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Edição 4113
Plano de ações de fomento à pesquisa da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) focalizará na internacionalização
Em recente deliberação do Conselho Superior da Faperj foi criada a modalidade de fomento para Estágio de Doutorandos no Exterior, também conhecida como bolsa-sanduíche.
O Programa de Estágio de Doutorandos no Exterior vai permitir à Faperj priorizar o fomento de redes cooperativas de ensino e de pesquisa entre instituições estrangeiras e estudantes de doutorado matriculados em programas de pós-graduação reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), sediados no estado do Rio de Janeiro.
As bolsas contribuirão com os programas de pós-graduação em seu esforço de internacionalização, elemento necessário para melhorar a qualidade de programas que visem alcançar conceitos mais elevados no processo de avaliação da Capes.
A Faperj já vem contribuindo para a internacionalização da ciência e tecnologia no estado do Rio de Janeiro, por meio da concessão de bolsas de pós-doutorado e professor visitante, que podem ser pleiteadas por pesquisadores estrangeiros para desenvolverem atividades de pesquisa nas instituições sediadas no Rio de Janeiro.
Entretanto, é a primeira vez que a agência fomenta uma modalidade de bolsa que permite a realização de estágio em instituições de excelência no exterior.
"Quem já utilizou a bolsa-sanduíche sabe o valor que tem para um doutorando ser exposto a um ambiente diferente de pesquisa, em uma instituição de excelência no exterior e, além de incrementar o desenvolvimento da tese com novas metodologias, o impacto cultural é extremamente importante na formação do jovem pesquisador", comenta o diretor científico da Fundação, Jerson Lima.
A nova modalidade de bolsa terá duração mínima de quatro meses e máxima de um ano, contando também com um auxílio instalação e ajuda de custo para a aquisição de seguro saúde. A previsão é de que sejam disponibilizadas duas chamadas por ano, uma para inicio no primeiro semestre (março/abril) e outra no segundo semestre (agosto/setembro).
O regulamento do programa e a primeira chamada para a submissão de projetos deverão ser disponibilizados já no início de novembro. A Faperj não divulgou o valor da bolsa recém-criada.
Paralelamente, foram lançados programas de cooperação e intercâmbio com instituições estrangeiras, como o Instituto Nacional de Pesquisa em Informática e Automação (Inria), da França; o Centro de Estudos da População Economia e Sociedade (Cepese) e Fundação para Ciência e a Tecnologia (FCT), ambos de Portugal. Além disso, a Faperj negocia um programa de cooperação com o Instituto Internacional de Pesquisa de Stavanger (Iris), na Noruega.
Para esses programas, haverá editais específicos. O primeiro deles, com o Inria, será divulgado até o início de dezembro. De acordo com o diretor-presidente da Faperj, Ruy Marques, a parceria atual com o Inria é o resultado de um diálogo iniciado em 2009.
O mesmo princípio do acordo com o Inria rege os acordos já firmados com o FCT e o Cepese, prevendo mobilidade de pesquisadores e estudantes de graduação e de pós-graduação para o desenvolvimento de projetos por temas induzidos de interesse de ambos os países.
Já na próxima semana, um grupo de pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) participará de um seminário no Cepese, como um início de uma cooperação entre as instituições. Espera-se que, já em 2011, sejam lançados os primeiros programas de participação conjunta entre a Faperj e as instituições lusitanas.
(Boletim On-line da Faperj)
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