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Edição 4133



Cientista político Marcos Costa Lima, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), é o novo presidente da entidade
A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) elegeu, em assembleia geral realizada no encerramento de seu 34º Encontro Anual, a nova diretoria para o biênio 2011/2013.

Com mandato de dois anos, foi eleito para a presidência o cientista político Marcos Costa Lima, da Universidade Federal de Pernambuco; para a secretaria executiva, a antropóloga Maria Filomena Gregori, da Unicamp; e, como secretário adjunto, continua no cargo o antropólogo Julio Assis Simões, da USP.

Como diretores, foram escolhidos Andréa Zhouri (UFMG), Flávia Biroli (UnB) e Jacob Carlos Lima (UFSCar). O Conselho Fiscal é integrado por Ângela Paiva (PUC-RJ), Carlos Arturi (UFRGS) e Carlos Guilherme O. Valle (UFRN).

A assembleia aconteceu no encerramento do 34º Encontro Anual da Anpocs, realizado de 25 a 29 de outubro, em Caxambu (MG). O evento reuniu 1.486 professores, pesquisadores e estudantes.

Na abertura do encontro, a diretoria que agora encerra seus dois anos à frente da entidade falou sobre suas principais realizações.

Os avanços do projeto InovaAnpocs, resultado de um convênio com a Finep, a ser desenvolvido durante três anos, foram apresentados pelo então secretário executivo da associação, Cícero Araújo.

Ele esclareceu que a implantação do projeto começou em fevereiro último e que, no momento, está concentrado na criação do Portal Corporativo. A seguir, será a vez dos sistemas de controle e gerenciamento das instituições filiadas, cursos a distância e comércio eletrônico. Finalmente, haverá a reconstrução do atual sistema de gerenciamento dos Encontros Anuais da Anpocs.

Ao apresentar num telão a Página Inicial do Portal Brasileiro das Ciências Sociais, Cícero Araújo explicou que foi dada ênfase à navegabilidade e à governabilidade, facilitando o acesso à vasta informação acadêmica, em textos e imagens, que estarão disponíveis no Portal.

Serão contemplados também os contatos com a comunidade: diálogo com a diretoria da Anpocs, chat com um convidado, fóruns para debates. Haverá, ainda, o link de todas as instituições afiliadas à Anpocs. "É um incrível salto de qualidade para nosso associativismo multiplicarmos os canais de informação e comunicação interna", disse Cícero Araújo. "E, assim, aumentar a potência da própria comunidade dos cientistas sociais para intervir nos temas candentes da sociedade brasileira e internacional".

Maria Alice Rezende de Carvalho, então presidente da Anpocs, falou sobre os principais aspectos da agenda de seu mandato. "Levando em conta a ampliação exponencial de programas de pós-graduação em ciências sociais no país, consideramos que deveria haver um aprofundamento da institucionalidade da Anpocs, já que ela é o lugar estratégico da reflexão sobre os rumos dos nossos programas, sobre as políticas em curso, sobre a transversalidade disciplinar de muitas pesquisas em andamento no Brasil e no mundo".

Ela lembrou que a entidade é qualificada para atuar como interlocutora nas arenas públicas de discussão sobre a ciência no Brasil, quer no campo das ciências sociais, quer na sua conexão com outras agências da sociedade civil para finalidades educativas, mas também ligadas à preservação da memória. A implantação do InovaAnpocs, segundo Maria Alice, "pretende ser não uma via de comunicação apenas entre os programas e destes com a sociedade, mas também uma forma de estruturação do debate no interior da comunidade das ciências sociais brasileiras".

Outro aspecto da agenda da antiga diretoria diz respeito ao estabelecimento de um diálogo mais consistente e permanente com instituições e atores das ciências sociais com o sistema nacional de ciência.

"Ao lado de um grande desconhecimento, da parte desses operadores, sobre o que fazemos, nós mesmos, de outro lado, havíamos abdicado de disputar nesse campo a elaboração de uma narrativa, de um discurso mais compreensivo e menos produtivista sobre a ciência", disse Maria Alice. "O fato é que viemos realizando nossas atividades docentes e de pesquisa com muito êxito, porém pouca reflexão sobre o entorno, sobre esse imenso e complexo parque nacional da ciência, o que implicou um decréscimo progressivo das condições de afirmação das ciências sociais nesse âmbito", concluiu.

Na busca para ampliar as atividades de extensão ou, mais ainda, de popularização da ciência, a Anpocs criou neste ano, em Caxambu, uma atividade paralela ao 34º Encontro Anual da Anpocs - o TEM Circuito de Ciência e Tecnologia.

"O projeto foi originalmente pensado como uma feira de livros científicos e atividades culturais em torno da ciência", explicou Maria Alice. "Mas o desenho original foi ampliado por artes de Cristina Sevílio, gerente administrativa da Anpocs, que reuniu museus de ciência e um grupo de matemáticos, físicos, biólogos, engenheiros, educadores físicos e seu alunos em torno dessa missão que é a de tornar a ciência e seus estudos uma atividade mais generalizada e, melhor, estimada pelo conjunto da população".
(Assessoria de Imprensa da Anpocs)

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