De 27 a 31 de agosto de 2012 será realizado o III Congresso Internacional do Núcleo de Estudos das Américas. Estamos divulgando o simpósio abaixo.

Os interessados em enviar comunicações podem acessar mais informações em: http://www.congressonucleas.com.br/

RI 1 - Esporte e Relações Internacionais

Coordenadores:
Prof. Dr. Hugo Rogelio SUPPO - Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas - UERJ
Prof. Dr. Victor Andrade de MELO - Programa de Pós-Graduação em História Comprarada. Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ).


e-mail: ppgri.secretaria@gmail.com, victor.a.melo@uol.com.br

No decorrer do século XIX, articulado com a construção de uma imaginário e ideário modernos, o esporte foi se conformando como indicador de progresso e civilidade. Em função de uma popularidade e protagonismo crescente, a prática foi mobilizada em processos identitários diversos: classe, gênero e notadamente construção de identidades nacionais, tendo tornado-se, especialmente o futebol, numa importante ferramenta de “invenção de tradições”. No pós Segunda Grande Guerra, por motivos diversos (entre os quais a Guerra Fria e o aumento da influência dos meios de comunicação), o esporte se tornou ainda mais relevante no cenário mundial, ocupando as entidades e competições esportivas um rol protagonista em um mundo crescentemente transnacionalizado. Que papel ocuparia no cenário hodierno? Há que se ter em conta que vivemos numa época de conflito entre o processo de globalização e as identidades, na qual estamos sendo constantemente provocados pelos desafios tecnológicos e simbologias impostas pela sociedade multimídia. O sistema midiático na chamada "era da informação" é um campo de enfrentamento no qual se percebe o embate entre os Estados, as empresas transacionais e os novos movimentos sociais. O poder, nesse cenário, consiste no controle da produção e na manipulação de símbolos que possam seduzir. Nesse sentido, devemos considerar a presença da prática esportiva nesse sistema. O seu imenso poder de sedução e seu impacto econômico não pode ser ignorado pelos Estados. A geopolítica do esporte se encontra no centro de disputas e rivalidades internacionais e nacionais, podendo servir ou não como vetor da paz e da cooperação. Partindo dessas observações, esse simpósio tem como objetivo reunir trabalhos que se concentrem sobre as seguintes temáticas: a) análise do papel do esporte na construção de representações nacionais; b) reflexões críticas sobre o papel do esporte no processo de integração regional; c) debates e controvérsias sobre a “independência” dos poderes esportivos frente aos poderes políticos; d) o esporte como arma política: rivalidades e cooperação; e) esporte e Relações Internacionais.

 

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