Tenho usado este espaço para trocar idéias, na maioria das vezes sobre o negócio ou chegou a vez de refletirmos sobre você, sua carreira, se dentro de uma estrutura empresarial, com departamentos estruturados, muitas vezes com apoio do recursos humanos e orientação de chefia direta já é difícil  gerir a própria carreira para o profissional da área de saúde, principalmente para o Empreendedor individual, seja personal ou como conversamos no ultimo texto treinador de corrida que começa a fazer sucesso e derrepente ve-se jogado no mundo dos negócios sem ter tempo de pensar sobre a sua carreira, visto que é arrastado por diversas situações as quais não se sente preparado para enfrentar.   Para nortear esta reflexão selecionei um texto publicado no Boletim HSM de Recursos Humanos que aponta seis etapas que facilitam a jornada na organização e gestão da própria carreira. Boa Semana, Abraço   Teresinha Daninger Isobe www.infocc.com.br Cursos - Treinamentos - Palestras    Como ser gestor de sua própria carreira

O mundo organizacional carece de talentos. Partindo dessa máxima, necessário se faz que o colaborador adote definitivamente o papel de gestor de sua carreira, assumindo a responsabilidade de conduzir de forma estruturada e consciente seu plano de carreira, etapa por etapa. Esta necessidade foi potencializada no Brasil a partir de 1990, ano que nos inserimos de forma mais efetiva no “mundo globalizado”.

As empresas tiveram que rever a gestão de pessoas, processos e clientes, em contrapartida, os indivíduos foram conduzidos – ou estimulados – a repensar a estratégia conducente para melhor gerir suas competências. Entretanto, ainda é possível identificar pessoas que resistem ou mesmo não se percebem como responsáveis por este processo, atribuindo à empresa ou aos gestores a responsabilidade por suas carreiras.

Charles Handy (2001) afirma que a verdadeira revolução social é a mudança de uma vida amplamente organizada para nós, para um mundo no qual somos todos forçados a estar no comando de nosso próprio destino. Na mesma direção, Dutra (2004) traz uma reflexão sobre a dificuldade que as pessoas têm em pensar na própria carreira e assumir a autogestão do desenvolvimento. Abaixo listo seis etapas que considero importantes no momento de organizar a carreira. Confira!

Etapa 1 - Autoanálise

É um mergulho em si mesmo. É o autoconhecimento proposto por Sócrates no “conhece a ti mesmo”. Os itens que podem nos guiar nesta autoanálise são: competências, valores, crenças, talentos, medos, âncoras de carreiras (Edgar Schein), perfil psicológico e sonhos. Neste percurso, uma dica que pode potencializar sua construção é focar nos pontos fortes e talentos, e minimizar ou neutralizar os pontos fracos.
Alguns focam nos pontos fracos e estes raramente se transformam em pontos fortes (Buckingham & Clifton 2008). Esta etapa é importantíssima, pois pelo autoconhecimento é possível identificar carreiras e papéis que têm aderência maior com a forma de ser de cada um. Uma segunda dica é: se você está com dificuldade de caminhar e encontrar respostas, não se furte de procurar um conselheiro, coach, mentor, amigo, gestor etc.

Etapa 2 - Oportunidades e ameaças 

Que acontecimentos ou situações são oportunidades ou ameaças para a carreira escolhida? Um risco desta etapa é focar o olhar apenas para os acontecimentos mais próximos (cidade, empresa, departamento, área, “mesa de trabalho”, por exemplo). Uma dica é: amplie seu círculo de relacionamentos. Conversar somente com os colegas de trabalho que sentam “ao lado” pode empobrecer esta análise. Aproveite as competências – visão sistêmica e visão estratégica – nesta etapa.

Etapa 3 - Objetivos e metas 

Fazer escolhas, focar e “pagar o preço” são as regras básicas. É importante fugir das iscas: remuneração, status, pressão de amigos e familiares. É relevante considerar as etapas anteriores na definição desta. Pode parecer óbvio, entretanto é possível encontrar com frequência pessoas que odeiam o que fazem e subsistem nesta situação, e o pior é quando são promovidas neste local. É  elevado o grau de sucesso quando alguém tem paixão pelo que faz.

Etapa 4 - Formulação das estratégias 

Considerando a competitividade, uma dica é: seja criativo na construção de suas estratégias de carreira. Veja a realidade por outros olhos. É sempre bom lembrar que: “Estratégia sem ação é ser Sonhador. Ação sem estratégia é ser esforçado. Ação + estratégia é ser Realizador”. O comum é encontrar muita gente esforçada, que trabalha até domingo e obtém resultados pequenos ou frustrantes.

Etapa 5 - Implementação 

Em face dos desafios, contradições e exigências do mundo corporativo, as atitudes potencializam o sucesso que o indivíduo alcançará na carreira. Algumas das atitudes indispensáveis são: disciplina, persistência, resiliência, flexibilidade, entusiasmo, dinamismo, humildade, ética. Procurar culpados e parar ou “estacionar” na busca dos objetivos é o que mais facilmente se encontra no mundo corporativo. 

Etapa 6 - Controle

O controle é o velocímetro que sinaliza ou monitora o quanto se está próximo ou distante dos objetivos traçados para sua carreira, é também o elemento permissível para adaptações necessárias.  Parafraseando Nelson Mandela, devemos ser “senhores do nosso destino e capitão de nossas almas”.  Somos responsáveis pela realização de nossos sonhos e felicidade.     

Cláudio Queiroz (Professor de pós e MBA da FAAP, FGV e FIA. Autor do livro: As Competências das Pessoas. Potencializando seus Talentos. Editora DVS, 3º edição.)

     

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