Cevnautas,
A atividade Física entrou de carona nesse estudo sobre motivação publicado pela Psychological Science, e anunciado no serviço de divulgação Ciência Hoje, de Portugal.
O amor nem sempre é útil! 2011-02-17
Costuma fixar objectivos que dependem da motivação do seu companheiro? Muitas pessoas acreditam que é mais fácil estudar ou fazer exercício físico todos os dias com o apoio do cônjuge. Um estudo publicado no Psychological Science afirma o contrário. Pensar na ajuda que um companheiro pode dar para alcançar objectivos pode diminuir a motivação para trabalhar e até mesmo adiar o início do trabalho.
Segundo os autores do estudo, os psicológos Gráinne M. Fitzsimons, da Duke University, e J. Eli Finkel, da Universidade Northwestern, este fenómeno caracteriza-se pela dependência inconsciente de alguém para atingir metas juntamente com um relaxamento do próprio esforço. Isto também acontece com amigos e família.
De acordo com Fitzsimons, “se olharmos apenas para um objectivo isolado, pode haver um efeito negativo. Mas confiar noutra pessoa também permite espalhar a energia por muitos objectivos, o que pode ser eficaz se o parceiro motivar”.
Para realizar o estudo, os psicólogos conduziram três experiências online. Na primeira, 52 mulheres foram convidadas a concentrarem-se na forma como os parceiros as ajudaram a alcançar metas de saúde e exercício físico; o grupo de controlo imaginou os companheiros a ajudarem nos objectivos de carreira. Depois de uma semana, quando questionado sobre a intenção de trabalhar para ficar em forma e mais saudável, o primeiro grupo planeava colocar menos esforço do que o segundo.
Perante um objectivo académico, as pessoas inconscientemente também procuraram delegar o esforço para parceiros úteis. Na segunda experiência, 74 estudantes do sexo masculino e feminino receberam um quebra-cabeças que deveriam completar antes de atingirem um objectivo académico que iria ajudá-los a melhorar o desempenho na universidade. Aqueles que meditaram na forma como os parceiros os podiam ajudar no objectivo académico adiaram a tarefa de completar o quebra-cabeças, ficando com menos tempo para trabalhar produtivamente no objectivo académico em si.
Segundo Fitzsimons, “a primeira experiência foi sobre intenção. A segunda captou o comportamento”.
No entanto, reconhecer a dependência também inspira devoção e compromisso. “No nosso estudo, as mulheres relataram que os respectivos parceiros foram muito úteis na continuidade dos seus objectivos, dando exemplos como: ‘eu nunca iria para o ginásio, se meu marido não ficasse com as crianças ’, ou ’eu não conseguiria manter a dieta sem o apoio dele’”, explicaram. “As 90 participantes do sexo feminino, que mais ajuda pediram aos seus parceiros, afirmaram que estavam dedicadas a fazer com que o relacionamento durasse ao longo do tempo, sugerindo que procurar ajuda pode levar a resultados positivo no relacionamento".
FONTE: http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=47495&op=all
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