Jornal da Ciência (JC E-Mail)
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Edição 4244
Aloizio Mercadante participa de audiência pública na Câmara
Deputados querem saber dos cortes de orçamento nos programas do MCT.
O ministro Aloizio Mercadante participa nesta quarta-feira (27) de audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara para falar que programas foram afetados pelos cortes de recursos no ministério. Autor do requerimento em conjunto com os deputados Sibá Machado (PT-AC) e Newton Lima (PT-SP), Ariosto Holanda (PSB-CE) ele informou que pretende saber do ministro as repercussões dos cortes nos programas de extensão.
"O MCT precisa ter uma ação de extensão na área de ciência e tecnologia", defendeu o parlamentar cearense, que aponta esta área como ainda carente de investimentos. Segundo Holanda, nenhum ministro de C&T conseguiu fortalecer a extensão para se tornar um programa de expressão nacional. O programa dos Centros Vocacionais Tecnológicos (CVTs), pela aceitação que vem tendo nos estados, ressalvou, demonstra a necessidade do público de canais alternativos de capacitação para enfrentar melhor um mercado de trabalho cada vez mais exigente.
Como membro titular da Comissão Especial que discute o Plano Nacional de Educação, designado para coordenar o grupo que tratará da educação profissional, incluindo o papel dos CVTs, Holanda observou que o documento "é muito fraco. Não tem sequer uma ação voltada para as pessoas que precisam aprender e estão fora da escola", disse.
Ontem (25), na Câmara, Holanda apresentou os projetos dos CVTs aos deputados da bancada da PSB. Segundo ele, os secretários de estado o têm convidado para dar palestra em seus estados para tratar da questão dos CVTs. Como exemplo, citou o secretário de Ciência e Tecnologia de Minas Gerais, Nárcio Rodrigues, ex-deputado federal, e os seus colegas do Espírito Santo e de Rondônia.
Relator no Conselho de Altos Estudos da Câmara, do tema Capacitação Tecnológica das Micro e Pequenas Empresas, Holanda disse que estas constituem 95% das empresas do País, que têm um índice de mortalidade elevado porque não conseguem inovar. "A palavra inovação é relativa: pode ser preferencialmente tecnologia de ponta em São Paulo. No interior do Nordeste, a inovação pode chegar às micro e pequenas empresas e ao homem do campo por meio do trabalho de extensão e constituir o diferencial nos seus negócios", assinalou.
(Flamínio Araripe)
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