Cevnautas da qualidade de vida,

   Certamente a luta para salvar as vidas das nossas queridas e queridos que cairam na adicção do cigarro tem agora mais uma arma, além das dietas, adesivos e remédios.   Laèrcio

BBC 20/07/2014 03h34
Fabricante de cigarros é condenada a pagar R$ 53 bilhões à viúva de fumante
Homem morreu de câncer no pulmão; empresa criticou decisão da Justiça e afirmou que vai recorrer da sentença.


Um tribunal da Flórida condenou a segunda maior fabricante de cigarros dos Estados Unidos a pagar uma indenização de US$ 23,6 bilhões (R$ 53 bilhões) à viúva de um fumante que morreu de câncer de pulmão.

Além da indenização, a RJ Reynolds Tobacco Company, que fabrica o cigarro Camel, terá de desembolsar outros US$ 16,8 bilhões (R$ 38 bilhões) em danos compensatórios.

Cynthia Robinson processou a empresa em 2008, reivindicando uma indenização pela morte de seu marido, em 1996.

A RJ Reynolds criticou a decisão e afirmou que irá recorrer da sentença.

Durante as quatro semanas de julgamento, os advogados da viúva argumentaram que a empresa foi negligente ao não informar os consumidores sobre os perigos do cigarro. Segundo eles, foi por causa disso que o marido de Robinson, Michael, contraiu câncer de pulmão.

De acordo com os advogados, Michael tornou-se um "viciado" e, apesar de inúmeras tentativas, nunca conseguiu abandonar o cigarro. "A RJ Reynolds correu um risco calculado ao fabricar cigarros e vendê-los aos consumidores sem informá-los sobre seus malefícios", afirmou o advogado de Robinson, Willie Gary. "Esperamos que esse veredicto envie uma mensagem a RJ Reynolds e a outras grandes fabricantes de cigarro de modo que elas parem de colocar a vida de pessoas inocentes em perigo", acrescentou o advogado.

Em comunicado, o vice-presidente da RJ Reynolds afirmou que "o veredicto vai além do reino da razoabilidade e da equidade, e é completamente inconsistente com a evidência apresentada".

Se a condenação for mantida, a indenização paga a Robinson será a maior em um caso individual desmembrado de uma ação coletiva movida na Flórida.

Outros casos similares resultaram em indenizações menores depois que a mais alta corte do estado americano julgou que, para dar entrada no processo, fumantes (ou suas famílias) precisavam apenas comprovar que contraíram doenças por causa do vício no cigarro.

FONTE: http://glo.bo/WmpQ3M
 

Comentários

Por Patricia Torsani
em 20 de Julho de 2014 às 17:32.

Gosto da idéia de sermos informados sobre o que consumimos - para termos a escolha. Pois defendo a liberdade. Daí eu apoiar a decisão judicial de ressarcir vítimas que desconheciam o malefício de um cigarro. Porém, como lido diariamente com pessoas que assim cimo eu buscam melhorar habitos de vida, percebo que, mesmo conhecendo os malefícios, nem sempre optamos por seguir o caminho da saúde. Afinal, os estímulos sensoriais as vezes são tão importantes e superiores à capacidade natural de encontrar prazeres saudáveis, que muitos, mesmo bem informados se "entregam" as delícias da vida. Portanto, mais do que conscientizar a população sobre os malefícios de certos habitos (que muitos destes também podem se tornar vícios e limitadores da qualidade de vida), acredito que seja importante a valorização e o foco da alegria e do bem estar em hábitos realmente saudáveis, pois a sociedade influencia, estimula e vicia tanto quanto qualquer outro produto viciante. Desejo mesmo que cada vez mais a sociedade estimule habitos de vida que tragam a alegria sem a necessidade de qualquer excesso - mesmo que seja de comida saudável. Pois sinto que o mal do vício está na raiz da escravidão que limita a vida ao torna-la excessivamente dependente de fontes externas. Seja ela a fonte que for.

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