Devo lembrar que Javier e eu estamos escrevendo um artigo sobre a ancestralidade da capoeira, e tem me alimentado de material por ele levantado, a fim de que possamos colocar no papel as hipóteses levantadas por ele. Informa Javier: Encontramos en nuestra pesquisa los artes marciales indicados en el mapa que se encuentran justamente en los lugares de las rutas de los navíos de los imperios coloniales así como en las ruta ancestra de los malayos e hindúes que poblaron Madagascar.
HIPÓTESIS DE LA PESQUISA (RUBIERA CUERVO, 2009)
A - Jogo Malayo - Bersilat versión demostración (técnica de malicia)
Lucha Malaya-Bersilat versión lucha-del juego malicioso a la Lucha (versión lucha)
B - Jogo Malgache (Hablar de malgaches es hablar de malayos, primeros habitantes de Madagascar (Lucha Diamanga, Ring-Morainguy afro-malgache-Bantú).
C - Jogo de Angola - Moringue Malgache versión demostración (mantenida por Pastinha) e o jogo dos bosquimanos ao suL de angola
D - Jogo de Regional - Moringue Malgache versión Lucha como escisión del Moringue Malgache promovida por Bimba por influencia de Cisnando (jiu-jitsu) buscando una Lucha Brasileña sin tener en cuenta el Fair Play.
E - Jogo da Capoeira Deportiva: Rescate de la versión Juego de las dos técnicas ancestrales del Bersilat teniendo en cuenta el Fair Play. Recordando palabras de Cajiquinha” la capoeira no tiene fín hasta que no esté deportivizada”.
REFLEXIÓN: Cuando la Capoeira Deportiva, como tal, sea reconocida como deporte a nivel mundial, podremos, rescatar la versión lucha (Bersilat, capoeiragem de rua (savate), lucha de navaja (faca, sardinha) pero primero debemos tener en cuenta el FAIR PLAY y seguidamente rescataremos la Capoeira como Lucha en un contexto deportivo reglado. En esta situación Cajiquinha vería realizada su reflexión.
Indo mais adiante, Rubiera Cuervo envia-me mensagem eletrônica em que provoca:
“[...] Se você concorda que uma raiz da Capoeira é a Ringa-Moringue malgache depois dos fatos de minhas pesquisas relatemos num artigo. A partida da redação são as gravuras de Rugendas [...].”
Mandei a Javier as preocupações de Marco Aurélio e ele me mandou um material de que já dispunha. Em postagem anterior, já colocamos à disposição de Mestre Marco Aurélio algumas informações que poderá elucidar suas inquietações. A seguir, outro material enviado por Javier que poderá dar contibnuidade e reforçar as colocações:
Hemos seguido el apellido portugués "Alves"(o Alvares) para identificar al jefe de capoeiras e discipulo de africanos en Palmares, nombrado por el Mestre Pastinha en la página 32 de su libro"Capoeira Angola":
En su expresión"discipulo dos africanos", refiriendose a José Alves, no alcanzamos a entender si Alves está del lado del Quilombo o del lado del ejercito portugués.
Hemos seguido el apellido "Alves" dentro del ejercito de la época y encontramos una família Alves (ó Alvares) que puede tener relación con este asunto en el caso de que el tal Alves, nombrado por Pastinha ,sea militar.
Vemos que en 1711 en Ouro Preto se establece una nueva ciudad llama Vila Rica fundada por algunos militares de la familia Alves, nobles o hidalgos portugueses como era habitual en la época. Identificamos que en 171o se había extinguido el Quilombo de Palmares y se crea una nueva Capitanía en Minas Gerais , por tanto puede haber una relación de traslado de cargos militares de Pernambuco a Minas donde aparece la familia Alves.
No hemos identificado directamente a Jose Alves nombrado por Pastinha ,pero sabemos que los militares de la época eran familias con tradición generacional de oficiales del ejercito.
Dejamos algunas pesquisas sobre el apellido Alves para que los pesquisadores puedan seguir el trabajo.
1694: Domingos Jorge Velho e Vieira de Melo comandan el ataque final contra la Cerca do Macaco, principal mocambo de Palmares y donde Zumbi nació, cercada con tres empalizadas cada una defendida por más de 200 hombres armados, luego de 94 años de resistencia, sucumbió ante el ejército português, y aunque estaba herido, Zumbi consigue huir.
1696: El 14 de marzo :El gobernador de Pernambuco Caetano de Melo e Castro le escribió al Rey: Determiné que pusiesen su cabeza en un poste en el lugar más público de esta plaza, para satisfacer a los ofendidos y justamente quejosos y atemorizar a los negros que supersticiosamente juzgaban a Zumbi como inmortal, para que entendiesen que esta empresa acababa del todo con los Palmares.
1710 - Palmares fue completamente destruido.
http://es.wikipedia.org/wiki/Zumbi_dos_Palmares
1711 -Se funda Ouro Preto por la unión de varios caseríos existentes en el lugar. En ese mismo año se convirtió en Villa y sede de consejo, con la designación de Vila Rica (Villa Rica).
1720 -Vila Rica fue escogida como la nueva capital de la recién establecida capitanía de Minas Gerais. http://es.wikipedia.org/wiki/Ouro_Preto
1759, foi doada sesmaria a José Alves Maciel, junto ao ribeirão da Cachoeirinha, afluente do Xopotó(178). Este peticionário e sua mulher, Vicência Maria de Oliveira, vindos do Tijuco, foram responsáveis pela constituição do patrimônio da capela de São José, erguida em 1764(179.)
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/MPBB-7CUF2D/1/disserta__o_de_mestrado_patricio_2008.pdf
1760-Nace José Álvares Maciel (Vila Rica, 1760 – Massangano, 1804) foi um engenheiro e político brasileiro. Filho do capitão-mor de Vila Rica (José Alves Maciel), aos vinte e um anos de idade seguiu para a Universidade de Coimbra a fim de seguir o curso de Filosofia Natural, onde se destacou, sendo encarregado por Domingos Vandelli de realizar pesquisas mineralógicas na serra da Estrela. Concluído o curso, seguiu para a Inglaterra para estudar as indústrias de Birminghan, nomeadamente as siderurgias e as manufaturas têxteis, tendo entrado em contato não apenas com industriais e técnicos, mas também com as idéias do liberalismo e da maçonaria.Maciel colocava os conspiradores a par das atividades do Governador, que, a seu turno, o encarregou de prospecções mineralógicas em Sabará, Caeté e nos arredores de Vila Rica, onde permaneceu até 1789 quando finalmente, após esforços em contrário do próprio Governador, foi detido pela Devassa, sendo remetido para interrogatório no Rio de Janeiro onde foi recolhido aos calabouços da Fortaleza de São Francisco Xavier da Ilha de Villegagnon. Nesta cidade foi julgado e condenado à morte, tendo a sua pena sido comutada em degredo perpétuo em Angola, para onde seguiu em 23 de maio de 1792.
Chegou a Luanda em 20 de junho de 1792 e foi internado na enfermaria da Forte de São Francisco do Penedo com pneumonia e escorbuto. Recuperado, de lá seguiu viagem para a Fortaleza de Massangano, de onde foi solto para lutar pela sobrevivência. Tornou-se representante comercial dos negociantes de Luanda na área de Calumbo.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_%C3%81lvares_Maciel
1764-Alto Rio doce Minas Gerais - MG: O alferes José Alves Maciel(ver nota abajo) era natural da cidade de Pôrto, Portugal, conforme se verifica nos livros de assentos de batismo da capela de S. José, sendo um deles o de número um, às folhas 8 e verso, no assento referente à Eufrazia; filha legítima de José Inácio de Souza e Maria Joaquina Alves de Jesus. Possuía o alferes José Alves Maciel nome idêntico ao do Capitão-mor José Maciel, pai do inconfidente mineiro Dr. José Alves Maciel; não podemos afirmar se eram parentes colaterais.
http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/minasgerais/altoriodoce.pdf.
nota: Alferes José Alves Maciel, natural de São Martinho do Bispado do Porto-PT, casou-se com Vicência Maria de Oliveira, natural da Ilha Terceira, Bispado de Angra, Açores-PT.
Ambos faleceram em Piranga, José em 28-12-1796 e Vicência em 05-04-1803. Foram fundadores da cidade de Alto do Rio Doce-MG (DHGMG e DBSB). Compareceram ou foram representados nos inventários (neste site)
http://br.geocities.com/projetocompartilhar/estudoJoseAlvesMaciel.htm
1782 -casou o Tenente-Coronel. Francisco de Paula Freire de Andrade, que passou a Minas Gerais, tornando-se um dos vultos da Inconfidência Mineira. Estabeleceu-se em Ouro Preto, onde casou, em 1782, com Isabel Carolina [ou Querubina] de Oliveira Maciel, natural de Ouro Preto, filha do capitão-Mor José Alves Maciel, patriarca da família Oliveira Maciel (v.s.), de Minas Gerais.
1789-TIRADENTES,compañero del Dtr. Jose Alves :Nasceu na Fazenda do Pombal, entre São José (hoje Tiradentes) e São João Del Rei, Minas Gerais. Tiradentes foi mascate, pesquisou minerais, foi dentista prático. Sobre sua vida militar, sabe-se que pertenceu ao Regimento de Dragões de Minas Gerais. Ficou no posto de alferes, comandando uma patrulha de ronda do mato, prendendo ladrões e assassinos.Em 1789, Tiradentes participou de um movimento contra os pesados impostos cobrados pela coroa portuguesa preparado por militares, escritores de renome, poetas famosos, magistrados e sacerdotes. Em março desse mesmo ano, Joaquim Silvério dos Reis que devia elevada soma à Fazenda Real e pensava, com a traição, furtar-se ao pagamento, delatou a trama ao governador de Minas Gerais, Visconde de Barbacena.
http://www.genealogiafreire.com.br/origens_da_familia_freire_de_andrade.htm
http://200.201.9.18/index.php?journal=rhr&page=article&op=viewFile&path%5B%5D=325&path%5B%5D=219
José Alvares Maciel (1760-1802), inconfidente mineiro. Formou-se em Coimbra, e morou durante quase dois anos na Inglaterra, onde aprendeu as teorias revolucionárias inglesas. Preso, negou sua participação no movimento, denunciando seus companheiros. Tendo sua pena comutada para degredo perpétuo, conseguiu estabelecer-se com sucesso em Angola. Em 1799 tornou-se encarregado das pesquisas mineiras no interior da região, tendo no ano seguinte iniciado a produção de ferro Cathari (Angola).
http://www.historiacolonial.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=140&sid=30&tpl=printerview
CANTIGAS DE CAPOEIRA:
UMA FONTE DE SABER E ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA
Sálvio Fernandes de Melo1
Quanto à escravidão e seus processos:
Iê...
No quilombo dos palmares
José Alves, um ilustre português
na frente da batalha, seu coração assim mandava
em favor da libertação, ao lado dos africanos
formou vários quilombos, revolta, agitação
rei da capoeiragem
afastou-se da sociedade, por sua própria vontade
em defesa de um ideal: a liberdade
tantas vezes sonhada, era agora realidade 11
chegou a meta final, camarada!
liberdade... liberdade.
Iê viva a Liberdade, câmara!
(BOLA SETE, 1989, 84)
http://www2.uel.br/revistas/boitata/N%C3%BAmero-4-2007/Artigo%20Salvio.pdf
O protagonista:
capitao-mor ,Bernardo Vieira de Melo:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bernardo_Vieira_de_Melo.
http://www.fundaj.gov.br/notitia/servlet/newstorm.ns.presentation.NavigationServlet?publicationCode=16&pageCode=299&textCode=7375&date=currentDate
O inimigo: os negros amotinados no principal núcleo dos Palmares.(pag 264).
............. Ao mesmo tempo que o capitão-mor estava nesta altercação com o soldado Zacarias, do terço do capitão António Pinto, chegava um bilhete do mestre-de-campo Domingos Jorge Velho, dizendo saber que havia, entre os soldados do capitão-mor, um artilheiro e pedindo que “lho remetesse pera ver se podia com a Balla que tinha, e a outra que lhe auia remetido ver se podião fazer algú efeytto”.42 Assim se fez, e foi um soldado de Bernardo Vieira de Melo, chamado José Álvares(o Alves?), como fez questão de assinalar o historiador da Rellação, quem usou a arma-ícone de maneira eficaz, causando o desmantelamento dos Palmares.(pag 265-266).
.................Às mesmas horas que o sargento-maior Sebastião Dias tocou arma, o fez do seu posto o capitão-maior Bernardo Vieira, pelo qual achou já muita resistência do inimigo por estar alerta com a primeira arma que lhe tocaram. E como por ali é de que mais se arriscava, por ser o sítio
mais plaino, para ali carregou com a maior fortificação, ainda assim se empenhou o dito capitão-maior não obstante havê-los já advertido alerta. E foi chegando tão perto da cerca que já metiam as armas, defendendo que se não pudesse o inimigo valer das suas mesmas troneiras sem
risco. Sendo-o com que se empenharam seus dois irmãos e o alferes de um e o seu ajudante, e quatro ou 5 escravos seus, que todos, à vista do empenho e vozes do capitão-maior, se arrojaram, não reparando nos estrepes e fojos.(pag 314)
http://www.afroasia.ufba.br/pdf/afroasia33_pp251_324_Palmares.pdf
OTRAS CITAS: http://www.netsaber.com.br/biografias/ver_biografia_c_1586.html
Comentários
Por
Luis Lopez
em 5 de Setembro de 2010 às 11:47.
Antes de ler este artigo, já havia notado semelhanças entre o Silat e a Capoeira, e devido a estas é fácil entender a confusão que fazem a respeito de alguns filmes tailandeses,
Ao ver o filme “The Protector” (Tom-Yum-Goong) com Tony Jaa, muita gente (não só brasileiros) associou o estilo dele à Capoeira, por que ele usa acrobacias, saltos mortais e golpes que não vemos num filme de kung-fu por exemplo.
Este filme às vezes é confundido com o “Ong Bak 2”, numa cena deste filme o personagem derruba meia dúzia estando deitado no chão usando só golpes com as pernas.
Alguns desses golpes são semelhantes aos da Capoeira . A informação de que Tony Jaa lutaria Capoeira se espalhou pela internet.
Mas numa entrevista concedida a um site, Ele não cita Capoeira entre os estilos que pratica, e da a entender que não a conhecia antes de ver o trabalho de Lateef Crowder, quando procurava atoreslutadores para seu filme.
Ele diz praticar entre outros estilos, o Silat e o Muay Boran. Muay Boran (que tem raízes na Malásia) é a forma antiga de luta tailandesa antes de ser adaptada para campeonatos e vir a se chamar Muay Thay.
De qualquer forma, em algumas cenas parece que estamos vendo Capoeira empregada de forma cinematográfica, o que leva a imaginar que além de um esporte e defesa pessoal, a capoeira poderia render bons filmes de artes marciais.
Entrevista: http://www.tonyjaa.org/articles/eurasie1205.shtml
Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.