Cevnautas da fisiologia,
O Portal Saude da Editora Abril está criando uma cultura que ainda não é costume em outros portais da área: Dá detalhes da fonte. Colei o resumo do trabalho original no fim da nota. Laercio
Saúde
09/05/2014 - 17:35
Começar a se exercitar depois dos 40 anos não é tarde demais, diz estudo
Pesquisadores compararam a função cardíaca de homens que iniciaram a prática de exercícios antes dos 30 e depois dos 40 anos — e constataram resultados praticamente idênticos
Os benefícios da atividade física de alta intensidade independe de quando a prática se iniciou (Thinkstock)
Um estudo apresentado nesta sexta-feira no Congresso EuroPRevent 2014, na Holanda, apontou que começar a fazer exercícios intensos antes dos 30 ou depois dos 40 anos oferece os mesmos efeitos positivos ao coração. Com isso, os pesquisadores concluíram que iniciar a prática de atividade física após os 40 anos não é tarde demais para beneficiar a saúde cardíaca.
O estudo contou com a participação de 40 homens saudáveis (que não apresentavam riscos cardiovasculares) com idades entre 55 e 70 anos. Os participantes foram divididos de acordo com a quantidade de exercício que realizavam e a idade em que deixaram o sedentarismo. Dez voluntários nunca tinham se exercitado por mais de duas horas por semana em toda a vida e trinta se exercitavam por pelo menos 7 horas semanais por cinco anos seguidos. Dos participantes fisicamente ativos, dezesseis iniciaram na atividade física antes dos 30 anos e catorze depois dos 40. As modalidades escolhidas eram, sobretudo, ciclismo ou corrida.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Cardiac benefits of endurance training: 40 years old is not too late to start
Onde foi divulgada: Congresso EuroPRevent 2014, na Holanda.
Quem fez: D Matelot, F Schnell, C Ridard, G Kervio, N Ville e F Carre.
Instituição: Universidade de Renees, na França
Resultado: Segundo cientistas, começar a realizar exercícios intensos aos 30 ou 40 anos oferece os mesmos benefícios ao coração.
Fonte com fotos e links: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/comecar-a-se-exercitar-depois-dos-40-anos-nao-e-tarde-demais-diz-estudo
Resumo do trabalho:
Cardiac benefits of endurance training: 40 years old is not too late to start
Authors: D Matelot1, F Schnell1, C Ridard2, G Kervio3, N Ville3, F Carre1, 1Inserm U1099 - Rennes - France, 2University Hospital of Rennes - Hospital Pontchaillou - Rennes - France, 3Inserm, CIC-IT 804 - Rennes - France,
Topic(s): Exercise/ Exercise training (Sports Cardiology)
Citation: Purpose. To evaluate if the age at which endurance training has been started alters cardiovascular parameters in healthy senior men (HSM).
Methods. We compared 40 HSM (55-70 years old) without known cardiovascular risk factor: 10 have never practiced for more than 2 hours of training per week during their lives (NT), 30 trained >5 hours a week since >5 years in cycling or running and have started before 30 (T30, n=16) or after 40 years old (T40, n=14). Maximal exercise test, echocardiography at rest and during submaximal exercise, and heart rate (HR) variability analysis during 5 min supine were performed.
Results. T30 and T40 have been training continuously during 40.8±5.0 and 18.2±6.1 years (p<0.001), since the age of 22.1±5.4 and 47.9±7.3 years old (p<0.001), respectively. Resting HR (58.1±10 bpm for T30, 60.6±6.9 bpm for T40, and 69.7±9.3 bpm for NT) only differed between NT and both trained groups (p<0.05). Maximal oxygen uptake was 46.6±6.9 ml/min/kg, 43.4±4.5 ml/min/kg (NS) and 32.9±4.3 ml/min/kg (p<0.001 vs. both trained groups) for T30, T40, and NT, respectively. Maximal HR did not differ beyond the three groups. Left ventricle (LV) and both atria were bigger in T30 and T40 than in NT (p<0.01). Furthermore, NT exhibited thicker walls than T30 and T40 (p<0.05). Thus, cardiac remodelling seems different between both trained groups and NT subjects. Concerning diastolic function, mitral flow showed diastolic dysfunction (E < A) in 44%, 50%, and 80% of subjects in T30, T40 and NT, respectively, even if E/e’ was normal in all groups (6.3±1.2, 6.8±1.8, and 9.0±5.7 in T30, T40, and NT, respectively). Thus, diastolic function seems better in T30 and T40 than in NT at rest. During exercise, no difference was noted between the three groups. No difference was observed for systolic function, neither LV ejection fraction nor LV global longitudinal strain differed beyond the groups, at rest or during exercise. HR variability analysis showed higher high frequency variability in T30 and T40 vs. NT (p<0.05). LF/HF ratios were 2.2±1.5, 2.2±1.0 (NS), and 4.1±3.1 (p<0.05 with T30) in T30, T40, and NT, respectively. Thus, sympathovagal balance seems different in both trained groups vs. NT.
Conclusion. Regardless of the age at which it has been started, relatively intensive endurance training presents the same benefits on heart and its regulation by autonomic nervous system in healthy senior men.
Comentários
Por
Gretilaine Nunes Peris de Oliveira
em 15 de Julho de 2014 às 10:32.
É evidente que quanto mais cedo o indivíduo começa a praticar atividades físicas tenha menos chances de levar uma vida carregada com problemas de saúde, mas isso não impede que pessoas acima de 40 anos comecem a prática. É necessário avaliar a condição inicial do praticante, para que sejam prescritos exercícios de acordo com suas necessidades e também seus limites.
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Laryssa Fernandes Silva
em 14 de Julho de 2014 às 17:52.
Existem cada vez mais evidências científicas apontando o efeito benéficos de adotar um estilo de vida fisicamente ativo na melhoria funcional e da autonomia física durante o processo de envelhecimento. Como por exemplo uma melhoria na velocidade de andar, melhora do equilíbrio, aumento do nível de atividade física espontânea, cContribuição na manutenção e/ou aumento da densidade óssea e de massa magra, ajuda no controle do diabetes, artrite, Doença cardíaca, melhora da ingestão alimentar e diminuição da depressão.
Por
Adália Táci Pereira Mendes
em 14 de Julho de 2014 às 23:03.
O exercício físico é benéfico a saúde e no tratamento de varias doenças, principalmente em doenças crônicas não transmissíveis. A maioria das DCNT podem ser evitadas se o individuo for fisicamente ativo, e varias pessoas só começam a treinar depois de alguma precisão médica. Mais um estudo comprovando os benefícios da atividade física, para a saúde, bem estar e qualidade de vida em qualquer idade.
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Nicole Leon Bordest
em 15 de Julho de 2014 às 11:59.
Muito Legal o estudo! Investir na saúde não tem idade mesmo! Ter qualidade de vida, indepencia funcional e bem estar não depende da idade cronológica, porém ter o acompanhamento de um profissional é mais que importante. Principalmente se tiver doenças, ou problemas funcionais que é bem comum adquirir ao longo da vida, principalmente se forem sendentárias.
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Thaiany Luna Pires Pereira
em 15 de Julho de 2014 às 13:13.
Não existe idade para as práticas de exercícios físicos, posso citar que existem apenas limitações, exercícios apropriados, entre outros.
A atividade física é benéfica em qualquer situação se aplicada de forma correta, mas quanto mais cedo se iniciar, melhor, é obvio, pois como consequência disso teremos uma população mais saudável, crianças com o intelecto mais desenvolvido, com melhores ações motoras e psicológicas.
O que falta é a população ser instruída que não existe o padrão de idade para se exercitar, hoje está tudo mais acessível, as pessoas estão cada vez mais preguiçosas e menos conscientes dos benefícios das práticas esportivas.
Nós como profissionais do ramo precisamos nos mexer e sermos bom naquilo que fazemos, um bom aluno se faz por um bom professor!
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Anselmo José Perez
em 6 de Outubro de 2014 às 21:29.
Posso ser testemunha disso. Apesar de ter sido atleta e sempre ativo, após a conclusão do meu doutorado me senti 'enferrujando'. Por gostar muito de correr e sempre ensianr aos meus alunos da disciplina de treinamento esportivo que um atleta precisa de 8 a 10 anos para atingir o seu melhor desempenho, resolvi montar um plano de treinamento de corrida de 8 anos para melhorar o meu desempenho na maratona. Assim, mesmo entrando nos 40 anos (2001) segui meu planejamento e por incrível que pareça ano passado, agora com 53 anos atingi o meu pico. Passei o tempo de 3:21 para 2:54 e correndo os 10 km para 38 minutos. Melhor de tudo, este ano como não atleta continuo correndo 40 a 70 km por semana e e mantendo 54 a 55 de consumo máximo relativo, com FC basal de 47 a 49. O mais importante disso tudo: saúde e prazer. Tenho os meus testes cardiopulmonares e toda a periodização anual desses anos.
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