Prezados, inspirada nessa notícia, vos pergunto:
Vocês acham que todos os técnicos de futebol, desde a categoria de base, deveriam ser formados em Educação Física?
http://www.educacaofisica.com.br/esportes/futebol2/tecnicos-de-futebol-ex-atletas-ou-professores-de-educacao-fisica/
Comentários
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Thiago Moraes
em 2 de Fevereiro de 2016 às 19:02.
Na minha opnião, é sim necessário que um técnico de um time de futebol seja um profissional da área da ed. física formado, pois um ex- jogador com certeza não tem o mesmo conhecimento tático e teórico de um educador físico. No brasil, uma boa parte dos treinadores são ex jogadores, e, podemos ver que infelizmente o futebol do nosso país, não está no mesmo nível do europeu. É nítida a falta de preparação de alguns treinadores e clubes brasileiros, que mesmo com elencos considerados bons "no papel", não conseguem ter êxito dentro de campo. Ao meu ver, um técnico e educador físico tem uma visão mais ampla e do jogo do que um mero ex jogador de futebol, pois vivências acadêmicas proporcionam ao indivíduo um conhecimento mais amplo e profundo sobre determinado assunto.
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Johnny Dias
em 2 de Fevereiro de 2016 às 23:28.
sim, concerteza, o profissional de educação esta mais apto para ser o tecnico pois recebeu a formação adequada para exercer tal papel
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Raphael Medeiros Granja
em 31 de Maio de 2016 às 19:31.
Na minha humilde opinião, sem duvidas deveria,pois um ex-atleta apesar de ter vivenciado o futebol,ele só reproduz aquilo que lhe foi passado,ele não tem o real conhecimento do q se deve ser feito e observado nas atividades referidas, pois não terá o conhecimento teórico, que sim também é fundamental para futebol,principalmente em categorias de base onde se está formando atletas, e é muito importante saber acompanhar de forma adequada o desenvolvimento e a maturação do atleta.
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Laura Barone
em 31 de Maio de 2016 às 19:42.
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Danilo Felício Martins Pinto
em 31 de Maio de 2016 às 20:51.
Hoje no Brasil infelizmente é comum pessoas que não possuem nenhuma qualificação atuarem como treinadores desportivos, e é mais comum ainda observarmos antigos jogadores usufruírem de profissões que eram meritoriamente para serem de graduados no curso de bacharelado de educação física.
Acredito que o simples fato de muitos técnicos que hoje atuam no futebol brasileiro possuírem um passado como jogador profissional, não os qualifica à atuarem como treinadores esportivos, visto que existem conhecimentos exclusivos da área, que apenas se esse "treinador" se graduar em educação física terá posse. Creio que como os graduandos em bacharelado para atuar como profissionais precisam de tal curso, pessoas que foram um dia jogadores de futebol precisam também do bacharel em educação física para satisfazerem dessa profissão.
Hoje existem leis que proíbem tal fato, como por exemplo a lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993, que em seu artigo terceiro diz: Art. 3º A profissão de técnico ou treinador profissional de modalidade desportiva coletiva pode ser exercida indiscriminadamente:
I – pelos portadores de diploma expedido por Escolas de Educação Física ou entidades análogas, reconhecidas na forma da Lei, inscritos nos respectivos órgãos de fiscalização do exercício profissional;
II – pelos profissionais que, até a data do início da vigência desta Lei, tenham, comprovadamente, exercido cargo ou função de técnico ou treinador por prazo não inferior a seis meses, como empregado ou autônomo, em clubes ou associações filiadas às Ligas ou Federações, em todo o território nacional.
III – pelos profissionais aprovados em curso de formação ou exame de proficiência especificamente destinados à habilitação de técnico ou treinador, oferecidos pelas Ligas, Federações e Confederações.
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Luan Zaidan
em 1 de Junho de 2016 às 00:18.
Sim, apesar de o profissional de educação física, como técnico de futebol ser muitas vezes menosprezado e não ter chances e tempo de trabalhar em grandes agremiações, justamente pelo fato de não ter vivido e passado por muitas experiências que um ex-jogador de futebol em toda sua carreira vivência em vários aspectos, como de treinos e experiências em vários clubes de diversos lugares, com variados tipos de treinos realizados por muitos treinadores diferentes, mas ao atuar como um técnico de futebol o ex-jogador tem somente o conhecimento empírico sobre o futebol e muitas vezes falta um conhecimento conceitual e teórico sobre táticas e tipos de jogo, como também conceitos fisiológicos dos atletas que tem em mãos. Nesse aspecto um educador físico formado o teria. Nem sempre também esse ex-atleta sabe como ensinar e passar a melhor maneira de certos tipos de conhecimentos para seus atletas. O ideal seria que para ser técnico, sendo ex-jogador ou não, o profissional teria que ter um conhecimento que um educador físico formado o tem.
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Marcus Vinicius Rodrigues Sarti
em 1 de Junho de 2016 às 11:29.
Atualmente vemos, não só no futebol brasileiro mas também no mundial, uma geração muito boa de treinadores. Um bom exemplo disso é o ultimo campeão da UEFA Champions League, Zinedine Zidane que recentemente foi promovido a técnico no time principal do Real Madrid. Zidane é reconhecido mundialmente por ter jogado e conquistado títulos na seleção Francesa e por todos os times que passou. O único problema é que Zidane não é formado em um curso superior de Educação física e por isso não deveria exercer a profissão de treinador. Não deveria, mas as leis permitem que ex- jogadores possam ser treinadores de futebol. Zidane foi apenas um exemplo, mas casos como este apresentado acontecem mais corriqueiramente do que se pode imaginar.
Na minha opinião, ex- jogadores têm um potencial muito grande para ajudar não só os clubes, mas também os jogadores. Isso porque eles viveram, durante sua carreira de atleta, toda a atmosfera do futebol e sabem lidar com isso. Viveram derrotas, vitórias, pressão, paixão, dificildades e sabem praticamente tudo o que acontece no "mundo do futebol". Esses ex- jogadores poderiam ter conversas com jogadores, ajudá- los a identificar problemas em determinas partidas ou até mesmo mostrar os melhores caminhos a serem seguidos. Mas para por aí. Na profissão de treinador esportivo ou preparador físico, por exemplo, não é nescessário ter apenas paixão, emocão ou vivência, mas sim uma série de conhecimentos sobre o corpo, o físico e o psicológico de um atleta. Pessoas formadas em Educação Física apresentam esse conecimento e, diferentemente de ex- jogadores, podem executar - de forma abrangente - a profissão de treinador. Educadores físicos estão preparados e ex- jogadores - sem curso superior de Educação Física - não.
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Edison Yamazaki
em 2 de Junho de 2016 às 21:23.
Não vejo como prioritário ter formação em Educação Física para ser treinador de futebol numa equipe profisisonal. Nesse nível o importante é vencer ou vencer, portanto as regras devem ser outras.
Utilizando o futebol como mais uma forma de formação ou educação, pode ser que seja necessário. Mas não acho que precisa ser necessariamente em Educação Física.
Devemos pensar mais no profissional do que somente em sua formação esportiva. Por que um médico, não conseguiria ser um bom treinador de vôlei ou natação?
Acho necessário que aqueles que se envolverem com o esporte, independente da formação, façam cursos e estudem com profundidade o querem desenvolver.
A pergunta que fica é: "será que todo formado em Educação Física é bom profissional?"
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Roberto Affonso Pimentel
em 3 de Junho de 2016 às 09:02.
Olá Edison, Seja bem-vindo em seu retorno. E parabéns - concordo na íntegra com tudo que resumidamente postou.
Aos novos estudantes de Ed. Física dou-lhes umconselho (de graça): sejam críticos quanto ao seu ensino. Metodologia, Pedagogia, Didática, Praxia são coisas estranhas nas universidades brasileiras.
Quanto ao tema, vejam com um pouco mais de profundidade o que já se disse nesse CEV e no Procrie.
Ensinar Vôlei e Futebol, Que diferença?
Será que um técnico de futebol – Guardiola, José Mourinho, Carlos Alberto Parreira – conseguiria conversar sobre metodologia de treinamento no voleibol com o Bernardinho ou José Roberto? E, ao contrário, estes últimos seriam capazes de analisar um treinamento ou comentar uma partida de futebol? E todos eles, e VOCÊ que me lê neste momento, o que teriam a dizer sobre o treinamento de FORMAÇÃO de atletas, não importa o desporto? Salvo raríssimas exceções, quem sabe o que está realizando com os jovens? Será que o ensino universitário, o cursinho ou a própria prática são suficientes para um bom desempenho do orientador?
Qualquer discussão sobre o processo de aquisição de habilidades deve levar em conta um misto de descrença, admiração e inveja intensas que sentimos quando vemos um talento aparentemente saído do nada. É um sentimento que nos leva a perguntar: “De onde veio aquilo“? Como esses indivíduos, que parecem ser iguais a nós, de repente se tornam tão talentosos? Em seu livro Coyle recorre a um professor de matemática frustrado, Adriaan Dingeman De Groot, nascido em 1914, psicólogo holandês. Após alguns estudos, testes e experiências comprovou na prática que “a diferença entre alguém que compreendia uma linguagem e alguém que a desconhecia era uma diferença de organização”. Assim, a habilidade consiste em identificar elementos importantes e agrupá-los num sistema significativo. Esse tipo de organização em blocos maiores e carregados de sentido é o que os psicólogos chamam de chunking. A pesquisa científica tem mostrado como as habilidades são construídas por pedaços e também se aplicam às ações físicas, como um ginasta aprende exercícios de solo quando monta e interliga seus blocos, eles próprios feitos de outros blocos. Ele agrupa vários movimentos musculares do mesmo modo como agrupamos várias letras para formar qualquer palavra. De Groot publicou seu estudo em 1946, sem nenhuma repercussão. O trabalho do psicólogo holandês foi descoberto 20 anos depois por Anders Ericsson, que reconheceu De Groot como um pioneiro da psicologia cognitiva. Quer me parecer que outro holandês – Johan Cruijff – logo após o retumbante sucesso da metodologia empregada pela seleção de seu país em 1974 com o técnico Rinus Michels, dispôs-se a desenvolvê-la na formação de novos atletas a partir de sua instituição voltada para o futebol. Repare que o efeito mostrado pela equipe atual do Barcelona não exclui o talento, muito ao contrário, cria condições para que ele se manifeste e desenvolva, a partir da contínua posse de bola, uma vez que a equipe atua em bloco e determinada a impedir que o adversário jogue. Por outro lado, uma equipe que atue à base de dois ou três atletas (Santos) ficará impedida de efetuar suas principais jogadas, uma vez que não consegue neutralizar a eficiente marcação sob pressão em todo o campo de jogo. Possivelmente seja uma explicação por que o Messi não consegue atuar tão bem quando no selecionado argentino. (com base no livro “O código do talento”, de Daniel Coyle)
“Cruijff construiu o edifício e os técnicos do Barça que o sucederam apenas trataram de restaurá-lo e reformá-lo”. (Josep Guardiola)
“Se, atualmente, há no futebol jogadores polivalentes que podem atuar sem posição fixa no campo, sem prejuízo de suas atuações individuais, muito se deve a este genial craque e não menos a seu treinador no Ajax, Barcelona e na Seleção Neerlandesa, Rinus Michels”. (Wikipédia)
Como poderá concluir, basta lembrar ou observar ainda hoje como são instruídos os nossos jovens atletas. Aliás, parece-me que a Confederação Brasileira de Futebol instituiu um curso de técnicos de futebol que em dois meses (?) habilita qualquer indivíduo para a função. Este também um dos diferenciais na formação em qualquer esporte, pois não evoluem e simplesmente repetem as mesmas receitas dos nossos avós. Confira textos sobre o assunto também em www.procrie.com.br/: Habilidade vs. Talento, Como se Adquire Habilidades? (I, II), Como Ensinar, Psicologia e Forma de Treinar.
Leiam mais: http://www.procrie.com.br/2012/01/13/ensinar-volei-e-futebol-que-diferenca-13606/
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Roberto Affonso Pimentel
em 6 de Junho de 2016 às 10:08.
Colocando um pouco mais de luz em nossos debates, torno a Manuel Sérgio que, em seu artigo O nome da Rosa, nos esclarece de forma inteligente alguns detalhes que nos fogem em nossa corrida em busca do que se possa chamar Verdade. Note-se que um dos seus maiores fãs, foi seu aluno, é o técnico e professor José Mourinho.
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ÉTICA NO DESPORTO
O nome da rosa, Manuel Sérgio, 23-01-2014
Li, como toda a gente, O nome da rosa de Umberto Eco. A história passa-se na Idade Média e o autor conta-nos como um monge de nome Guilherme de Baskerville, acompanhado do jovem Adso (que só depois de velho narra o que viu) quer descobrir uma morte estranha, numa abadia do norte da Itália – morte que é a primeira de uma série de sete, que Baskerville interrompe ao desmascarar o culpado. No centro da abadia, levanta-se uma enorme biblioteca, considerada a mais importante e completa de toda a cristandade.
Durante a investigação, Guilherme de Baskerville encontra-se em concorrência com a Inquisição e com o seu incontornável representante Bernard Gui, o qual defende que os hereges são os homicidas que Guilherme procura, designadamente os seguidores de Dolcino, o criador de uma seita hostil ao papado. Consegue, através de horrendas torturas, arrancar confissões, favoráveis à sua tese, a vários monges. Mas não convence Baskerville.
Este a conclusão a que chega é bem diversa: conclui que as mortes não são obra de hereges e que os monges morrem, ao tentarem ler um livro misterioso, ciosamente guardado na biblioteca. A cena final do livro põe frente a frente Baskerville e o assassino, um cego que era um dos monges mais velhos da abadia. Desmascarado, o assassino faculta ao investigador o livro que já havia provocado sete mortes. Tratava-se do segundo volume da Poética de Aristóteles (384-322 a. C.), uma obra desconhecida até então e na qual o Estagirita faz uma profunda reflexão, chegando mesmo a abordar a questão do riso. Acusado por Baskerville, Jorge, o assassino, tem um comportamento estranho e, em vez de esconder o livro, aconselha ao investigador a sua leitura.
Baskerville começa a leitura do livro, mas muniu-se de um par de luvas, pois que descobriu que as páginas do livro se encontravam envenenadas, com um líquido que nelas deitara o monge criminoso. E não escondeu a questão seguinte: por que pretendia ele matar os monges que lessem a Poética de Aristóteles? A resposta foi esta: porque o livro falava do riso e o riso é o contrário da fé, das tradições, dos bons costumes, designadamente o riso contestatário. Pergunta-lhe Guilherme: Mas quais são os efeitos perniciosos do riso?... Responde Jorge: “O riso é a fraqueza, a corrupção, o amolecimento da nossa carne. É a diversão para o camponês, a licença para o alcoólico e até a Igreja instituiu o Carnaval, espaço de muitos crimes e vícios. Portanto, o riso não passa de uma coisa vil (...)”.
Mas Baskerville queria saber mais: Se há tantos livros que falam do riso, da alegria, por que só este lhe inspirava tamanho terror? Declara o criminoso: “Porque era do Filósofo (Aristóteles). Cada um dos livros desse homem destruiu uma parte da ciência que a cristandade tinha acumulado, ao longo de séculos. Os primeiros Padres transmitiram-nos o que era preciso saber, para sempre, sobre o poder do Verbo e bastou que Boécio comentasse o Filósofo para que o mistério do Verbo divino pudesse ser questionado e parodiado. O livro do Génesis diz-nos o que é preciso saber sobre a composição do cosmos e bastou a Física do Filósofo para tudo o que nos foi ensinado fosse repensado. Cada palavra do Filósofo, em que (pasma bem!) há bispos e papas que acreditam, é um perigo para a cristandade”. Jorge faz do livro de Aristóteles o pretexto das suas angústias, diante dos problemas da Igreja. Baskerville, ao invés, não teme o riso, nem a crítica, pois que chega mesmo a pensar num cristianismo sem as taras dos tradicionais, dos repetidores, dos incapazes de uma luta áspera contra o vencidismo.
Como se vê, o riso, o anedotário, a mordacidade intencional dos dissidentes, dos críticos, dos resistentes, dos heréticos, que se opõem a qualquer cartilha ortodoxa, escrita “per omnia saecula saeculorum”, é considerado um perigo, pelos dogmáticos, pelos conservadores, pelas instituições envelhecidas. Há muitos séculos, como hoje. Por isso, se as Faculdades de Motricidade Humana, ou de Desporto, querem contribuir ao progresso do desporto em geral e do futebol em particular, têm de saber estremar o trigo do joio: o joio dos que dizem hoje, “ipsis verbis”, o que já aprenderam, há muito tempo, numa palavra só: os “sebenteiros”; o trigo dos que, humildemente, fazem suas as palavras de Sócrates: “só sei que nada sei”. O futebol precisa dos cursos superiores de Desporto, desde que deles ressalte um saber onde a maior saliência do magistério dos professores seja a insatisfação e a dos alunos a criação de um território, arvorado em independente, aberto aos heréticos a quem se fecham todos os lugares. José Maria Pedroto, o treinador de futebol que anunciou o F.C.Porto vitorioso da década de 80, disse-me um dia, após ler um texto de que sou autor e onde procurei acentuar que nada sabe de futebol quem só sabe de futebol: “Não queira saber o que essa gente é. Não têm uma conversa em condições. E depois querem ser treinadores de futebol”.
Porfiando na pesquisa, na insatisfação, na qualidade que sempre se procura, é bem possível que da universidade possa nascer um futebol novo. E qual a novidade científica que a universidade pode apresentar ao futebol (de Portugal e não só)? O futebol é um dos aspectos da motricidade humana e, como tal, é no âmbito das ciências sociais e humanas que deverá procurar-se o seu paradigma e a sua metodologia. Quem ainda não entendeu isto, duvido que possa transformar-se num grande treinador de futebol. Que bom que seria que o futebol fosse só técnica ou tática ou condição física! Se assim fosse, todos poderíamos ser treinadores de futebol. Mas não é..
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O livro "O nome da Rosa" é uma das mais notáveis obras concebidas por Umberco Eco, falecido recentemente.
Por
Júlia Batalha Gomes Costa
em 15 de Junho de 2016 às 20:54.
Na minha opinião, os técnicos de futebol deveriam sim ser educadores físicos, porque um ex atleta reproduz aos seus jogadores o que lhe foi passado, tendo assim um conhecimento superficial do futebol, já o profissional da educação fisica, terá um conhecimento tanto técnico, quanto tático que o possibilitará criar formas de treinos, sem contar o conhecimento teórico adquirido na vida acadêmica.
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 16 de Junho de 2016 às 08:43.
Júlia,
Aceite discutir o que nos informa uma pessoa com experiência e cultura invejáveis. Você ainda é jovem e deverá ter experiências também significativas, mas não despreze aqueles que a antecederam. Sua opinião sempre será válida, todavia preocupe-se em alicerçá-la em parâmetros confiáveis toda vez que emiti-la. Isto lhe dará mais confiança e sustentabilidade. Até porque, dentro de pouco tempo, estará influenciando com suas aulas centenas de crianças e jovens, os seus futuros alunos.
Por exemplo, compare os seus dizeres com o que nos foi dito por Manoel Sérgio a respeito do ensino universitário e sua conclusão: " O futebol é um dos aspectos da motricidade humana e, como tal, é no âmbito das ciências sociais e humanas que deverá procurar-se o seu paradigma e a sua metodologia. Quem ainda não entendeu isto, duvido que possa transformar-se num grande treinador de futebol. Que bom que seria que o futebol fosse só técnica ou tática ou condição física! Se assim fosse, todos poderíamos ser treinadores de futebol. Mas não é.
Indague de seus colegas e professores que se ocupam do ensino de futebol nas universidades sobre a sua qualidade e profundidade.
Por
Altair Oliveira Duarte
em 18 de Junho de 2016 às 22:27.
Por
Omir Jorge Muniz
em 21 de Junho de 2016 às 21:53.
A pouco tempo o ex-jogador Rivelino, que ajudou muito nossa seleção a conquistar o tri. Culpou os profissionais de Educação Física pela má fase do futebol brasileiro.(Os caras com o canudo na mão...) Ora, entendo o mesmo pois decerto queria garantir alguma reserva de mercado para ex-jogadores. Achei injusto, tudo bem que na prática tem muita experiência no futebol. Mas o que a maioria faz são repetições do que aprenderam com os seus técnicos. Sendo que muitos desses aprendizados hoje em grande parte são desatualizados e necessitam de uma abrangência maior nas suas aplicações. Além do mais com a evolução da fisiologia do exercício provou-se cada vez mais que cada equipe tem um treino diferenciado, cada jogador tem uma capacidade diferente de absorver o treinamento. O que na época em que eles jogavam não tinha. Alguns jogadores que entenderam a importância da formação voltaram a faculdade e concluiram seus estudos. Assim conseguem aliar a experiência a um estudo aprimorado para melhor exercer seu trabalho profissional. Outros trabalham como provisionados em escolinhas com um responsável técnico.
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 22 de Junho de 2016 às 18:04.
Omir,
No caso do ex-jogador Rivelino, acescente-se que figurou na seleção brasileira de futebol em 1970. A competição desenvolveu-se no Méxio, principalmente em cidades de grande altitude.
- Como se preparou a nossa seleção?
- Quem era o técnico (oficial) e o coordenador-técnico?
- Quem era o preparador físico?
Como ele atuou em grande altitude e ainda assim foi campeão, com certeza teve um preparo físico adaptado convenientemente. Nâo seria um ex-jogador, nem ele mesmo que passou por tal experiência que deveria estar dizendo tamanha bobagem. Muito embora, deva-se dizer, poucos os formados tenham essa competência.
Mas como ele gosta de se envolver em situações inusitadas, ou criá-las para aparecer - caso com a fala do Neymar - deve ser tudo para aparecer no noticiário. Enfim, o que ele fala não se escreve.
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.