23/08/2009

Quais as explicações?

    Fora do ranking dos 32 primeiros países do Mundial de Atletismo, as autoridades do esporte nacional precisam repensar, urgentemente, sobre os rumos do setor.

    Principalmente porque, trata-se de um país com pretensões olímpicas, com população numerosa e fartura de recursos humanos e financeiros.

    O ministro do Esporte, Orlando Silva, deveria convocar uma reunião urgente do Conselho Nacional do Esporte para avaliar os planos do esporte, como um todo, e o atletismo e a natação em particular.

    As comissões de Esporte da Câmara dos Deputados e do Senado Federal deveriam suspender as pautas das reuniões da próxima terça-feira e convocar os presidentes das confederações afins e do Comitê Olímpico Brasileiro para explicarem sobre os vexames no atletismo e natação.

    Da mesma forma, a Frente Parlamentar do Esporte, que reúne deputados e senadores para defenderem projetos de leis do esporte, também deveriam investigar sobre os rumos do dinheiro do esporte.

    O Conselho Nacional de Atletas, não o dirigido pelo COB, mas o que tem Lars Grael e Magic Paula como expoente deveria ser reativado para dar sua contribuição ao esporte nacional.

    O Fórum Nacional de Secretários de Esportes deveria se reunir urgentemente com o mesmo objetivo e indagar se a candidatura olímpica do Rio de Janeiro é, de fato, prioridade esportiva do país.

    O Tribunal de Contas da União deveria apressar a apresentação dos relatórios finais com os gastos do Pan-2007, para que se constate se somos, mesmo, péssimos gestores do dinheiro público.

    Como se observa, não faltam instituições de esporte. Falta, repetimos, um plano de desenvolvimento – para não dizer uma política integrada de governo, separando muito bem o esporte educacional do profissional.

    E dinheiro? Só a Caixa Econômica Federal repassou R$ 64,3 milhões à Confederação Brasileira de Atletismo, nos últimos nove anos. R$ 13,5 milhões só em 2009. E o dinheiro das loterias, via Comitê Olímpico, média de R$ 2,5 milhões anuais? É muito, é pouco?

    Enfim, é preciso explicar essa matemática do fracasso.

http://blogdocruz.blog.uol.com.br/

Comentários

Por Alvaro Ribeiro
em 24 de Agosto de 2009 às 14:46.

Acho que o autor vai pelo caminho fácil da demagogia. Dizer que houve "vexames no atletismo e natação" significa negligenciar uma série de lesões nos atletas além de menosprezar o acerto dos adversários. Claro que todos concordamos (até o mais perdulário dos administradores dirá isso) que o dinheiro deve ser bem administrado e alocado em função de prioridades "reais". Chamar uma derrota de fracasso é, penso eu,  desrespeitoso para com quem se empenha para vencer, além de significar, no mínimo, esquecimento de que, no sentido mais restrito, o Esporte de competição  sempre produzirá mais perdedores que ganhadores.

Por Mariana Marçal
em 25 de Agosto de 2009 às 08:24.

E alguém ainda defende a "meritocracia" como forma de distruibuição de verbas nos esportes??


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