Supondo a Universidade como o centro maior de debates sobre temas universais, especialmente aqueles ligados à ciência e à filosofia, esta será uma comunidade ardente. Longa vida!

Comentários

Por Margareth Anderáos
em 4 de Março de 2014 às 19:06.

Quero iniciar meu comentário relatando a importância que a FEF teve em minha vida profissional. Ali convivi com muitos professores que faziam parte do meu repertório de leituras como Joao Freire, Lino Castelani, João Tojal, Wagner Wey Moreira, Marcelino, Wilma e outros tantos... muitas ótimas aulas.....muitas discussões, seminários. Ali vivi minha grande mudança tanto de vida pessoal quanto profissional. Sou grata a todos por esse tempo riquíssimo que infelizmente não volta mas me joga para outras paragens. Tenho orgulho de ter feito ali meu mestrado e doutorado. Aprendi bastante. Um beijo grande no coração de todos que me ajudaram a mudar!

Por Clayton Silva
em 28 de Fevereiro de 2014 às 20:25.

Caro Profº João, tudo bem!

Quero iniciar minha conversa falando sobre injustiça. Acho que uma das maiores injustiças, no âmbito acadêmico, é não dar o devido crédito a quem merece ou falar mal da obra ou história do mesmo sem se aprofundar bem no assunto para poder, ao menos, expressar um comentário. Falo de um dos maiores gênios da humanidade (creio que, se bem entendido em sua teoria, seja maior que Freud, Piaget, Vigotski, Wallon todos juntos), muito criticado, pouco conhecido e extremamente injustiçado. Bhurrus Frederic Skinner. Este cara desenvolveu uma obra extremamente importante, fértil, útil, esclarecedora de muitas coisas, tanto da vida cotidiana quanto - principalmente - educacional. Porém, ele foi muito pouco compreendido, não sei se por preconceito ou ignorância, foi praticamente jogado as traças e ignorado, tendo sua obra reduzida ao ' dar um elogio', 'adestramento', etc., o que não reflete nem explica meio por cento do que ele elaborou e tentou mostrar para a humanidade. Um abraço Profº, espero que possa dar seu comentário.

Por Rogério Dilon da Silva Velinho
em 28 de Fevereiro de 2014 às 21:51.

Prezados Amigos deste novo Grupo, Vida longa é pouco para esta brava gente que fez e faz da FEF Unicamp algo diferenciado na formação de milhares de pessoas que por lá passaram, seja como docente, estudante,funcionários, comunidade, e tudo mais.

Com certeza minha vida foi outra após ter convivido com pessoas como professor Laércio ( homem a frente de seu tempo) que estava a frente da criação do CEV quando a Internet era algo de outro planeta para muitos ( lembro-me de ir a sala de informatica com os disquetões aprender a mexer nisso, era muito medo...) Joãozinho, na qual tive prazer de conviver em seu estudo como monitor. Estudo este que mudou a pedagogia do futebol; Heloisa Reis que me mostrou a magia do Futebol Feminino, quando instituimos o futebol feminino a todas as mulheres estudantes da Unicamp ( era bonito ver todas as quadras lotadas de mulheres jogando futsal no interva-lo), Marcellino,Bramante, Helo, Pessoal da Biblioteca, secretaria, extensão...entre tantos outros amigos que deixaram marcas na minha formação como homem e profisisonal. Aos quais agradeço de coração e alma.

Assim, espero que este espaço seja um reencontro de amigos cujo debate seja para crescimento pessoal e coletivo desta comunidade.

Um beijo a todos e Bom carnaval. 

Rogério Velinho ( Catatau)

Por João Batista Freire
em 4 de Março de 2014 às 09:50.

Clayton:

Sobre Skinner, pouco posso opinar. Tive que estudá-lo, claro, por questões até de obrigatoriedade acadêmica. Mas não possuo conhecimentos suficientes para aprofundar um debate sobre sua obra. O pouco que sei diz que segue uma linha orientada por uma ideologia que o faz bem diferente de outros autores como Piaget e Wallon. Veja que, para Skinner, todos podemos aprender tudo, dado que nascemos zerados de conhecimento, Isso é alentador e democrático. Porém, para Piaget e Wallon também, embora, para eles, há algo ao nascimento, no mínimo, o conhecimento de saber aprender. Para os inatistas, no entanto, nada poderemos aprender, apenas revelar e atualizar no tempo social que cada um de nós vive.Tenho por mim que a teoria de Skinner suscitou a possibilidade de, uma vez que o conhecimento seria uma resposta aos estímulos externos, definir a partir de fora (escola e outras instituições), aquilo que a pessoa deve ser.

Um abraço. João

Por Clayton Silva
em 7 de Março de 2014 às 20:23.

Caro Profº João,

Entendo o que o senhor disse mas, veja bem, quando Skinner coloca que a nossa vontade é definida por estímulos externos e, com isso, definindo aquilo somos, ele não está errado. Olha, ele diz que, no mundo, tudo gira em torno de estímulos reforçadores e punidores, e que a nossa vontade nada mais é do que fruto da nossa história de reforçamentos e punições que aumentam ou reduzem a probabilidade de determinados comportamentos voltarem a ocorrer. É só olharmos as diferentes culturas, os hábitos, todos construídos com base em comportamentos diferentes reforçados, caracterizando aquela comunidade. Esses estímulos estão aí, queiramos ou não, e somos sim definidos por eles. Você pode querer manipular os estímulos ou não, porém, mesmo que diga não, estará oferecendo estímulos que, mesmo não intencionalmente, vai moldar a voltade e personalidade daqueles que o cercam. Um abraço professor, te adimiro muito, adoro seus livros e obrigado pelo respeito por ter me respondido. Obrigado.

Por João Batista Freire
em 10 de Março de 2014 às 09:39.

Clayton: todos os grandes autores têm argumentos poderosos para defender suas teses. Não são pessoas despreparadas. De maneira geral, adotamos as ideias deste ou daquele autor movidos por nossas ideologias e até por nossos sentimentos mais secretos. O fato é que, eventualmente, alguma teoria justifica nossas crenças e a adotamos. Difícil será criticá-la a partir disso, difícil será deixá-la. O que Skinner diz não é verdade, até porque um grande cientista não afirma verdades, apenas faz suposições. A ciência não existe para afirmar verdades, mas para afirmar possibilidades. O território da ciência não é a fé, é a dúvida. Para a fé já temos a religião. Eu, por exemplo, acredito que cada um de nós nasce com diferenças inconfundíveis com todas as demais pessoas do mundo, e essas diferenças só tendem a aumentar, embora guardemos, também, inúmeras semelhanças. Por mais diferentes que sejamos, continuaremos a ser humanos como todos os demais de nossa raça. E aquilo que somos produzirá, em contato com o mundo, algo novo, original. Julgo que o bom rumo da educação é fazer com que cada pessoa seja cada vez mais diferente das demais pessoas. E julgo que uma democracia se constrói e se enriquece com a relação entre diferenças.

Por Clayton Silva
em 10 de Março de 2014 às 18:34.

Profº João

Entendo o que o senhor diz com certeza, mas, esses diferentes que se relacionam, construindo uma democracia ou não, possuem suas idiossincrasias próprias, independentemente de tudo isso, como resultado da história de reforçamento da sua vida individual, que vai, obviamente, fazê-lo único. Sei que é difícil entender mas, as colocações dele não são fruto de pensamentos subjetivos como religião ou outras do gênero, e sim, num estudo objetivo e bem alicerçado. A ciência, independente do que pensam, evoluiu no conhecimento, quer queiram ou não, já a Filosofia fica girando em torno do mesmo assunto e não sai do lugar, aja vista que os maiores ainda são (mesmo que existam ótimos filósofos hoje em dia) os mesmos de um passado remoto. Mesmo tendo essa visão psidológica diferente professor, te respeito, te adimiro e te agradeço por tudo que fez e faz pela nossa área. Um abraço.


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