocional sobre crianças pobres. Elas receberam então 10 dólares falsos e lhes disseram que poderiam dar quanto quisessem para um estranho. Os menos religiosos eram os que davam mais depois de ter visto primeiro o vídeo emocional.
Finalmente, 200 estudantes relataram seu nível atual de compaixão e então jogaram jogos econômicos em que eles recebiam dinheiro para compartilhar ou não com um estrangeiro. Os que eram menos religiosos, mas estavam passando por um momento de compaixão dividiram mais.
Para entender os fatores que motivam a generosidade nas pessoas religiosas são necessários mais estudos. Porém, a pesquisa recente mostra claramente que a compaixão e empatia não são os únicos fatores.
Willer resume as descobertas em uma frase: “A pesquisa sugere que, apesar de pessoas menos religiosas tenderem a ser vistas com mais desconfiança nos EUA, quando elas sentem compaixão, são muito mais inclinadas a ajudar seus semelhantes do que pessoas religiosas”. [Huffington Post]
O artigo original, que deu origem ao post da Huffington
My Brother’s Keeper? Compassion Predicts Generosity More Among Less Religious Individuals
Laura R. Saslow1⇓, Robb Willer2⇓, Matthew Feinberg2, Paul K. Piff2, Katharine Clark3 Dacher Keltner2 Sarina R. Saturn4
1University of California, San Francisco, CA, USA 2University of California, Berkeley, CA, USA 3University of Colorado, Boulder
4Oregon State University, Corvallis, OR, USA
Laura R. Saslow, Osher Center, University of California, 1545 Divisadero, 4th Floor, San Francisco, CA 94115, USA Email: laura.saslow@gmail.com or SaslowL@ocim.ucsf.edu
Robb Willer, Department of Sociology, University of California, 466 Barrows Hall, Berkeley, CA 94720, USA Email: willer@berkeley.edu
Abstract
Past research argues that religious commitments shape individuals’ prosocial sentiments, including their generosity and solidarity. But what drives the prosociality of less religious people? Three studies tested the hypothesis that, with fewer religious expectations of prosociality, less religious individuals’ levels of compassion will play a larger role in their prosocial tendencies. In Study 1, religiosity moderated the relationship between trait compassion and prosocial behavior such that compassion was more critical to the generosity of less religious people. In Study 2, a compassion induction increased generosity among less religious individuals but not among more religious individuals. In Study 3, state feelings of compassion predicted increased generosity across a variety of economic tasks for less religious individuals but not among more religious individuals. These results suggest that the prosociality of less religious individuals is driven to a greater extent by levels of compassion than is the prosociality of the more religious.
http://spp.sagepub.com/content/4/1/31.abstract
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