Em plena Olimpíadas lí a coluna do Lino Castellani Filho no site do Universidade do Futebol. Lá ele tece comentários sobre a greve dos funcionários federais e aproveita para mostrar as mazelas sociais de um país que não está preparado para receber um evento do porte de uma Copa do Mundo, o que dirá de uma Olimpíada. Mostra também sobre o que estão acontecendo com as populações, que por azar, estão nos caminhos desses mega eventos. As desapropriações forçadas, o desrepeito humano parece que imperam.
Em Londres pudemos ver algumas gafes interessantes como a troca da bandeira Norte Coreana pela Sul Coreana, o Paul Maccartney fingindo cantar, uma intrusa em destaque na delegação egípcia, etc. No Brasil isso não ocorrerá, certo?
A discussão aqui é se esses megaeventos deixarão alguma coisa para a população que vivem aos redor dos futuros estádios, ginásios, parques aquáticos, etc. O jornalista Leandro Uchoas percorreu "o caminho da Copa/2014" para ver como andam as coisas. O que ele descreve é horrível em todos os aspectos.
Esses megaeventos dão lucros exorbitantes para os organizadores e parece que o país e sua população viram fantoches do governo. Deêm uma olhadinha na matéria que citei: http://www.universidadedofutebol.com.br/Colunas/2012/07/3,11888,/E2/80/9CDA+COPA++DA+COPA++DA+COPA+ABRIMOS+MAO;+QUEREMOS+MAIS+RECURSOS+PRA+SAUDE+E+EDUCACAO/E2/80/9D.aspx
Comentários
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Roberto Affonso Pimentel
em 2 de Agosto de 2012 às 12:05.
Edison,
É muito difícil ter total conhecimento e equilíbrio das coisas em se tratando de mega eventos. Tivemos no Brasil algo similar com a construção de Brasília. Sobrevivemos. Creio que a inércia não leva a nada e sempre quem está de fora começa a gritar. Como é difícil evitar o roubo e a corrupção, lembro-me do que dizia o Adhemar de Barros, ex-governador do estado de São Paulo e diversas vezes prefeito da capital: "Roubo, mas faço"! Não é um bom exemplo, sem dúvida, mas uma lembrança não muito agradável.
Sabem todos como as pessoas ditas pobres se locupletam quando ocupam - os posseiros - áreas livres?
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Edison Yamazaki
em 6 de Agosto de 2012 às 01:24.
Acho que não devo ser voz única, mas fui contra a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas no Brasil. A diferença estrutural, cultural, educacional entre os países europeus e sul americanos está muito grande. Já se foram os dias em que um megaevento podia ser organizado de maneira amadora. Sei que no Brasil as coisas não chegarão a tanto, mas tenho dúvidas enormes se o dinheiro investido em estádios e infraestrutura não poderia ser aproveitado em áreas mais necessitadas.
Isso sem falar que algumas obras que poderiam ficar em prol da população correm grandes riscos de não sair. É o caso da ampliação dos aeroportos, a melhoria na rede hoteleira, estradas e transportes. Se construissem linha ferroviárias ligandos as principais cidades já seria uma grande coisa, mas isso não irá acontecer, e se acontecer elas correr sério risco de ficarem abandonadas após o evento.
Como ficarão os estádios e demais prédios após os jogos. Ouço que vária obras do Panamericano estão abandonadas. Ouço também que os investimentos de agora em diante serão para os atletas de ponta e não da base o que é um erro considerável. Tomara que alguns resultados em Londres mude a visão de quem tiver o poder de distribuir as verbas.
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