Colegas quero colocar esse tema em debate, pois tenho uma  preocupação muito grande com a saúde de nossos alunos. A tempos que já não se realiza as avaliações médicas dos alunos  no início do ano letivo. Em um universo muito grande de jovens sempre haverá algum que tenha um problema de saúde e, como trabalhamos com esforço físico estaremos colocando em risco este aluno. Tenho a certeza que muitos de nós já passamos por alguns momentos em que jovens em plena aula de educação física tiveram um mal súbito, eu já tive esse problema muitas vezes. Minha pergunta é: em caso de óbito de um aluno em nossas aulas, qual será a responsabilidade do Professor de Educação Física?

Comentários

Por Pedro A. Cobalea
em 3 de Abril de 2011 às 00:10.

Prezado Jorge,

Já se passaram 25 anos que deixei a profissão de Prof. de Ed. Fisica .  Entendo sua preocupação pois também passei por uma situação complicada dando aula (ou recreação) para crianças com idade entre 04 e 05 anos .   O fato é que nas várias escolas em que trabalhei, em nenhum momento fui informado se algumas das crianças poderiam ter problemas de saúde ou uma atenção expecial .   No caso que eu vivenciei,  toda a escola sabia que uma das crianças tinha problemas de convulção e nem a direção, bem como o departamento de psicologia me informaram sobre o caso .   Hoje, mais experiente com a vida,  se estivesse dando aulas, solicitaria à direção das escolas um relatório no incio do ano letivo sobre os aspectos de saude de todas as crianças .   

Estamos vivendo um periodo de constantes debates sobre a obesidade infantil e não escuto nenhum trabalho - pelo menos no Rio de Janeiro - sobre avaliações e pesquisas em crianças e adolescentes .   Os estudos de que tomei conhecimento são em outros estados e nas escolas publicas .

Ainda peguei a época em que as aulas de Ed. Fisica (como aluno e Professor) eram dois tempos semanais de 45 minutos/cada .  Hoje,  a grande maioria das escolas particulares se aproveitaram de "brechas" na legislação e confinaram as aulas de Ed. Fisica para uma ves por semana, 30 minutos e com turmas divididas em masculino e feminino (neste caso para o ensino fundamental) .

Nesta situação, fica dificil para o Prf. de Ed. Física poder avalira e desenvolver algum trabalho sério com tão pouco tempo de convivencia com seus alunos .

Acho este assunto de grande relevancia e que merece atenção especial das Secretarias de Educação das Prefeituras e de Governos (Federal e Estaduais) .

Na medida do possivel vou acompanhar este debate (se houver outros parceiros) e emitir opiniões e sugestões .

Grande Abraço .

Pedro A. Cobalea

Por Isabela Lemos de Lima Cascão
em 4 de Abril de 2011 às 11:19.

Prezados Jorge e Pedro,

Uma vez que não é obrigatório haver atestado médico para a prática de Educação Física. Penso que podemos iniciar o processo de prevenção de problemas futuros, com o relatório sugerido pelo Pedro, porém, nada nos garante que aquelas informações se manterão até o final do ano.

Acredito que uma excelente maneira de evitarmos problemas, é realizando avaliações físicas em nossos alunos.

No início do ano e mais algumas oportunidades, cabe ao profissional de educação física avaliar todo o grupo trabalhado. Para iniciar o trabalho pode ser realizada uma anamnese enviada para os pais ou reponsáveis afim de investigar o histórico de saúde das crianças. Esta avaliação não precisa ter um tom antipático, pode ser desenvolvida em um projeto interdisciplinar acompanhado de outros professores e disciplinas, aplicado com leveza e de forma que seja acessível a informação de como é cada aluno naquela comunidade escolar.

Com avaliação o professor de educação física pode estimular seus alunos a participarem das aulas. Os resultados destas avaliações podem ser uma ferramenta para que pais e responsáveis percebam a importância do trabalho da educação física no universo escolar. Pode servir também para que haja uma auto-análise do trabalho desenvolvido pelo profissional de educação física e ainda pode ser o caminho para demosntrar aos outros profissionais da escola que a educação física vai além da quadra e da conquista de medalhas e troféus.

Quanto ao questionamento que encerrou seu texto JOrge, acho que a responsabilidade cabe aos pais, até que exista um mecanismo que alerte a atenção que deve ser dispensada a cada aluno.

Espero ter contribuido de alguma forma.

Abraços,

Isabela Cascão

Por Pedro A. Cobalea
em 5 de Abril de 2011 às 00:46.

Isabela e Jorge,

Que tal iniciarmos a confecção de um questionario (básico) para ser encaminhado e respondido pelos pais de crianças entre 02 e 12 anos ?

Pedro A. Cobalea

Por Jorge Luiz Fidencio da Maia
em 5 de Abril de 2011 às 05:55.

Pedro.

Acho ótima ideia, para começar como sugestão eu estou falando com as minhas direções (das escolas) em aplicar o PAR_Q

Por Isabela Lemos de Lima Cascão
em 6 de Abril de 2011 às 07:01.

Adorei a idéia também e quero ajudar. Estou muito acelerada agora, mas tentarei escxrever algo mais à noite.

Acho que o PAr Q é interessante, porém extremamante formal, ale’m de conter algumas questões que não se aplicam a crianças. Mas podemos fazer um ajuste nele...torn’a-lo mais interessante para as crianças, de forma que fiquem curiosos por saber o que acontece em sua vida relacionado a sua saúde e envolvam seus pais nessa investigação. A noite volto a escrever. Bom dia a todos.


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