Cevnautas, segue para conhecimento e divulgação. Laércio
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013 PROPOSTA DA CHAPA MUDA BRASIL, PARA ELEIÇÕES DA CBHB CONSIDERAÇÕES INICIAIS Renovar, não significa apenas tornar mais novo, tomando como referência tão somente o perfil definido pela idade. De fato, a verdadeira renovação é aquela que embute na essência dos seus objetivos uma reforma, promovendo, em certos casos, uma completa restauração. Uma renovação pode até ser o projeto de um, individual e pessoal. Contudo, somente surtirá os efeitos a que se propõe, se for compreendida e assimilada pelo coletivo que trabalha as ações circunscritas no perímetro do segmento estabelecido. À luz da compreensão conceitual das considerações acima referidas, tomo a liberdade de propor, àqueles que verdadeiramente vivem e amam o Handebol brasileiro, uma reflexão sobre a sua realidade, dentro e fora das quadras; em sua prática e em sua administração. E se assim o fizerem, facilmente constatarão que, em ambos os casos, há um acentuado distanciamento entre uns poucos, que desfrutam das melhores oportunidades, e os demais, a grande maioria, que “remam contra a maré”, em meio a um oceano de dificuldades. Tais desigualdades resultam da ausência de um planejamento que, de forma global, e com tratamento igualitário, contemple o conjunto das federações filiadas que, em seus estados, heróica e desassistidamente trabalham os campeonatos regionais e acompanham as competições estudantis e de bairros, promovendo o tão necessário processo de massificação da prática desta modalidade. Todos esses casos, e outros aqui não mencionados, são conseqüências de um mesmismo administrativo que vige na Confederação Brasileira de Handebol, há anos sob a tutela de um mesmo comando, o que cria um campo fértil para a proliferação de vícios administrativos, e, na esteira deles, os privilégios e os privilegiados. Sem a presença de uma oposição combativa e o incentivo ao surgimento de novas lideranças, inibidos em suas iniciativas pelo poder da força, morrem no nascedouro as novas idéias, abortando a renovação das práticas administrativas e o crescimento estrutural do Handebol em todo o território nacional. É chegada a hora de promover mudanças e dizer não ao continuísmo. Somente a união das idéias e das vontades, conjugada aos esforços daqueles que vivem e amam o Handebol brasileiro, será capaz de operar essa transformação. Os que reclamam uma oportunidade de participar do processo mudancista são a grande maioria. Resta que tenhamos competência para aglutinar a força de todos nós e, de forma democrática, em eleição, promovermos a renovação dos dirigentes e da filosofia administrativa da Confederação Brasileira de Handebol. Candidato a participar de uma renovada administração do Handebol brasileiro, plural e representativa, aproveito o ensejo para apresentar à sua apreciação um conjunto de propostas. A elas acrescente as suas e, juntos, construamos uma nova realidade. PROPOSTAS PARA A REVITALIZAÇÃO DO HANDEBOL BRASILEIRO 01. MUDANÇAS NO ESTATUTO – dentre outras, limitar em apenas uma reeleição o mandato da Diretoria Executiva da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), fazendo com que um presidente não a governe por mais de 08 (oito) anos seguidos. 02. PROFISSIONALIZAÇÃO – o Handebol é, a exemplo de outras modalidades esportivas, uma excelente oportunidade para negócios. Basta que o administremos como a uma empresa, onde os funcionários contratados sejam profissionais qualificados. Diretores e gerentes, em suas áreas de atuação, deverão ter amplos poderes para o exercício de suas funções. Eventualmente, serão gratificados com um percentual dos recursos privados que captarem, em nível de patrocínio, para o melhor desempenho das atividades sob a sua responsabilidade. 03. DIVULGAÇÃO, PROPAGANDA, PUBLICIDADE E MARKETING (Sites específicos) – a internet é um dos mais extraordinários meios de comunicação. A imediata criação de um “site” específico para cada evento do Handebol promoverá a divulgação em tempo real de todas as suas atividades. As mais variadas informações, sempre atualizadas, sobre competições internacionais, nacionais ou regionais, estarão ao alcance de todos, bem como as decisões administrativas e a realização de congressos, seminários e cursos. 04. DEMOCRATIZAÇÃO E DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – os 1º e 2º vices presidentes da CBHb serão regionalmente escolhidos, de tal sorte que um residiria em um dos estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-oeste, enquanto o outro em um dos estados das regiões Norte e Nordeste. Administrando em perfeita sintonia com a presidência da CBHb, os vices presidentes, sempre presentes fisicamente, dariam as necessárias e imediatas assistências às federações, aos clubes e às suas competições. 05. TÉCNICOS DAS SELEÇÕES NACIONAIS – os técnicos das seleções nacionais serão impedidos de dirigir clubes em campeonatos promovidos pela CBHb, nos mesmos naipes das seleções que comandam. Regra esta que não se aplicaria aos demais componentes das comissões. - 02 (dois) ou mais membros das comissões técnicas das seleções nacionais estarão obrigatoriamente presentes nas etapas finais dos campeonatos promovidos pela CBHb, considerada a categoria e o naipe. - em princípio, os técnicos das seleções nacionais, categoria principal (olímpica), serão remunerados mensalmente pela CBHb. Os membros das comissões das demais categorias receberão diárias referentes ao período de suas participações nas competições. 06. BEACH HANDBALL (Handebol de Areia) - Descentralizar e democratizar a modalidade. - Criar uma superintendência e mais 03 (três) departamentos específicos: 1. De divulgação, publicidade e marketing. 2. De arbitragem. 3. De seleções. - Em circuito nacional, avaliar e definir uma nova logística para a realização das fases (etapas) classificatórias e finais de nossas competições. - Conquistar um patrocinador exclusivo. - Estabelecer calendário para a realização de cursos técnicos e de arbitragem em todas as regiões. Nos anos pares, cursos para a formação de árbitros, além de promoções. Nos anos ímpares, cursos para formação de técnicos. - Realizar, anualmente, 06 (seis) cursos: 02 (dois) na Região Nordeste, 01 (um) na Região Norte, 01 (um) na Região Sul, 01 (um) na Região Centro-Oeste e 01 (um) na Região Sudeste. 7. MINIHANDEBOL – Estabelecer convênio com o Ministério da França, objetivando a implantação no Brasil do modelo francês de disputa e promoção do Mini-Handebol (Contato já mantido). 8. ARBITRAGEM – Criar no Indoor, assim como no Beach Handball, as comissões nacionais, formadas por 03 (três) componentes: - 01 (um) Diretor Nacional. - 01 (um) Coordenador Regional para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. - 01 (um) Coordenador Regional para as regiões Norte e Nordeste. 09. CURSOS DE CAPACITAÇÃO INDOOR – Nos anos pares, cursos para formação de técnicos. Nos anos ímpares, cursos para formação de árbitros. Serão realizados, anualmente, 06 (seis) cursos: 02 (dois) na Região Nordeste, 01 (um) na Região Norte, 01 (um) na Região Sul, 01 (um) na Região Centro-Oeste e 01 (um) na Região Sudeste. 10. CRIAÇÃO DE 05 (CINCO) DIRETORIAS TÉCNICAS – Serão nomeados 05 (cinco) diretores técnicos, um em cada região (Norte, Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste) com autonomia e poder de decisão, diretamente subordinados à Superintendência Indoor da CBHb. 11. DELEGADOS E FUNÇÕES – Os delegados, nas competições da CBHb, deverão estar obrigatoriamente munidos de not book e molde de internet 3G. De posse da senha do site específico da competição, repassarão, em tempo real, um detalhado relatório do seu andamento. Sempre que possível, os diretores técnicos regionais serão os delegados das competições. 12. CRIAÇÃO DA ESCOLA NACIONAL DE TREINADORES DE HANDEBOL – Será criada uma COORDENAÇÃO ESPECIAL, formada por 03 (três) componentes e diretamente vinculada à Superintendência Técnica Indoor, com a responsabilidade de qualificar, avaliar e credenciar os técnicos de Handebol do Brasil. 13. LIGA NACIONAL – será submetida a um processo de avaliação, com a introdução de modificações que por ventura se façam necessárias. Os 03 (três) clubes primeiros colocados na Liga Nacional estarão automaticamente classificados para a Superliga Nacional. 14. LIGAS REGIONAIS – Serão criadas as Liga Nordeste, Liga Norte e Liga Centro, cujos campeões disputarão a Superliga Nacional. 15. LIGA NORDESTE – disputada desde o ano de 2005, a Liga Nordeste é, potencialmente, um dos principais produtos esportivos a ser explorado. Pelo número de federações participantes e o grande universo de atletas que ela envolve, esta competição exige que lhe dispensemos uma especial atenção, atribuindo-lhe a importância que merece. Para tanto, necessário se faz que: - a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), em estreita colaboração com as federações filiadas na região, consiga que a imprensa especializada participe diretamente do evento, divulgando-o em sua dimensão e importância. - as finais da Liga Nordeste sejam sempre cobertas por um canal de televisão. Já para 2013, quando as finais da Liga Nordeste serão realizadas em Fortaleza – CE, os jogos serão transmitidos pela TV Diários para todo o Brasil. - seja criado um “site” exclusivo para a Liga Nordeste, veiculando em tempo real todas as informações a ela referentes. - seja criado um comitê permanente de acompanhamento e avaliação da Liga Nordeste, a fim de torná-la uma competição atrativa e interessante aos negócios. - o produto Liga Nordeste, de forma competente, seja negociado com patrocinadores, objetivando baratear os seus custos e minimizar os encargos financeiros dos participantes. Os recursos oriundos deste patrocínio permitiriam aos clubes manter em suas fileiras os seus melhores atletas, a quem ofereceriam condições profissionais para o seu pleno desenvolvimento. Evitando o êxodo desses atletas, os clubes nordestinos se rivalizariam com os das demais regiões, o que elevaria grandemente o nível técnico das competições nacionais. 16. SUPERLIGA NACIONAL – será realizada em São Paulo, durante 05 (cinco) dias, no mês de dezembro, com a participação de representantes de todas as regiões: - Campeão da Liga Nordeste. - Campeão da Liga Norte. - Campeão da Liga Centro. - Campeão, vice e terceiro colocado da Liga Nacional. O regulamento que regerá as disputas da Superliga Nacional será apresentado em sua íntegra logo após a Assembleia Geral de 2013. Visando estabelecer maior equilíbrio e elevar o nível técnico das disputas nessa competição, será permitido aos campeões das ligas Norte, Nordeste e Centro, automaticamente classificados para disputarem a Superliga, reforçar as suas equipes unicamente com atletas que tenham disputado a sua fase regional. 17. SUPERLIGA 2013 – A Confederação Brasileira de Handebol custeará as despesas com hospedagem e alimentação das equipes participantes. Bem como negociará diretamente com as empresas de transporte visando baratear os custos de viagem. 18. SUPERLIGA 2014 – A Confederação Brasileira de Handebol custeará, integralmente, as despesas com hospedagem, alimentação e transporte de todas as equipes que participarem da competição. Por fim, coloco-me à inteira disposição daqueles que, como eu, sentem a necessidade de melhorar as linhas de ação que, presentemente, orientam e cuidam dos interesses do Handebol brasileiro. Leiam e interpretem este manifesto, que deve ser compreendido no contexto de uma realidade que precisa ser alterada para melhor. Todos nós somos responsáveis, até mesmo quando não manifestamos nosso desagrado diante do que não nos parece correto. Jamais poderemos olvidar que as pessoas passam, enquanto as instituições permanecem. E quando a nossa passagem pela instituição faz-se muito longa, cometemos o lamentável equivoco de nos julgarmos insubstituíveis, esquecendo que a alternância fortalece o poder e solidifica a democracia. Aguardo seu contato. De logo, asseguro que saberei compreender e respeitar a sua opinião, embora torça para que seja convergente com o que aqui expus. Atenciosamente, Alex Holanda DouradoProfessor e técnico de Handebol.
Comentários
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 17 de Janeiro de 2013 às 15:57.
Ora vejam só! Que bom que os futuros (novos) dirigentes estão se chegando e propondo mudanças na gestão desportiva. E pela leitura atenta das proposições, foi fácil perceber a influência benéfica de dirigentes - Nuzman e Ary Graça - combatidos por alguns palpiteiros. Tomara que tenha sucesso na eleição e que realmente ponha em prática o que se propôs. O exemplo maior deu certo e basta então competência para desenvolvê-lo. Estarei torcendo pela chapa.
Quanto ao mini handebol, não entendi porque o convênio com a França. Creio que temos indivíduos no Brasil capazes para a tarefa. O que realmente precisamos é desenvolver nos Cursos de Formação professores dotados de boa Metodologia e Pedagogia. Alguma coisa a este respeito podem se socorrer no Procrie, que não só ensina voleibol, como talvez possa parecer. Se algum dia precisarem, é só falar.
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