Jornal da Ciência (JC E-Mail)
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Edição 4166
Edifício em Brasília, que abrigará todo o pessoal do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), teve a sétima reunião do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) como sua primeira atividade
A última reunião do CCT no atual governo federal foi presidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No encontro, o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, apresentou o relatório de atividades do Plano de Ação de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Nacional (PACTI 2007-2010), que investiu R$ 41 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em quatro anos.
Rezende afirmou que o setor de C&T no Brasil ganhou impulso na última década. Segundo ele, os balanços apresentados neste final de governo são muito positivos. "Nestes últimos anos, houve um grande aumento no volume de recursos voltados para pesquisa. Ações estruturantes para a consolidação de um Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia foram fundamentais", afirmou Rezende, destacando ainda avanços no marco legal, como a aprovação das leis de Inovação, do Bem e da Biossegurança.
O ministro destacou ainda o lançamento do "Livro Azul", documento de recomendações oriundas da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (CNCTI), realizada em março. O documento traz proposições para a implantação de uma política de Estado para C&T na próxima década.
Na reunião do CCT e na inauguração da sede do CNPq, o presidente Lula aprovou para prestar uma homenagem aos ministros de Ciência e Tecnologia que teve ao longo de seus dois mandatos: Roberto Amaral, Eduardo Campos e Sergio Rezende. Segundo Lula, os resultados positivos surgiram porque o governo federal fez o óbvio.
"Eu apenas pedi que o ministro apresentasse um programa [para a área de ciência e tecnologia] e que vocês fiscalizassem", disse Lula a representantes da comunidade científica, segundo a "Agência Brasil". "Antes, mesmo sendo cientistas, os ex-presidentes e ministros tinham medo de vir aqui [em eventos como este]. Eles não conversavam nem com reitores. Hoje, vários ministros estão aqui, sem medo de participar da avaliação dessa comunidade", ressaltou o presidente.
A cerimônia contou com a presença dos ministros de Minas e Energia, Márcio Zimmermann; da Educação, Fernando Haddad; da Segurança Institucional, Jorge Armando Felix; e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo Silva. A SBPC foi representada por seu presidente, Marco Antonio Raupp.
O presidente do CNPq, Carlos Alberto Aragão, destacou os resultados alcançados nos últimos anos, como o crescimento do número de bolsas concedidas, que passaram de 300, no ano da criação do órgão (1951), para 80 mil, em 2010. Segundo Aragão, existe a previsão de atingir a marca de 90 mil bolsas em 2011.
Energia Solar
Na ocasião, os ministros da Ciência e Tecnologia e de Minas e Energia assinaram o Acordo de Cooperação Técnica para o desenvolvimento científico e tecnológico do aproveitamento da energia solar, em especial a heliotérmica, no Brasil. O acordo visa ações conjuntas na área.
"É uma satisfação implantarmos no próximo ano a primeira usina heliotérmica do país. É um marco para o desenvolvimento da tecnologia solar no Brasil", afirmou Márcio Zimmermann, ministro de Minas e Energia, que também lembrou a importância de desenvolver a tecnologia internamente ao invés de simplesmente importá-la.
(Com informações das Assessorias de Comunicação do CNPq e do MCT e da Agência Brasil)
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